fluxo de caixa

Fluxo de caixa: como controlar o dinheiro da sua empresa

1 abr 2025
12min de leitura

O fluxo de caixa é um dos pilares da gestão financeira. Ele permite que empreendedores acompanhem de perto o que entra e o que sai do caixa da empresa, ajudando na tomada de decisões estratégicas, na prevenção de problemas e na construção de um crescimento sustentável. 

O que é fluxo de caixa? 

O fluxo de caixa é o registro de todas as movimentações financeiras da empresa, ou seja, entradas (como vendas e recebimentos) e saídas (como despesas e pagamentos). Essa ferramenta permite que o gestor saiba, com precisão, quanto dinheiro a empresa tem disponível em caixa, em contas bancárias e aplicações de curto prazo. 

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Quais são os principais tipos de fluxo de caixa? 

Para diferentes objetivos financeiros, existem diferentes tipos de fluxo de caixa, como: 

  1. Fluxo de caixa operacional: concentra-se nas receitas e despesas ligadas à atividade principal da empresa, como vendas, salários, aluguel e fornecedores. Exclui investimentos e financiamentos. 
  1. Fluxo de caixa direto: registra as entradas e saídas de caixa de forma detalhada e em tempo real, classificadas por categoria (ex: pagamento de impostos, recebimentos de clientes, fornecedores etc.). 
  1. Fluxo de caixa indireto: utiliza dados contábeis da empresa, como lucro líquido e ajustes contábeis (ex: depreciação e amortização), sendo muito usado em demonstrações financeiras. 
  1. Fluxo de caixa projetado: estima as entradas e saídas futuras com base em dados históricos e previsões, sendo ideal para planejar cenários, antecipar riscos e orientar decisões estratégicas. 
  1. Fluxo de caixa livre: mostra o valor que sobra após o pagamento de todas as despesas operacionais e investimentos, indicando a capacidade da empresa de gerar caixa para expansão ou distribuição de lucros. 
  1. Fluxo de caixa de investimentos: registra saídas e entradas ligadas à compra ou venda de ativos fixos, como máquinas, imóveis e outras aplicações de longo prazo. Ajuda a entender o impacto dos investimentos no caixa. 
  1. Fluxo de caixa de financiamentos: engloba as movimentações relacionadas a empréstimos, financiamentos, aporte de capital e pagamento de dívidas. Mostra como a empresa se financia e quita suas obrigações financeiras. 
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O que colocar no fluxo de caixa? 

Os três elementos centrais mais comuns do fluxo de caixa são: 

  • Entradas de recursos: todo o dinheiro que entra na empresa, como vendas, recebimentos de clientes, empréstimos, aportes de sócios ou receitas financeiras. 
  • Saídas de recursos: todos os pagamentos e despesas, como salários, fornecedores, aluguel, impostos, investimentos e financiamentos. 
  • Saldo de caixa: a diferença entre entradas e saídas em um determinado período, indicando se houve sobra ou falta de recursos no caixa. 

Para que serve o fluxo de caixa na prática? 

Veja as principais aplicações práticas do fluxo de caixa: 

  • Controle de gastos: permite monitorar todas as saídas da empresa, identificando excessos e oportunidades de redução de custos. 
  • Tomada de decisões: fornece dados atualizados que embasam decisões operacionais, táticas e estratégicas com maior segurança. 
  • Previsão de necessidades: ajuda a antecipar a falta de caixa, permitindo ações preventivas como captação de recursos ou renegociação de prazos. 
  • Planejamento financeiro: serve como base para projetar receitas, despesas e investimentos, alinhando o orçamento ao cenário real da empresa. 
  • Gestão do capital de giro: auxilia no equilíbrio entre prazos de recebimento e pagamento, evitando descasamento e falta de liquidez. 
  • Avaliação de viabilidade: permite simular cenários futuros e avaliar se novos projetos, investimentos ou expansões são financeiramente sustentáveis. 
  • Relacionamento com instituições financeiras: demonstra organização financeira e aumenta a credibilidade da empresa na busca por crédito ou negociações com bancos. 

Os principais fatores que impactam o fluxo de caixa 

Vários elementos influenciam o fluxo de caixa, e entender cada um deles ajuda você a tomar decisões mais acertadas: 

  • Ciclo financeiro: representa o tempo entre o pagamento aos fornecedores e o recebimento das vendas; quanto menor esse intervalo, melhor para o fluxo de caixa. 
  • Prazo de pagamento x prazo de recebimento: quando os prazos estão desalinhados, como pagar em 30 dias e receber em 90, ocorre um déficit de caixa; o ideal é buscar prazos compatíveis ou antecipar recebimentos. 
  • Estoques: excesso de estoque imobiliza capital e reduz a liquidez da empresa; uma gestão eficiente libera recursos e melhora o fluxo de caixa. 
  • Inadimplência: atrasos ou falta de pagamento por parte dos clientes comprometem a entrada de recursos; políticas eficazes de crédito e cobrança reduzem esse risco. 
  • Investimentos e financiamentos: despesas com crescimento do negócio, como expansão ou aquisição de ativos, devem ser planejadas para não comprometer o equilíbrio financeiro. 

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Quais os benefícios de manter um fluxo de caixa saudável? 

Um fluxo de caixa saudável garante controle financeiro, evita riscos e apoia decisões em situações comuns como: 

  • Antecipação de problemas financeiros: com o fluxo de caixa atualizado, é possível identificar desequilíbrios antes que eles afetem o caixa da empresa, como meses com mais despesas do que receitas; 
  • Melhoria no planejamento de investimentos: a visibilidade sobre entradas e saídas permite planejar o melhor momento para investir, sem comprometer o capital de giro ou outras obrigações; 
  • Aumento da lucratividade: analisando os dados do fluxo de caixa, o gestor consegue identificar onde há desperdícios ou custos excessivos e ajustar a operação para melhorar os resultados; 
  • Facilidade para definir estratégias de precificação e promoções: com base nos números, é mais fácil saber quando há margem para reduzir preços, fazer liquidações ou criar campanhas de vendas sem comprometer o caixa; 
  • Suporte para decisões mais seguras: decisões financeiras e operacionais passam a ser baseadas em dados concretos, não em achismos, o que reduz riscos e melhora os resultados do negócio. 

Quais são os erros mais comuns no fluxo de caixa? 

Erros no fluxo de caixa comprometem a saúde financeira da empresa. Veja os mais comuns e saiba como evitá-los: 

  • Usar categorias genéricas demais: dificulta a análise financeira e o controle dos gastos, sendo importante criar classificações específicas para entender melhor de onde vêm as receitas e para onde vão as despesas. 
  • Fazer registros esporádicos: compromete a precisão das informações e pode gerar decisões equivocadas, por isso o ideal é atualizar o fluxo de caixa com frequência, preferencialmente todos os dias. 
  • Superestimar receitas: gera expectativas irreais e pode levar a gastos excessivos, então é essencial trabalhar com projeções conservadoras, baseadas em dados históricos e cenários realistas. 
  • Não usar ferramentas tecnológicas: torna o processo mais lento e sujeito a erros, enquanto sistemas de gestão automatizados oferecem mais segurança, agilidade e confiabilidade nos dados. 
  • Ignorar a gestão de riscos: expõe a empresa a imprevistos financeiros, sendo fundamental manter uma reserva de emergência e acompanhar indicadores para agir rapidamente em situações adversas. 

Como criar um fluxo de caixa eficiente? 

Para criar um fluxo de caixa útil na rotina da sua empresa, siga essas dicas: 

1 – Verifique o saldo inicial 

Antes de começar o planejamento do mês, registre quanto há disponível no caixa, contas bancárias e aplicações de curto prazo. 

Exemplo de cálculo: 
Caixa: R$ 1.500 
Banco: R$ 3.000 
Aplicações de curto prazo: R$ 2.500 
Saldo inicial: R$ 1.500 + R$ 3.000 + R$ 2.500 = R$ 7.000 

2 – Separe receitas e despesas 

Classifique os lançamentos por categoria, como vendas, salários, fornecedores, impostos e aluguel, para entender melhor a origem e o destino do dinheiro. 

Exemplo de análise: 
Se vendas = R$ 50.000 e salários = R$ 20.000 
Salários representam 40% das receitas (20.000 ÷ 50.000 × 100 = 40%) 

3 – Registre tudo, sem exceções 

Mantenha a disciplina no controle, registrando todas as entradas e saídas, inclusive valores pequenos, que somados fazem diferença. 

Exemplo de impacto: 
Despesas pequenas por dia: R$ 25 
Dias úteis no mês: 22 
R$ 25 × 22 = R$ 550 no mês 

4 – Atualize os dados com frequência 

O acompanhamento diário ou semanal garante que o planejamento esteja alinhado com a realidade da empresa. 

Dica prática: crie uma rotina: por exemplo, toda segunda-feira, revise os saldos e atualize as entradas e saídas da semana anterior. 

5 – Faça projeções mensais e semanais 

Estimar o que entra e sai no curto prazo ajuda a antecipar necessidades e evitar surpresas no caixa. 

Exemplo de estimativa: 
Média de vendas semanais: R$ 12.000 
Despesas fixas semanais: R$ 9.000 
Sobra projetada: R$ 3.000 por semana 

6 – Tenha uma reserva de emergência 

Manter pelo menos três meses de despesas fixas guardados ajuda a empresa a enfrentar imprevistos sem comprometer as operações. 

Exemplo de cálculo: 
Despesas fixas mensais: R$ 15.000 
Reserva ideal: R$ 15.000 × 3 = R$ 45.000 

7 – Negocie prazos com fornecedores 

Alinhar os prazos de pagamento com os recebimentos evita buracos no caixa e melhora o capital de giro

Exemplo prático: 
Recebimento em 30 dias 
Negociar pagamento para 45 dias 
Ganho de 15 dias no fluxo de caixa 

8 – Automatize cobranças e acompanhe inadimplência 

Sistemas de cobrança ajudam a reduzir atrasos e manter o fluxo de caixa previsível. 

Exemplo de cálculo de inadimplência: 
Total em aberto: R$ 4.000 
Total a receber: R$ 20.000 
4.000 ÷ 20.000 × 100 = 20% de inadimplência 

9 – Controle os estoques com inteligência 

Evite excessos e compras desnecessárias, pois estoque parado representa dinheiro imobilizado que poderia estar circulando no caixa. 

Exemplo de impacto: 
Estoque parado: R$ 10.000 
Se você girasse isso em vendas, poderia gerar entradas no caixa e melhorar a liquidez. 

Dica extra: acompanhe a relação entre despesas e receitas 

Observe quais categorias possuem a maior concentração de gastos. 

Exemplo de cálculo: 
Despesa de transporte: R$ 10.000 
Total de gastos: R$ 50.000 
10.000 ÷ 50.000 × 100 = 20% dos gastos na categoria transportes 

Exemplo de fluxo de caixa 

Para iniciar um registro simples de fluxo de caixa, basta possuir o caixa no mês inicial, adicionar entradas (recebimentos) e registrar saídas (fornecedores, salários, despesas totais).  

Mês Saldo Inicial (R$) Entradas (R$) Saídas (R$) Saldo do Mês (R$) Saldo Final (R$) 
Janeiro 20.000 15.000 18.000 -3.000 17.000 
Fevereiro 17.000 18.000 20.000 -2.000 15.000 
Março 15.000 22.000 24.000 -2.000 13.000 
Abril 13.000 16.000 15.000 1.000 14.000 
Maio 14.000 25.000 23.000 2.000 16.000 
Junho 16.000 27.000 28.000 -1.000 15.000 
Fluxo de caixa final do semestre 20.000 123.000 128.000 -5.000 15.000 

No exemplo acima, apesar do saldo de alguns meses terem sido negativos (mais pagamentos do que recebimentos), o fluxo de caixa permaneceu positivo. 

Como fortalecer o caixa com o home equity 

O home equity, modalidade de crédito com garantia de imóvel, pode ser uma solução estratégica para reforçar o fluxo de caixa da empresa sem comprometer o capital de giro.  

Com prazos mais longos e juros menores do que os empréstimos tradicionais, ele oferece fôlego financeiro para equilibrar as contas, investir com planejamento e enfrentar períodos de sazonalidade ou queda no faturamento.  

Na CashMe, é possível fazer uma simulação personalizada em poucos minutos. 

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Perguntas frequentes sobre fluxo de caixa 

Qual a diferença entre DRE e fluxo de caixa? 

O DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) mostra o lucro ou prejuízo da empresa por regime de competência. O fluxo de caixa mostra a movimentação real de dinheiro, por regime de caixa. 

Qual é a diferença entre fluxo de caixa e faturamento? 

Faturamento é o total de vendas realizadas. Fluxo de caixa mostra o dinheiro efetivamente recebido — nem todo faturamento entra no caixa no mesmo momento. 

Fluxo de caixa é a mesma coisa do que lucro? 

Não. O lucro é o que sobra após pagar todas as despesas. Já o fluxo de caixa mostra quando o dinheiro entra e sai. 

Qual a diferença entre fluxo de caixa projetado e realizado? 

O projetado mostra o que se espera movimentar no futuro; o realizado mostra o que de fato aconteceu. 

Qual a diferença entre fluxo de caixa e controle de caixa? 

Enquanto o fluxo de caixa é uma ferramenta estratégica que permite projeções e análises, o controle de caixa é mais operacional. Ele registra o movimento diário do dinheiro, servindo como base para alimentar o fluxo. 

Por que o fluxo de caixa quebra empresas? 

Porque mesmo com lucro, se a empresa não tiver dinheiro disponível para pagar contas no curto prazo, ela pode ficar inadimplente ou paralisar operações. 

É possível ter fluxo de caixa positivo e estar em prejuízo? 

Sim. Se você recebeu por vendas passadas, mas as vendas atuais estão dando prejuízo, o caixa pode estar positivo momentaneamente. 

Como posso analisar o fluxo de caixa? 

Verifique se há mais entradas do que saídas, identifique padrões de gastos, períodos de baixa liquidez, e use as projeções para tomar decisões estratégicas. 

Como o fluxo de caixa contribui para o crescimento sustentável? 

Um fluxo de caixa bem estruturado permite à empresa crescer sem perder o controle das finanças. Ele garante que a expansão não comprometa o capital de giro e que decisões importantes sejam tomadas com base em dados confiáveis. 

Como o fluxo de caixa ajuda na tomada de decisões estratégicas? 

Com base nas projeções e no acompanhamento diário, o gestor pode ajustar o rumo do negócio rapidamente. Isso inclui negociar com fornecedores, planejar novos investimentos ou evitar gastos desnecessários. 

Como usar a tecnologia para otimizar o fluxo de caixa? 

Sistemas de gestão (ERPs) ajudam a automatizar o processo, reduzir erros e gerar relatórios em tempo real. 

Como posso melhorar meu fluxo de caixa? 

Negociando prazos, controlando estoques, projetando entradas e saídas e evitando inadimplência. 

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