como fazer um planejamento financeiro

Como fazer um planejamento financeiro? Veja o passo a passo

3 abr 2023
11min de leitura

Aqui está um passo a passo de como fazer um planejamento financeiro. Analisar sua situação financeira atual, listar despesas em categorias, estipular limite para gastos, determinar valores a serem guardados para projetos e formação de reserva de emergência são algumas etapas importantes. 

Assumir o controle da sua vida financeira é fundamental para que o assunto ‘dinheiro’ não seja um pesadelo, mas uma fonte para realização de projetos, concretização de sonhos e apoio para necessidades básicas e emergências. 

Para isso, é preciso investir tempo na sua educação financeira. O lado bom é que os primeiros passos são fáceis e possíveis de serem dados com um pouco de conhecimento que você encontrar em fontes como este artigo. 

Estamos falando do seu planejamento financeiro pessoal ou familiar. Aprender como lidar com o básico vai te dar uma base para passos maiores como investimento em ações, fundos imobiliários, títulos do Tesouro e mais.

Como fazer um planejamento financeiro?

Mas antes, vamos ao essencial: como fazer um planejamento financeiro pessoal e familiar. O planejamento vai te dar um panorama das suas obrigações (contas a pagar), entradas (tudo que você ganha/recebe, incluindo salários, pensões, lucros etc) e reserva (o dinheiro guardado, aquilo que “sobra”.). 

Com esses três pontos, você consegue visualizar sua situação financeira, se está gastando além do que recebe ou se está sobrando algo depois de pagar todas as contas. 

Independentemente do resultado positivo ou negativo, o planejamento financeiro serve para montar uma estratégia para sair das dívidas ou colocar metas para a realização de planos no futuro.

O planejamento serve inclusive para detectar sinais de que você não tem controle financeiro. Mas não é preciso se preocupar se esse for o seu caso.

Ter essa visão estratégica das suas finanças é o primeiro passo para organizar essa área da sua vida. Legal, não é? 

Agora vamos ver o passo a passo de como fazer um planejamento financeiro para que você tenha mais controle sobre o seu dinheiro e o da sua família. 

Junte todos os seus gastos

O primeiro passo para ter essa visão geral atual e futura das suas finanças é saber quanto você tem gastado e quanto você tem acumulado em dívidas. Lembrando que o parcelamento no cartão de crédito também é considerado uma dívida, pois o limite é um tipo de empréstimo cedido pelo banco.

Dessa forma, liste todos os parcelamentos em andamento, financiamentos, consórcios, empréstimos etc. Reúna o valor das parcelas e o saldo devedor total. 

Para reunir informações sobre o quanto você tem gastado fora das dívidas parceladas, escolha um mês típico e liste todos os gastos que você teve naquele período. Consideramos um mês típico aquele em que você não teve emergências, viagens ou grandes gastos não recorrentes.

A ideia é que você possa identificar com o que costuma gastar para, depois, considerar que esses gastos vão se repetir no curto e médio prazo. 

Já a listagem das dívidas serve para entender quanto do seu orçamento estará comprometido nos próximos meses e quando você poderá voltar a contar com essa parte das suas entradas,

Classifique seus gastos

Depois de reunir todas essas informações, você precisará classificá-las em grupos de tipos de gastos. Essa recomendação é dada, inclusive, pelo Banco Central do Brasil (BCB) em seu caderno de cidadania financeira

Segundo o BCB, os gastos devem ser classificados em:

  • Despesas fixas: aqueles gastos que não variam ou variam muito pouco. Por exemplo, aluguel, internet, escola das crianças, mensalidade da faculdade, condomínio, prestações de dívidas e compras parceladas.
  • Despesas variáveis: são os gastos que têm uma variação considerável de um mês para o outro como a conta de luz, água, gás e mercado.

Dentro deles, faça uma subdivisão: gastos supérfluos e gastos essenciais. Essa classificação é importante para verificar possíveis pontos de economia no seu planejamento. 

Considere, então, que os supérfluos são despesas que você poderia viver sem: comida por delivery, presentes, serviços de streaming, compras de roupas, lazer etc. 

Já os essenciais são aqueles necessários para o seu dia a dia e o da sua família: mercado, serviços básicos (luz, internet, água, gás), aluguel, condomínio, educação etc. 

Some suas receitas

Com todos os gastos listados e classificados, chegou a hora de verificar quanto dinheiro você recebe mensalmente (receita). Inclua o salário de todas as pessoas que vão contribuir com o orçamento. 

Se você vai fazer o planejamento financeiro individual, considere apenas os seus ganhos. Se é um planejamento financeiro familiar, inclua parte da receita que os integrantes vão destinar ao orçamento. 

Classifique as suas receitas

Assim como as despesas, as receitas também podem ser fixas ou variáveis. Por exemplo, se você recebe uma pensão, trabalha de carteira assinada ou tem um pró-labore, estaremos falando em uma receita fixa. 

Já a receita variável pode ser entendida como ganhos com trabalhos freelancers e outros pagamentos que podem variar de acordo com o mês.

Estruture despesas e receitas em um documento

Com as informações reunidas e classificadas, chegou a hora de colocá-las em um mesmo documento. Não, não é preciso fazer seu planejamento financeiro em uma planilha. Mais a frente falamos de outras opções caso você não goste de lidar com Excel e programas similares. 

O importante é separar um espaço para que você veja quais serão os gastos do mês e quanto da sua receita será usado para pagar por eles. Conforme os dias forem passando, anote nesse documento o valor das despesas variáveis e outros gastos.

Compare sempre se a soma dos gastos até o momento não está maior do que a sua receita. O importante é conseguir olhar para a estruturação das despesas e receitas e já perceber se você está entrando no vermelho.

Estipule um limite de gasto

Agora, determine um valor máximo para gastar no mês com cada categoria de despesa criada. Conforme for anotando os gastos ao longo do mês, você pode somar e verificar se está próximo ou não desse limite. 

Outra possibilidade é verificar pontos de economia, despesas com as quais você está gastando além do que queria. Essa é uma forma de perceber como você gasta o seu dinheiro e reavaliar caso não esteja direcionando sua receita para o que é prioridade. 

Projete os próximos meses

Lembra do levantamento feito na primeira etapa de como fazer um planejamento financeiro? Com esse levantamento dos gastos que você teve no mês, é possível detectar seu comportamento como consumidor dentro de cada categoria e prever quanto será gasto nos próximos meses.

Por exemplo, vamos supor que sua conta de luz foi de R$ 155 no mês tomado como referência. Para ter uma previsão do quanto vai ser gasto nos meses seguintes, você pode usar o valor dessa conta ou fazer uma média das contas passadas. 

Fazendo esse levantamento em todas as categorias, é possível prever qual será sua despesa total no mês. 

Considere a sazonalidade das despesas e receitas 

É claro que nessa previsão você não pode deixar de lado gastos que só ocorrem em determinada época do ano, como a compra de material escolar, renovação de matrícula, imposto de renda etc. 

Considere também o aumento no consumo de luz, gás e água em algumas estações. 

Essa sazonalidade também acontece na receita. É o caso de trabalhadores CLT, que ganham um valor a mais no pagamento do 13º salário ou de pessoas que recebem participação no lucro de empresas. Inclua essas receitas “extras” no seu planejamento.

Determine um valor para a reserva de emergência

Até aqui, falamos apenas de despesas e receitas. Mas o seu planejamento também deve ter um espaço para as suas metas de economia. Depois de fazer a previsão dos gastos no mês, verifique quanto sobra da sua receita. 

Se você está no vermelho, identifique pontos de economia no orçamento. Mire nas despesas supérfluas e corte tudo aquilo que pode ser economizado até que o saldo seja positivo. 

Se o saldo da conta ‘receita – despesas’ for positivo, determine uma quantidade para ser colocada na sua reserva de emergência. Esse valor servirá para cobrir despesas extras de saúde, conserto de carro etc. O recomendado é ter pelo menos 6 vezes o valor das suas despesas mensais na reserva de emergência. 

Por isso, se você ainda não tem a sua, foque as economias do seu planejamento financeiro para constituir a sua reserva de emergência.

Crie metas financeiras para seus projetos

Paralelamente, crie objetivos e prazos para realizar sonhos como a reforma da sua casa, a compra de um carro, uma viagem etc. Você pode colocar no seu planejamento mensal metas de economia para cada “projeto”. 

Por exemplo, para a compra do seu carro, crie um espaço no documento do planejamento financeiro e escreva quanto quer economizar das suas receitas naquele mês, quanto você já tem guardado para esse projeto e quanto, de fato, guardou no período. 

Dar um espaço para projetar financeiramente seus sonhos dentro do planejamento faz com que a atividade de registrar e analisar despesas e receitas seja mais animadora. Com o tempo, você pode, inclusive, planejar sua independência financeira.

Como fazer um planejamento financeiro anual?

Esse passo a passo pode ser aplicado em um planejamento de curto ou médio prazo. A divisão das categorias e suas metas de gasto/economia representa um mês do seu orçamento. 

Para projetar um período de seis meses ou um ano, basta repetir o que foi feito nesse primeiro orçamento, lembrando sempre de considerar as sazonalidades de gastos e receitas que vão acontecer no médio prazo. 

Planejamentos financeiros anuais ou mesmo os semestrais exigem uma revisão das categorias e tetos de gasto, pois sua vida e o seu orçamento podem mudar nesse tempo. 

Caso opte por fazer um planejamento semestral ou anual, revise e atualize as categorias necessárias a cada três meses, pelo menos.

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Preciso fazer uma planilha para o planejamento financeiro?

A maioria dos passo a passos de como fazer um planejamento financeiro pessoal ou familiar traz a etapa: criar uma planilha. Normalmente, é aqui que muitas pessoas deixam de seguir com a criação do planejamento. 

Mas você não precisa se preocupar caso não tenha muita prática com a elaboração de planilhas ou simplesmente não goste de lidar com esse tipo de documento. O planejamento financeiro pode ser feito sem elas.

Um bom planejamento não é apenas aquele que traz uma perspectiva consolidada da situação atual e do futuro próximo, mas também aquele que funciona. E quando falamos em finanças, precisamos tornar o assunto fácil e prático. 

Muitas pessoas evitam sentar e olhar para as suas contas não só pelo medo de estarem no vermelho, mas também por acharem essa tarefa entediante e complicada. 

Por isso, na hora de colocar despesas e receitas em um mesmo documento, certifique-se de escolher o formato que melhor sirva para você. Ele precisa ser prático o suficiente para que as informações dos próximos meses sigam sendo preenchidas. 

Algumas pessoas optam por estruturar as informações em planilhas do Excel, já automatizando células que somam e subtraem despesas de receitas. Outras adotam aplicativos como o Organizze, Guiabolso e o Mobills. 

Se você prefere o bom lápis e papel, siga em frente.O importante é colocar em um mesmo lugar tudo o que vai entrar (receitas) e sair (despesas) do seu orçamento em cada mês, de modo que você olhe para esse documento e já consiga incluir e extrair as informações necessárias. 

Conclusão

Em uma planilha, em um aplicativo ou em uma folha de papel, o planejamento financeiro vai servir para organizar o seu orçamento. Sair das dívidas, realizar sonhos, criar reserva de emergência. Tudo isso fica mais fácil com esse instrumento. 

Como vimos, para fazer o seu ou o da sua família é preciso levantar e classificar os gastos mensais, somar e classificar as receitas, dispor esses dados em um documento, determinar tetos para gastos e projetos e considerar a sazonalidade no seu salário e despesas. 

Esse passo a passo de como fazer um planejamento financeiro pode ser aplicado no contexto individual e familiar. Quer mais dicas para organizar seu orçamento? Siga lendo o blog da CashMe e encontre mais conteúdos que impulsionam sua vida financeira.



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