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Empreendedorismo social: o que é e como funciona

3 fev 2020
13min de leitura

O empreendedorismo social é aquele que cria uma empresa, seja esta uma ONG, entidades com ou sem fins lucrativos, que tem como objetivo principal a transformação de realidade do seu público.

Mesmo que as pessoas não percebam, o empreendedorismo social está em todos os lugares, seja em escolas, comércios, entre muitos outros tipos de prestadores de serviço que existem no mercado. 

Se você não conhece essa especialização do empreendedorismo brasileiro e ficou curioso para saber mais sobre ele, continue aqui e entenda tudo sobre o assunto e muito mais desse ramo de trabalho. Acompanhe! 

O que é empreendedorismo?

Para especificar, o empreendedorismo é uma maneira de criar uma empresa em seus diversos níveis, sendo ela lucrativa ou não – na maior parte das vezes gera alguma verba aos empreendedores.  Esses negócios são diversos, podendo abranger a qualquer ramo. Ser empreendedor é uma maneira de viver aquela empresa e fazer que aquilo ganhe proporções maiores por se entregar com amor e dedicação. Sem isso, torna-se apenas uma empresa a mais no mercado. 

O que é empreendedorismo social?

Em contrapartida com a ideia do empreendedorismo que é voltado para obtenção de lucros o empreendedorismo social empreende sem pensar em dinheiro ou aspectos semelhantes, que visem somente um capital.

O empreendedorismo social é aquele que cria uma empresa, seja esta uma ONG, entidades com ou sem fins lucrativos, que tem como objetivo principal a transformação de realidade do seu público. Ou seja, o empreendedorismo social é aquele voltado para causas sociais. Ele não está focado apenas em resultados financeiros, mas principalmente em questões que envolvam a comunidade em geral e suas necessidades.

Como saber se sou um empreendedor social?

Veja abaixo se realmente se encaixa no parâmetro de um empreendedor social:

Ações coletivas

O empreendedorismo social, em primeiro lugar, é aquele que pensa no coletivo. Para empreender é impossível, de qualquer forma, ser egoísta e pensar somente em seu próprio lado. O ato do empreendedorismo opõe-se a isso de todas as formas e eleva aqueles que pensam em todos.

Contudo, o empreendedorismo social é, em sua maior parte, voltado sempre para essas ações em grupo. Este é o famoso cara que viajou para países que sofrem com pobreza extrema e utilizou de seus conhecimentos para ajuda-los, além de ser também o criador de ONGs, entre muitas outras entidades semelhantes.

Ou seja, este é considerado um empreendedor, pois ele vive aquela realidade e estuda para que haja melhorias através de sua atitude. O crescimento através de seu trabalho visa a melhoria de todos. 

Atitudes sem fins lucrativos

Juntamente às ações coletivas, as atitudes sem fins lucrativos são também características comuns de um empreendedorismo social. Esta pessoa é basicamente a personificação do ditado “faz o bem sem ver a quem”.

Em cidades de todo o Brasil, por exemplo, é muito comum a comunicação ativa para captar sócios a fim de auxiliarem entidades carentes. Grupos que auxiliam o tratamento de pessoas especiais, como a AACD, trabalham somente com doações e não visam lucrar em cima disso.

Por isso, quem trabalha e está totalmente engajado nessa causa, sem sombra de dúvidas é o verdadeiro empreendedorismo social. Este ajuda sem pensar em dinheiro e está disposto a doar a sua vida – no sentido conotativo – para ajudar aquela instituição. 

Busca por melhorias na sociedade

Por último, mas não menos importante, para se reconhecer um empreendedorismo social é preciso entender qual a busca dele com o seu empreendedorismo. Se ele está atrás de melhorias na sociedade, de maneira que não seja necessário lucrar em cima disso, este está incluso no grupo social desse nicho.

As empresas que surgem no Brasil estão totalmente voltadas para ganhar dinheiro e não pensam, geralmente, nas questões importantes para a população. Um exemplo disso é o número de negócios que fabricam garrafas PET sem ao menos pensar no quanto esse plástico pode prejudicar o meio ambiente.

Contudo, se você é aquele que está engajado em causas sociais e não deixa que o capital passe por cima de questões éticas e morais, você é um empreendedor social. É possível existir esse profissional e ser bem sucedido no país. 

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Como viver de empreendedorismo social no Brasil?

Uma dúvida muito frequente que tange o meio do empreendedorismo é: como o discutido empreendedorismo social ganha a vida? Se ele não está atrás de lucros, é possível sobreviver no Brasil?

Muitas pessoas acreditam que se você não busca lucro, automaticamente está na miséria – sem renda fixa, da forma que você queira se expressar. Entretanto, o empreendedorismo social trabalha! Ele usa seu conhecimento para ajudar a sua instituição ou outra entidade, porém não está atrás do dinheiro.

Este profissional recebe pelo que faz, mas não está atrás do dinheiro que recebe por isso. Em muitos lugares, eles somente ganham o suficiente para sobreviver; em outros, o suficiente para mostrar que são pessoas engajadas no meio social. 

Aceitação do empreendedorismo social como nicho do empreendedorismo

Essa discussão e dúvida surgem pela dificuldade em aceitar o empreendedorismo social como um nicho válido e importante dentro do empreendedorismo. Muitos acreditam que trabalhar nesse ramo somente se refere ao ganho de dinheiro em grande escala, ao crescimento no mercado, entre afins.

No entrando, o empreendedorismo é um estilo de vida, que você aposta seus conhecimentos e colhe os frutos daquilo. Isso não precisa necessariamente estar envolvido com dinheiro, somente com desenvoltura de seu trabalho e amostra daquilo que sabe fazer de melhor.  

Por isso, se você é uma pessoa que acredita no empreendedorismo somente como busca por capital, é preciso mudar seus conceitos e aceitar o empreendedorismo social. Este é muito comum no Brasil e precisa de maior aceitação na sociedade, para que todos ajudem em seu crescimento e em seus benefícios para a população. 

O empreendedorismo social pode ganhar dinheiro?

O empreendedorismo social é um profissional como qualquer outro. Apesar de trabalhar voltado para causas sociais, o serviço dele é uma maneira de colocar suas técnicas em prática e, automaticamente, receber por isso.

A diferença de um empreendedor social para um empreendedor qualquer é que o primeiro pode aceitar salários mais sutis, que estejam de acordo com a situação financeira da instituição que trabalha ou que somente sirvam para este profissional sobreviver decentemente. 

Quando falamos de pessoas que não recebem pelos seus respectivos trabalhos, estamos falando de voluntários, que podem ter ações semelhantes a de um empreendedor social. No entanto, para ser esse trabalhador, é necessário ganhar para isso! 

Existem técnicas para se tornar um empreendedor social?

Ser um empreendedor social não é tão difícil como se parece, mas nem tão fácil quanto muitos dizem. É preciso técnicas certeiras, que auxiliem no desenvolvimento de sua instituição ou da instituição que está servindo, a fim de que ela cresça em cima de seus propósitos – de maneira ambígua mesmo. 

Por isso, se você está a fim de iniciar nessa carreira do empreendedorismo, veja abaixo algumas dicas para se tornar um empreendedor social e conseguir bons frutos em cima disso.

Ajudar sem pensar em retornos financeiros

A primeira técnica é, sem dúvida alguma, ajudar sem pensar em retornos. Sim, nós já falamos várias vezes que o empreendedorismo social recebe pelo seu trabalho, mesmo que seja um salário inferior, mas isso não significa que ele somente faça o seu serviço pensando nos retornos financeiros. 

Este pode, com certeza, almejar um retorno para a empresa em questão. Se você, por exemplo, trabalha com empreendedorismo social numa escola que cede incontáveis bolsas aos alunos, automaticamente está em busca do retorno em forma de aprendizagem destes, não no dinheiro que eles podem ceder à empresa.

Além de ser uma causa social, torna-se um grande chamativo para outros alunos buscarem a instituição e se matricularem a fim de conseguir uma bolsa para estudar. Ou seja, é uma ajuda sem pensar no retorno em dinheiro. 

Ensinar a fim de conscientizar

Um empreendedor social não guarda seus conhecimentos somente para si. Ser egoísta está longe de uma de duas características, pois ele sempre está aberto para o conhecimento e para partilhá-lo com todos. 

Muitas vezes, esse profissional está disposto a ensinar os outros a fim de conscientizá-los. Quem nunca ouviu falar sobre aulas de marketing digital para pequenas empresas cobrando apenas o custo básico para a aula ocorrer? Esta é uma atitude do empreendedorismo voltado para o lado social.

Não é preciso que todos deem de mão beijada tudo que sabem, porém partilhar conhecimentos necessários é uma das dádivas que esses empreendedores mais fazem. 

Ser justo no ramo do empreendedorismo

Esse é um dos maiores símbolos representativos do empreendedorismo. Muitas empresas e seus empresários estão apenas em busca do dinheiro, sem pensar no bem estar do cliente e de outras condições importantíssimas para o funcionamento da instituição.

O empreendedorismo social, no entanto, está totalmente voltado para a justiça. Quando falamos sobre essa tal justiça, não falamos no sentido de punições e afins, mas de ser uma pessoa justa, que dá seu melhor e colhe apenas aquilo que estão plantando. 

Dentro do empreendedorismo brasileiro existe muita injustiça. Muitos iniciam nesse ramo somente em busca de crescer no lado financeiro e fazem de tudo para ser o destaque. Mas, se você é um empreendedor e não faz parte desse grupo, pode se incluir como um empreendedor social

É possível ser empreendedor financeiro e empreendedor social?

Até aqui falamos que o empreendedorismo social é aquele que vive a sua empresa ou a empresa que fornece seus serviços, que está engajado em causas sociais nessa instituição e que faz o bem sem olhar a quem.

Contudo, existe uma dúvida um tanto quanto complicada nesse meio: é possível ser um empreendedor financeiro e empreendedor social ao mesmo tempo? A nossa resposta é: depende! Você pode ser esse tipo de profissional, porém com nuances mais fortes para um estilo somente.

Imagine que você tem uma empresa de caridade, que está em busca das melhores técnicas de divulgação para conseguir mais doadores. Você pode, sim, ganhar dinheiro em cima disso, contudo a sua ênfase está na área social! Caso você somente pense no dinheiro, pode ser considerado oportunista pelas pessoas. 

Saiba separar as decisões de ambos os projetos

Se você quer juntar esses dois grupos é de suma importância saber distinguir cada projeto. Mesmo que eles andem juntos é preciso não existir mistura, pois caso você transforme algo social somente em financeiro, pode acabar perdendo a essência do negócio.

Como já exemplificamos acima, uma empresa de caridade está totalmente voltada para um empreendedorismo social. Este profissional pode ganhar em cima de campanhas, publicidades, entre outros. Mas se ele usufruir de doações, automaticamente está misturando projetos e se aproveitando de um dos nichos.

Esse tipo de atitude é facilmente percebido pelo público em geral e muito comum em cargos políticos, por exemplo. Por isso, se você está pensando em misturar os nichos, tenha cautela e saiba separar as decisões de ambos os projetos. 

Não tenha preferencia na hora de dedicar o seu tempo

Além disso, deve-se haver uma igualdade na hora de dedicar o seu tempo às funções. Uma pessoa que trabalha como empreendedor social e empreendedor financeiro precisa ser presente em ambas as profissões.

Se você, por exemplo, somente ficar voltado ao empreendedorismo financeiro, consequentemente vai ser taxado como interesseiro, que só pensa em dinheiro. Em contrapartida, se ficar somente voltado ao empreendedorismo social, vai ser taxado como antiprofissional, que não pensa no crescimento da empresa em âmbitos econômicos.

Ou seja, escolher por seguir esses dois ramos de uma vez é um tanto quanto arriscado. Caso você realmente queira fazer parte disso é preciso muita organização, disposição e foco. Sem isso, tudo pode ir por ladeira abaixo. 

O empreendedorismo social como salvação do país

Talvez soe um pouco exagerado, mas muitas pessoas consideram o empreendedorismo social a salvação do país. Com a ética e moral em declínio, segundo o senso comum brasileiro, muitas atitudes colaborativas, pensadas num grupo e no bem estar de todos estão cada vez menos frequentes. 

É normal escutar que esse profissional veio para conscientizar as pessoas quanto a esse tipo de atitude errônea. Contudo, eles não trabalham para isso! Estes podem até desenvolver funções que auxiliem nesse meio, porém não são pagos e nem instituídos para reger esse tipo de atividade.

Por isso, mostraremos um pequeno compêndio sobre o que o empreendedorismo social faz e o que é mito sobre essa carreira. É importante ressaltar que essas são características gerais, podendo haver algumas mais específicas, que estão ligadas somente a alguns profissionais. Cada pessoa possui a sua personalidade própria, sendo de reconhecimento próprio esta classificação. 

O empreendedorismo social salva vidas?

Não, o empreendedorismo social não salva vidas! Este não é um profissional milagreiro, que está a fim de tirar uma pessoa do fundo do poço. Quando se diz que esse nicho somente faz isso é um tanto quanto errado.

O empreendedorismo social pode ajudar pessoas com problemas, independente de qual seja. Caso seja uma instituição de psicologia, por exemplo, que cede consultas em preços populares, este está auxiliando o paciente a se tratar – mas não está salvando a vida dele.

Por isso, entenda que ele não é a salvação do país. Esse trabalhador pode ajudar com a sua função como qualquer outro emprego do mundo, ele somente está mais voltado para casos sociais e menos favorecidos pela sociedade. 

Empreendedorismo social e instituições governamentais

O empreendedorismo social que trabalha com instituições de caridade e afins, sem dúvida alguma, precisa de apoio governamental. Mesmo que haja dinheiro aplicado por um setor privado, este é voltado para uma carência do Governo, independente de qual seja.

Por isso, a União deve incentivar o empreendedorismo social que visa auxiliar em questões como segurança, saúde e educação. Estes nada mais são que uma ajuda à própria nação, aplicando uma parte de seu dinheiro e de seus conhecimentos no desenvolvimento.

Se você tem uma empresa voltada para esse setor, busque saber como o Governo pode fazer parte, além de exigir que eles estejam presentes. Esta é uma obrigação deles, tendo em vista uma atitude tomada para repor uma falta deles. 

A importância do empreendedorismo social

Por último e talvez um pouco condizente com o que falamos aqui, o empreendedorismo social é de suma importância para a sociedade. Ele não é uma salvação propriamente dita, porém auxilia muito em diversas questões, principalmente naquelas que regem a tríade básica do Brasil: educação, saúde e segurança. 

É preciso entender o valor que esse profissional tem na sociedade e como este pode ser eficaz em qualquer lugar, mas principalmente em países subdesenvolvidos, que precisam de empresas e pessoas voltadas para o social. 

Se você se encaixa em alguma das características que listamos até aqui, não hesite em conhecer mais sobre o ramo do empreendedorismo social. Ele pode ser seu novo estilo de vida e motivação para sobrevivência no Brasil. 

Empreendedorismo social: o maior empreendedor

Ao fim entendemos que, apesar do preconceito que existe com esse nicho profissional, o empreendedorismo social é tão importante quanto qualquer outro tipo de empreendedor.

Caso você queira virar um empreendedorismo social, busque se encaixar nas características que falamos aqui, além de participar de outras questões sociais, que envolvam esse grupo. Este trabalho não é sinônimo de voluntariado, mas de justiça e de salário condizente ao serviço realizado.

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