Correspondente bancário

O que é correspondente bancário? Entenda como funciona

24 nov 2020
6min de leitura

Correspondente bancário é uma pessoa jurídica que conecta clientes às instituições financeiras, oferecendo serviços sem que o consumidor precise se deslocar até agências. 

Filas, longas distâncias, falta de cobertura em lugares remotos, espera… nem sempre é fácil e tranquilo o acesso aos serviços das agências tradicionais de um banco. O correspondente bancário é uma pessoa jurídica que pode intermediar e descomplicar essa relação.   

O que é um correspondente bancário?

Sabe aquele comércio que recebe boletos? As lotéricas do seu bairro? Aquela construtora que, além de vender imóveis, também oferece acesso a crédito? Ou aquela unidade dos Correios onde você antes conseguia abrir uma conta? 

Esses estabelecimentos são correspondentes bancários, pessoas jurídicas contratadas por instituições financeiras para oferecer alguns dos seus serviços ao público. Ou seja, os correspondentes bancários são conectores, intermediários que ligam cliente aos serviços financeiros. 

Correspondentes bancários prestam quais serviços?

Essa contratação de uma pessoa jurídica para oferecer serviços bancários não é feita de qualquer maneira. Ela deve seguir as normas estabelecidas pelo Banco Central na Resolução 3.954. No documento, também estão listadas as atividades que um correspondente bancário pode desempenhar. 

Entre elas estão: recebimento de pagamentos, cobranças, operações cambiais, solicitação de empréstimos e de abertura de conta, etc. Confira alguns serviços destacados no texto da Resolução:

  • Recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos à vista, a prazo e de poupança mantidas pela instituição contratante;
  • Realização de recebimentos, pagamentos e transferências eletrônicas visando à movimentação de contas de depósitos de titularidade de clientes mantidas pela instituição contratante;
  • Recebimentos e pagamentos de qualquer natureza, e outras atividades decorrentes da execução de contratos e convênios de prestação de serviços mantidos pela instituição contratante com terceiros;
  • Recepção e encaminhamento de propostas de fornecimento de cartões de crédito de responsabilidade da instituição contratante; 
  • Realização de operações de câmbio de responsabilidade da instituição contratante, observado o disposto no art. 9º.

Os correspondentes bancários podem oferecer alguns desses serviços, mas não precisam, necessariamente, prestar todos eles. 

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Quem paga o correspondente bancário?

Os serviços do correspondente bancário são pagos pela instituição financeira que o contratou. Ele recebe pagamentos ou comissões dentro das condições estipuladas pelas partes no contrato. O consumidor não pode ser cobrado ou tarifado pelo correspondente pela intermediação desses serviços bancários.  

A atuação do correspondente deve seguir as diretrizes da instituição contratante. Esta, por sua vez, é responsável pelo atendimento prestado pelo correspondente aos clientes e usuários. A instituição também precisa garantir a “integridade, a confiabilidade, a segurança e o sigilo das transações realizadas por meio do contratado” como estabelecido pelo Banco Central. 

Qual a função de um correspondente bancário?

Pode parecer custoso às instituições financeiras contratar alguém para oferecer serviços que são de responsabilidade dela. Entretanto, o valor pago ao correspondente é vantajoso se comparado aos gastos com a instalação e manutenção de agências físicas, fazendo com que a instituição consiga novos clientes que, antes, seriam “caros” por estarem distantes.   

Assim, os serviços financeiros chegam mais facilmente às regiões mais afastadas. E nem precisamos ir longe, ao interior do Brasil. Ter acesso a esses serviços em seus próprios bairros evita que a população faça grandes deslocamentos e concentrações nos centros urbanos – desafogando agências e economizando o tempo do consumidor.

Dessa forma, com o correspondente bancário, ficam menos trabalhosas atividades simples e essenciais à população como pagar boletos, abrir contas, receber benefícios do Governo, etc.

O que é preciso para ser um correspondente bancário?

Para a pessoa jurídica que decide adicionar serviços de correspondente bancário a sua atividade principal, as vantagens também são grandes: aumento e fidelização de clientes, crescimento do lucro, etc. 

A mesma Resolução 3.954 estabelece as exigências para que uma pessoa jurídica passe a oferecer os serviços de correspondente bancário. Todo o processo acontece diretamente com as instituições financeiras, que, por sua vez irão lidar com o Banco Central. 

A pessoa jurídica deve, então, entrar em contato com a instituição (ou as instituições) para a qual deseja prestar serviço. Será preciso apresentar documentos como CNPJ e contrato social. Se for aprovada, a instituição financeira é quem fica responsável em comunicar a contratação ao Banco Central, que analisará e aprovará o cadastro.

A prestação de alguns serviços, como as transações de crédito (empréstimos), exige que o correspondente tenha certificações profissionais. 

Além disso, as próprias instituições financeiras terão seus protocolos e uma série de exigências particulares para que o local vire um correspondente bancário. Afinal, a responsabilidade final dos serviços prestados ao usuário é dela. 

Empréstimo com correspondente bancário

É importante relembrar que o correspondente bancário é um intermediário. Quando um consumidor procura o local para abrir uma conta, por exemplo, o correspondente vai receber a solicitação, mas o contrato e a efetivação acontece sob as diretrizes da instituição financeira – que é quem “abre” a conta. 

O mesmo acontece com solicitações de crédito. No Brasil, apenas instituições autorizadas pelo Banco Central podem conceder empréstimos, financiamentos, etc. E, como vimos, não é o Banco Central que autoriza diretamente a atuação dos correspondentes bancários, mas sim a instituição que o contratou. 

Correspondente bancário é seguro?

Dessa forma, os contratos de empréstimos devem sempre envolver o nome da instituição financeira e jamais o correspondente bancário pode exigir adiantamentos de parcelas. Se isso acontecer, desconfie! 

A transação precisa envolver um banco, que é quem irá liberar o crédito. Também é importante lembrar que o cliente não pode ser cobrado com taxas extras pelos serviços bancários intermediados. 

Hoje em dia, conseguir crédito através da mediação de correspondentes bancários é muito comum. Tomando alguns cuidados básicos, o consumidor tem acesso a crédito barato e seguro, ficando longe de empréstimo fraudulento. Tudo isso sem precisar se deslocar até agências ou enfrentar longas filas, conseguindo o dinheiro necessário com comodidade. 

Conclusão

Correspondente bancário é uma pessoa jurídica contratada para oferecer alguns serviços de instituições financeiras. Bancos postais, lotéricas, comércios que desempenham sua função principal e, ao mesmo tempo, recebem boletos, solicitação para abertura de contas e até empréstimo. Todos estão atuando como correspondentes bancários. 

A contratação de uma pessoa jurídica para ser correspondente bancário é feita pelas próprias instituições financeiras e deve obedecer à Resolução 3.954 do Banco Central do Brasil. No documento, estão as atividades que o correspondente pode desempenhar. 

Com o correspondente, o acesso aos serviços bancários ficou mais fácil, mais próximo e abrangente – chegando a lugares distantes ou evitando a concentração de pessoas em agências ou regiões centrais. Essa função é importante, pois, diariamente a população precisa recorrer a serviços financeiros. 

O correspondente bancário também recebe solicitações de empréstimo, mediando a transação entre o consumidor e o banco. Por meio de alguns deles, por exemplo, é possível aproveitar as baixas taxas de juros e longos prazos de pagamento do empréstimo com garantia de imóvel. Ficou curioso para conhecer essas vantagens? Faça uma simulação! 

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