fluxo de caixa

O que é fluxo de caixa? Veja como controlar o dinheiro do seu negócio

26 maio 2022
55min de leitura

O fluxo de caixa é uma ferramenta usada para o planejamento e o controle financeiro de uma empresa. Ele é a relação de entradas e saídas de dinheiro durante um certo período de tempo, incluindo recebimentos e pagamentos futuros. Entre outras coisas importantes, o fluxo de caixa ajuda uma empresa a garantir seu capital de giro.

Investir algumas horas para entender conceitos da área financeira de uma empresa é muito importante para quem tem o sonho de empreender ou já abriu o seu negócio e está dando os primeiros passos. Um desses conceitos é o fluxo de caixa, muito conhecido, mas nem sempre compreendido.

Mas fique tranquilo! Seu funcionamento é fácil do que parece. No conteúdo de hoje você conhece os tipos de capital de giro, as diferenças entre contas a pagar e a receber etc. Mas se estiver com pouco tempo, leia abaixo um breve resumo do que é fluxo de caixa, qual seu objetivo e por que você deve ter um. Confira! 

Um breve resumo sobre fluxo de caixa

Aqui está um pequeno compilado sobre o tema. 

  • O que é fluxo de caixa? Fluxo de caixa é uma ferramenta para monitorar as entradas e saídas de dinheiro da empresa. As anotações são feitas constantemente, mas sua duração pode ser em relação a períodos determinados (três meses, seis meses um ano etc). 
  • O que o fluxo de caixa diz sobre a empresa? Em uma análise simples, o fluxo de caixa mostra o dinheiro disponível em caixa, pois ele é igual ao valor total de entradas (vendas) menos o valor total das saídas (pagamento de despesas). Entretanto, veremos a seguir que existem diferentes tipos de fluxo de caixa e, portanto, diferentes análises. 
  • Qual o objetivo do fluxo de caixa? Por monitorar as entradas e saídas de dinheiro na empresa, o fluxo de caixa cumpre com o objetivo de organizar, controlar e planejar a parte financeira da empresa.  
  • O que compõe o fluxo de caixa? Toda e qualquer informação que faça parte da movimentação financeira. Despesas fixas, despesas com pessoal, impostos, aquisição de estoque, vendas à vista, vendas à prazo… enfim, tudo que aconteceu e também o que vai movimentar o caixa no futuro dentro do período estipulado. 
  • Por que fazer fluxo de caixa? Além de monitorar as entradas e saídas, você vai poder controlar, manter organizada e planejar a área financeira da sua empresa. Por que você deixaria de fazer o fluxo de caixa? Com ele, é possível tomar melhores decisões sobre investimento, prever altas e baixas na sazonalidade das vendas e, assim, manter um capital de giro suficiente para o funcionamento da empresa.  

O que é fluxo de caixa?

Fluxo de caixa é a entrada e saída de dinheiro de uma empresa em determinado período de tempo. Monitorar gastos e vendas é fundamental para o sucesso de um negócio. Justamente por isso, essa ferramenta de controle financeiro é tão importante para empreendedores, sejam eles experientes ou de primeira viagem. 

Sem controlar entradas e saídas um negócio pode falir rapidamente, ainda que seja lucrativo. Isso porque, deixar de fazer fluxo de caixa é um dos principais caminhos para ficar sem capital de giro. 

Como a ferramenta mostra a movimentação no caixa, passada e futura, o empreendedor consegue prever momentos em que as entradas serão menores, alertando para a necessidade de buscar capital de giro ou diminuir gastos. 

Da mesma forma, o fluxo de caixa não deixa você ter a ideia errada de que está tudo indo bem quando as entradas começam a aumentar, pois mostra quanto dessas vendas será consumido pelo pagamento de contas.

Fluxo de caixa segundo a Caixa Econômica Federal

Em sua cartilha sobre fluxo de caixa e educação financeira, o banco Caixa Econômica Federal define a ferramenta como “um relatório gerencial que informa toda a movimentação de dinheiro (entradas e saídas), sempre considerando um período determinado, que pode ser uma semana, um mês etc”.

Ou seja, o fluxo de caixa é a relação de todos os gastos feitos e a serem feitos naquele período de tempo com todas as vendas – sejam elas realizadas, à vista, à prazo ou uma previsão do que se espera vender. É ele que te dará uma certa noção do dinheiro que você terá em caixa em determinado período. 

Planilha de fluxo de caixa

Chegou até aqui e já quer colocar seu fluxo de caixa em prática? Ao longo do artigo vamos explicar um pouco mais sobre as modalidades e uma forma simples de elaborar o seu. Mas se você quer um documento pronto, confira a cartilha da Caixa e o site do Sebrae e faça o download gratuito de uma planilha de fluxo de caixa.

Esses documentos não são especialmente elaborados para a realidade da sua empresa, mas podem ser o começo para criar a cultura do fluxo de caixa no seu negócio. Ao longo do tempo, você pode aprimorá-los ou adotar softwares específicos para essa tarefa, como os conhecidos ERPs, que fazem a gestão integrada das áreas da empresa.

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Qual o objetivo do fluxo de caixa?

Se o fluxo de caixa traz uma previsão do valor que a empresa terá disponível em certo momento, faz muito sentido dizer que seu objetivo é monitorar, organizar, planejar, controlar e demais verbos que indiquem uma visão estratégica sobre as finanças do negócio. De fato, essas são algumas das possibilidades trazidas por essa ferramenta contábil.

Segundo o Sebrae, o objetivo do fluxo de caixa é “apurar o saldo disponível no momento e projetar o futuro, para que exista sempre capital de giro acessível tanto para o custeio da operação da empresa (folha de pagamento, impostos, fornecedores, entre outros) quanto para o investimentos em melhorias (reforma da fachada, por exemplo)”. 

Já a Caixa, também em sua cartilha sobre educação financeira, considera que o objetivo do fluxo de caixa é “auxiliar o empresário a tomar decisões sobre a situação financeira da empresa”. 

Para que serve o fluxo de caixa?

Com a definição do que é fluxo de caixa e seus objetivos, fica um pouco óbvio o papel da ferramenta na sobrevivência do negócio. E não apenas nisso, mas também na tomada de decisões mais favoráveis ao seu crescimento. A seguir vamos listar alguns pontos práticos que mostram para que serve o fluxo de caixa. Confira!

  • Verificar o valor de todos os gastos da empresa; 
  • Verificar o valor de todas as vendas da empresa;
  • Prever períodos de baixa no valor disponível em caixa; 
  • Tomar decisões sobre empréstimo para capital de giro; 
  • Tomar decisões sobre investimentos financeiros e expansões;
  • Monitorar se a empresa está operando com folga ou sempre próxima do vermelho;
  • Avaliar períodos em que o capital de giro pode ser insuficiente; 
  • Planejar queimas de estoque, promoções e novas políticas de parcelamento;
  • Planejar a compra de estoque considerando pagamento e valor em caixa; 
  • Verificar momentos em que o valor obtido com vendas não será suficiente para cobrir despesas.

Essas são algumas aplicações do uso do fluxo de caixa. De maneira geral, ele vai ter serventia em qualquer ação da sua empresa se considerarmos que a questão financeira é primordial em toda tomada de decisão de um negócio. É essa ferramenta que trará uma visão estratégica do dinheiro disponível em caixa nos próximo período e, portanto, guiará gastos e vendas. 

O que deve ser registrado no fluxo de caixa?

Bom, considerando a definição do fluxo de caixa, você já deve imaginar que os registros desse relatório precisam incluir tudo o que for movimentar o caixa da empresa no período analisado. E é exatamente isso. O que disser respeito às entradas e saídas precisa ser incluído e, em certo nível, detalhado. 

O nível de detalhamento e a inclusão de algumas categorias de gastos e vendas pode variar de acordo com o tipo de fluxo de caixa adotado, como veremos um pouco mais para frente. Considerando isso, aqui vamos listar alguns itens que não podem ficar de fora do seu fluxo de caixa. 

Saldo inicial: no começo do período, você deve somar o valor disponível em caixa e contas bancárias. 

Entradas: diz respeito a qualquer valor obtido com vendas/prestação de serviço. Isso inclui vendas em dinheiro, cheque pré-datado, duplicatas a receber, cartão de crédito, crediário. É importante lembrar de considerar os recebimentos previstos para o futuro do período analisado. 

Saídas: diz respeito a qualquer gasto/pagamento. Aqui o nível de detalhamento vai depender muito, mas ele deve refletir o gasto total da empresa. Considere fatores como salários, impostos trabalhistas, impostos sobre vendas, pagamento de fornecedores, luz, água, internet, aluguel, IPTU, marketing, despesas bancárias e contábeis, comissões, manutenção da frota de veículos, equipamentos e material de escritório, empréstimos etc.

Saldo final: é aquele dinheiro que estará no caixa no final do período analisado. Ele corresponde ao resultado nas entradas menos as saídas.

Qual a periodicidade do fluxo de caixa?

Não existe um período determinado para a duração do fluxo de caixa. Ele pode ser semanal, mensal, bimestral, trimestral, semestral, anual e até mesmo diário. Alguns especialistas indicam que ele seja mensal, sendo o período trimestral uma duração aceitável para empresas que estão começando. 

Qual a fórmula do fluxo de caixa?

Não existe uma fórmula padrão para o fluxo de caixa, pois, como veremos, há diferentes modalidades. Logo, o seu cálculo varia de acordo com o enfoque e forma de registro. De forma muito simplória, é possível resumir o fluxo de caixa mais básico pela soma das entradas menos o total das saídas do período. 

Qual a diferença entre DRE e fluxo de caixa?

Antes de falar sobre os tipos de fluxo de caixa, vamos conhecer alguns conceitos que se misturam com o do fluxo de caixa. O Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE) é um deles. De fato, algumas pessoas chegam a confundir esses dois conceitos, mas existe sim uma diferença grande entre os dois. 

A grande diferença está no fato da DRE ser elaborada considerando o regime de competência e o fluxo de caixa de acordo com o regime de caixa. Antes de exemplificar isso na prática, vamos entender melhor o que é DRE. 

O DRE é um relatório contábil que mostra se uma empresa está tendo lucro ou prejuízo. Por outro lado, você já sabe que o fluxo de caixa é mais gerencial, para controlar as entradas e saídas de valores. Ele ajuda a fazer previsões sobre o saldo bancário, sendo fundamental para questões operacionais do negócio. 

Apesar do fluxo de caixa também estar muito ligado à tomadas de decisões mais estratégicas, o DRE é um instrumento muito mais buscado por aqueles setores que desenham táticas financeiras da empresa (cortes de gastos, empréstimos, expansões etc). 

Sua periodicidade também é bem diferente do fluxo de caixa. A Demonstração pode sim ser mensal, semestral ou anual. De todas as formas, a maioria das empresas está obrigada por lei a emitir pelo menos a DRE anual (uma das exceções é o Microempreendedor Individual). Já o fluxo de caixa não tem uma periodicidade determinada, apesar de ser recomendável fazer sua atualização diariamente e análises periódicas. 

Exemplo da diferença entre DRE e fluxo de caixa

Agora, vamos a um exemplo prático da diferença entre esses dois conceitos. Na DRE, quando falamos em regime de competência, queremos dizer que o fato gerador é registrado como receita ou gasto no momento em que uma venda ou pagamento é efetuado, não importa se foi à vista ou à prazo. 

Por exemplo, se você vende R$ 600 reais em 3 vezes, sendo a primeira parcela em 2021 e a segunda e a terceira em 2022, na DRE esses R$ 600 reais de receita serão contabilizados de uma só vez, na DRE do exercício. Ou seja, se é uma DRE anual, na receita estará contabilizado R$ 600 e não apenas R$ 200.

Por outro lado, no fluxo de caixa, essa venda seria contabilizada em parcelas. O que ainda não tivesse “caído” na conta da empresa estaria nas contas a receber e não no saldo em caixa. Ou seja, o que interessa para o fluxo de caixa são as entradas e saídas que realmente aconteceram.

O que contém uma DRE?

Além da periodicidade determinada por lei, a DRE também tem sua discriminação orientada pela Constituição Federal. Na Lei das Sociedades por Ação (Lei Nº 6.404), fica estabelecido que a DRE deve evidenciar:

        I – a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;

        II – a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;

        III – as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;

        IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; 

        V – o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;

        VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; 

        VII – o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.

Para que serve uma DRE?

Entendo a definição da DRE e as discriminações que a compõe fica fácil de entender a importância desse relatório contábil, não é mesmo? Com ele, você pode analisar o desempenho da empresa e até mesmo a continuidade das atividades. 

A demonstração é um dos documentos que trazem a visão mais clara possível da situação financeira da empresa. Isso porque ela evidencia a situação do caixa, o nível de endividamento, lucro, margem de operação e as possibilidades de financiamento.

Do lado dos investidores, a DRE é um dos documentos mais consultados na hora de decidir pela compra de ações ou não de uma empresa.

Qual a diferença entre capital de giro e fluxo de caixa?

O capital de giro é outro conceito muito associado, inclusive quando vamos falar sobre os benefícios do fluxo de caixa. Entretanto, assim como a DRE, ele tem um significado muito diferente. 

Chamamos de capital de giro a quantia que a empresa precisa para manter suas portas abertas. Ou seja, o valor para arcar com os gastos das operações diárias. É, basicamente, o valor disponível para que o negócio pague despesas, continue funcionando e mantenha a produção ativa, girando. 

Custos fixos e previstos como aluguel, luz, salários são pagos com o capital de giro. O capital de giro também é uma garantia para imprevistos e sazonalidade. O valor pode

assegurar os gastos básicos de operação em meses de baixa de vendas, até que a

empresa volte a obter lucro. 

Além disso, ele permite maior flexibilidade para vendas a prazo. Por exemplo, para

garantir uma venda, o empreendedor oferece um tempo maior para que o cliente inicie o

pagamento. Até lá, o capital de giro pode cobrir despesas que seriam pagas naquele mês

com o valor da venda.

Como calcular capital de giro?

O cálculo do capital de giro também é bem diferente das fórmulas de fluxo de caixa que veremos a seguir. Para chegar até o valor, é preciso utilizar os conceitos de: 

Liquidez: diz respeito a menor ou maior facilidade em resgatar um valor. Por exemplo,

o dinheiro da conta corrente tem alta liquidez, enquanto um maquinário ou um carro

tem baixa liquidez.

Passivo circulante (PC): corresponde às despesas e obrigações financeiras (contas,

salários etc) que devem ser pagas no período de um ano.

Ativo circulante: são os recursos (bens e direitos) que podem ser convertidos em

dinheiro em curto prazo, como estoques e contas a receber.

Para descobrir o capital de giro líquido da empresa, é preciso subtrair as despesas

(passivo circulante) dos recursos (ativo circulante). A fórmula para cálculo fica da seguinte maneira: 

CGL = AC – PC

Se a empresa tem os ativos líquidos para pagar contas e emergências, temos um capital

de giro positivo. Já um capital de giro negativo indica que a empresa não tem ativos

com liquidez suficiente para cumprir com suas obrigações financeiras. O ideal é que o

capital de giro sustente cerca de seis meses de operação da empresa.

Qual a relação entre capital de giro e fluxo de caixa?

Toda! O fluxo de caixa pode funcionar como um alerta quando você conhece qual é o capital de giro necessário para sustentar a operação da sua empresa. Verificando o saldo em conta e a projeção de entradas e saídas para os próximos períodos, um empreendedor é capaz de determinar se vai ser preciso sair atrás de opções para conseguir capital de giro. 

Ao final deste artigo, vamos dar algumas dicas caso essa seja a sua situação. E já adiantamos: usar seu bem próprio para conseguir um empréstimo com garantia de imóvel é uma das soluções para um fluxo de caixa negativo e um baixo capital de giro! Continue lendo e veja como pedir esse crédito.

O que é Demonstrativo de Fluxo de Caixa?

Outra sigla que se confunde é a DFC – Demonstrativo de Fluxo de Caixa. Ela também traz as entradas e saídas da empresa em determinado período, mas é um relatório contábil cuja elaboração está regida pela mesma lei que define a disposição da DRE: a Lei das Sociedades por Ação (Lei Nº 6.404). 

Um dos seus usos é verificar quanto de caixa e lucro a empresa consegue gerar, sendo muito analisada por investidores na hora de decidir investir ou vender ações. Seguindo a mesma linha, a DFC também pode ser usada como instrumento de controle e investigação de fraudes ou inconsistências nos lançamentos do orçamento. 

Qual a diferença entre DFC e Fluxo de Caixa? 

Apesar dos dois conceitos lidarem com o registro de entradas e saídas, a DFC e o fluxo de caixa são diferentes. O fluxo de caixa será uma das informações utilizadas para elaborar o relatório contábil. 

A DFC também se difere da DRE. Enquanto a primeira se baseia no regime de caixa e ressalta o saldo disponível, a segunda segue o regime de competência e evidencia mais questões de lucro e prejuízo. 

Qual a diferença entre fluxo de caixa e controle de caixa?

Por fim, muitas pessoas confundem o fluxo de caixa com o controle de caixa. Retomando: o fluxo de caixa é um instrumento que, sim, controla as entradas e saídas, mas, mais que isso, ajuda a planejar e monitorar as transações financeiras. Faz parte de sua análise fazer projeções de vendas e gastos futuros, pois seu período não diz respeito apenas ao histórico ou presente. 

Por outro lado, o controle de caixa não faz previsões futuras. Ele é o registro de tudo que entra e sai do caixa da empresa. Sua periodicidade pode variar, mas, pela sua característica, o ideal é que seja diária. A análise do controle de caixa pode indicar ao gestor, por exemplo, períodos de sazonalidade de vendas. 

Para fazer o controle de caixa de uma forma eficiente é preciso registrar absolutamente toda e qualquer entrada e saída. Algumas empresas optam por categorizar, principalmente quando a movimentação financeira é originada por gastos. 

O que podemos entender é que o controle de caixa vai servir de base de dados para algumas das variáveis trabalhadas pelo fluxo de caixa. Logo, é importante fazer os dois e não optar por um ou outro. Enquanto o controle mantém a organização e rastreio das movimentações financeiras, o fluxo serve como uma ferramenta de análise mais completa e passível de previsões.

Quais os tipos de fluxo de caixa?

Como mencionamos acima, existem diferentes tipos de fluxos de caixa. O que vai determinar qual deles é ideal para a sua empresa é a análise que você deseja obter dele. Confira abaixo as principais modalidades. 

Fluxo de Caixa Descontado – FCD

Começamos por uma modalidade importante para a venda, investimento ou compra de ações de uma empresa. O Fluxo de caixa descontado calcula o valor atual de um negócio, podendo avaliar também um projeto, produto, área, ativo etc. Para isso, ele trabalha com duas variáveis: risco de investimento e retorno.

Segundo o portal da Endeavor, o FCD “é uma projeção daquilo que sua empresa poderá produzir no futuro, com os descontos do tempo que isto levará e dos riscos assumidos”. Para chegar no valor, o cálculo do Fluxo de Caixa Descontado é feito considerando: 

  • Projeção do fluxo de caixa: entradas e saídas em determinado período;
  • Taxa de desconto: sua determinação é feita a partir do custo médio ponderado de capital e riscos de investimento;
  • Valor residual: valor estimado daquele bem no final da sua vida útil.

Ainda segundo a Endeavor, considerando a aplicação do FCD para determinar o valor de uma empresa, o resultado vai ser determinado pelos recursos gerados futuramente, mais o valor atual e menos “o tempo e o risco associados a essas estimativas vindouras”. 

Fluxo de Caixa Realizado e Projetado 

Detalhes das entradas e saídas! Esse é o ponto principal do fluxo de caixa projetado, além óbvio de fazer a projeção do cenário futuro do dinheiro que sua empresa terá em caixa naquele período. Um empreendedor que adote essa modalidade vai precisar analisar gastos atuais e futuros, assim como as entradas. 

Ele é uma boa maneira de não se achar que há dinheiro sobrando, quando, na verdade, gastos maiores virão a seguir. Ou de não achar que é preciso fazer um empréstimo para capital de giro por não considerar pagamentos a receber. Com o fluxo de caixa projetado, você pode verificar qual será a quantidade de dinheiro disponível em determinado momento, programando, assim, a melhor data para realizar os pagamentos.

Dessa forma, o fluxo de caixa projetado mostra descompassos entre vendas e gastos, ajuda a separar um valor para pagamentos previstos, tomar a decisão de investir ou pedir empréstimos e mais. Ou seja, ele é ideal para aquele gestor que precisa planejar ações futuras, mas, ainda assim, estar sustentado por dados seguros sobre esse cenário vindouro. 

Para fazer um fluxo de caixa projetado, você precisa somar o dinheiro em caixa atual. Depois, em outra coluna somar os valores recebidos no período analisado e subtrair valores pagos. A subtração do primeiro pelo segundo é equivalente ao saldo realizado (aquilo que de fato aconteceu). Já o saldo projetado é igual aos valores a receber menos os valores a pagar. 

Na parte da projeção, é importante considerar a sazonalidade das vendas e subida, por exemplo, dos insumos do estoque. E também contas ocasionais como 13º dos funcionários. Quando se compara o fluxo de caixa presente com a série histórica passada, falamos em fluxo de caixa realizado. Já quando fazemos análises do saldo projetado, estamos falando do fluxo de caixa projetado.

Fluxo de Caixa Operacional – FCO

Esse tipo de fluxo de caixa registra todas as entradas e saídas de dinheiro relacionadas ao negócio principal da empresa, ou seja, às suas atividades operacionais. Pagamento de funcionários, aluguel, compra de insumos, impostos, receita obtida com vendas entre outras. Aqui não entra investimentos.

Dessa forma, o fluxo de caixa operacional é um indicador para aquele gestor que precisa saber se a empresa consegue sobreviver apenas com o dinheiro vindo da sua operação. Ou seja, se a sua operação é, de fato, eficiente. Para fazer essa conta você vai precisar de números referentes ao:

  • lucro líquido;
  • dinheiro recebido com vendas;
  • pagamento de fornecedores;
  • pagamento de funcionários;
  • pagamento de credores;
  • pagamento de impostos.

Uma das fórmulas utilizadas para calcular o fluxo de caixa operacional é:

FCO = (lucro antes dos impostos + desvalorização) – impostos

Sendo que lucro antes dos impostos é igual a receita com vendas menos custos de produção (pagos citados acima). 

Essa modalidade de fluxo de caixa é interessante para analisar empresas que fazem muitas vendas a prazo (valores a receber). Isso porque pode acontecer desses negócios terem sim lucro, mas estarem ficando sem capital de giro por conta de um alto valor que entrará no caixa apenas futuramente. 

Como isso acontece? Acontece, porque o lucro é contabilizado no momento do fechamento do negócio (quando você faz a compra parcelada, por exemplo) e não quando o dinheiro é, de fato, recebido. Assim, sua empresa pode ter vendido R$ 1 milhão neste ano, mas só receberá esse dinheiro no ano que vem. Até lá, ela pode ficar sem dinheiro no caixa e deixar de pagar suas obrigações financeiras.

Fluxo de Caixa Livre – FCL

Agora, se você deseja saber quanto sobre depois de pagar todas as suas obrigações do período, então, deve optar pelo fluxo de caixa livre. A explicação parece simples, mas, em empresas maiores, essa modalidade é utilizada, muitas vezes, para pagar aos acionistas ou verificar a rentabilidade em relação ao seu desempenho operacional.  

O cálculo do fluxo de caixa livre é dado pela fórmula:

FCL = Fluxo de Caixa Operacional – Despesas de capital 

A fórmula parece simples, mas o valor das variáveis que a compõem deve ser calculado previamente e com números bem fundamentados, o que envolve uma análise do balanço patrimonial.

Fluxo de Caixa Direto

Esse método registra todas as entradas e saídas relacionadas às atividades da empresa. Diferente do fluxo de caixa operacional, ele não contabiliza descontos. Sua utilização diz mais respeito a um controle da movimentação no caixa, sendo indicado fazer diariamente, pois, assim, é possível ter uma visão fácil do que ocorre. 

Por ter essa função de controlar e dar uma visão rápida do que acontece, a organização do fluxo de caixa direto é feita em categorias bem detalhadas de entradas e saídas. Por exemplo, ao invés de colocar todos os gastos na categoria “saída”, é indicado criar subcategorias como gasto com salário, gasto com fornecedor, luz, água, internet etc. 

Fluxo de Caixa Indireto

Se o fluxo de caixa direto é uma ferramenta de controle, o fluxo de caixa indireto está muito mais para uma ferramenta de análise. Ao invés de trazer entradas e saídas, ele vai trabalhar com informações contábeis. 

Por isso, o Demonstrativo de Resultado de Exercício (DRE) e o Balanço Patrimonial serão muito importantes em seu cálculo, evidenciando lucros e perdas do começo até o final do período analisado. Dessa forma, o fluxo de caixa indireto vai mostrar variações nas contas, investimentos e financiamentos. 

Qual é o melhor fluxo de caixa?

Conhecendo todos esses tipos de fluxo de caixa é normal se questionar qual deles é o melhor. Entretanto, não existe uma resposta correta. O que você deve se perguntar é qual deles é o melhor para a situação da sua empresa e análise que deseja obter. Como vimos, cada um deles tem uma finalidade e enfoque diferente. 

Por isso, ao escolher o melhor fluxo de caixa para empresa, busque refletir sobre quais respostas deseja extrair desse instrumento de análise. A seguir, vamos listar algumas vantagens e desvantagens das modalidades. 

Vantagens e desvantagens do fluxo de caixa descontado

Quando bem elaborado e analisado, o FDC é vantajoso para investidores que estão pensando em investir ou comprar uma empresa. Para donos de empresas, ele traz um olhar para o cenário futuro do negócio. 

Por outro lado, alguns especialistas entendem que o FDC pode ser um risco quando não suas projeções não estão bem baseadas na realidade. Outros não o levam muito em consideração por falar do futuro, que, mesmo bem estruturado, apresenta imprevisibilidades.

Vantagens e desvantagens do fluxo de caixa previsto e realizado

Uma das grandes vantagens do fluxo de caixa previsto e realizado é a facilidade de colocá-lo em prática. Com um editor de planilha e uma estrutura simples, você já consegue elaborar sua tabela. A atualização das informações também é relativamente fácil, bastando indicar na planilha as novas entradas e saídas. 

Em resumo, ele é vantajoso por controlar e monitorar as movimentações no caixa de forma simples, dando uma pequena margem para fazer previsões (previstas). Por outro lado, ele pode ser desvantajoso para empreendedores que não estão acostumados a analisar séries históricas para, só então, extrair uma visão estratégica do negócio. 

Para ter insights e orientar tomadas de decisões sobre a operação e o futuro da empresa, o empreendedor que usa o fluxo de caixa previsto e realizado vai precisar refletir sobre as informações registradas e aplicá-las em diferentes cenários.

Vantagens e desvantagens do fluxo de caixa operacional

Pela sua característica, o fluxo de caixa operacional é vantajoso na hora de analisar a eficiência da atividade principal da empresa. Ele traz uma visão interessante sobre a capacidade do negócio sobreviver apenas com as entradas vindas de suas vendas ou prestação de serviço.

O fluxo de caixa operacional também pode servir de alerta sobre o capital de giro para empresas que fazem muita venda a prazo. Por outro lado, se o negócio utiliza apenas essa modalidade, ele é desvantajoso quando se quer saber questões de investimento, lucro e endividamento.

Vantagens e desvantagens do fluxo de caixa livre

O fluxo de caixa livre é muito vantajoso para entender a rentabilidade da empresa em longo prazo. De certa maneira, ele também traz benefícios para o empreendedor fazer uma previsão dos resultados do negócio.

Um lado negativo do fluxo de caixa livre se apresenta quando seu resultado é analisado sem considerar a série histórica. Um saldo positivo não significa necessariamente que a empresa e sua rentabilidade para investidores tenha crescido nos últimos anos.

Vantagens e desvantagens do fluxo de caixa direto

A vantagem do fluxo de caixa direto também está na facilidade da sua elaboração, não exigindo muitos conhecimentos da legislação contábil por não estar atrelado ao regime de competências. Ou seja, sua classificação pode seguir critérios técnicos e práticos, sem a exigência de atender critérios fiscais. 

Sua análise é interessante para empreendedores que buscam saber os resultados brutos do negócio. Por outro lado, ele traz um custo adicional para classificar entradas e saídas.

Vantagens e desvantagens do fluxo de caixa indireto

Por outro lado, o fluxo de caixa indireto requer informações contábeis que seguem o regime de competência. De certa maneira, isso pode ser uma desvantagem se a pessoa que vai elaborá-lo não tem conhecimentos aprofundados sobre contabilidade. 

Sobre suas vantagens, o fluxo de caixa indireto é ideal para ter uma visão mais completa da variação do caixa em relação ao lucro contábil.  Por depender essencialmente do Balanço patrimonial e da Demonstração de Resultado do Exercício, seu custo de elaboração é relativamente baixo.

Como fazer fluxo de caixa simples?

Para colocar em prática as modalidades de fluxo de caixa apresentadas acima, empresas consolidadas contam com especialistas da área. Isso porque a informação utilizada nos cálculos, sua organização e posterior análise é muito sensível. Qualquer imprecisão pode levar a uma interpretação equivocada. 

Ainda assim, empreendedores de primeira viagem ou empresas que ainda estão se estruturando podem assumir por conta própria a elaboração do fluxo de caixa. Nesta parte do artigo, vamos ensinar você a como fazer um fluxo de caixa simples. Para isso, recomendamos a utilização de um editor de planilhas como o Google Drive ou o Excel. 

Some o seu saldo inicial

Separe na planilha um espaço para registrar o somatório do dinheiro em caixa (dinheiro vivo e saldo das contas bancárias). Esse procedimento deve ser feito a cada início do novo período do fluxo de caixa. Mesmo que seu caixa esteja zerado, indique o valor no lugar destinado. Com isso, você poderá comparar a situação no começo e final do período.

Separe as receitas e gastos

Crie uma linha para as saídas e outra linha para entradas. Dentro de cada uma delas, você pode criar outras linhas para categorizar os tipos de gastos e tipos de vendas. Por exemplo, especifique quais são as contas fixas da empresa: 

  • Aluguel
  • Salários 
  • Benefícios dos empregados
  • IPTU
  • Internet

E também crie categorias para as contas variáveis:

  • Impostos sobre vendas
  • Comissões
  • Fornecedores
  • Água
  • Luz


Na parte das entradas, separe as vendas de acordo com a forma de recebimento: à vista, parcelado, cheques etc. 

Crie uma coluna para valores previstos 

No começo do período, você pode fazer uma estimativa dos custos variáveis com base na previsão de vendas e nos fluxos de caixas passados. Sabendo qual é a média de venda, por exemplo, você consegue ter uma noção de gastos com matérias primas, fornecedores, reposição de estoque, logística etc. 

Por outro lado, também é possível fazer uma projeção do quanto a empresa espera vender, programando promoções, queimas de estoque, oferta de novas condições de parcelamento etc. 

Tanto nas entradas como nas saídas, tudo que ainda não tiver acontecido dentro do período, pode ser alocado em uma coluna chamada “Previsto”. Isso também acontece com despesas fixas, pois, mesmo que ainda não tenham acontecido, você já sabe que elas vão acontecer. 

O mesmo vale para vendas à prazo. Coloque na coluna “Previsto” aquelas parcelas que, em teoria, seus clientes vão pagar a você no futuro daquele período do fluxo de caixa. A soma de todas as linhas da coluna “Previsto” é o que você espera ter em caixa ao final do mês.

Crie uma coluna para valores realizados

Ao lado da coluna de “Previstos”, insira uma coluna para aquelas saídas e entradas que efetivamente forem acontecendo ao longo do período do fluxo de caixa. Chame esse espaço de “Realizado”. Conforme você for atualizando o seu fluxo de caixa, vá inserindo ali gastos e vendas que acontecerem. 

Calcule o saldo final

Ao final do período, some tudo o que for entrada e saída. Depois, subtraia das entradas o valor total das saídas. Pronto! Você já tem o saldo final do seu caixa. Esse resultado indica qual é o valor líquido disponível no momento. Olhando para ele, é possível verificar se a quantia é o capital de giro suficiente para o próximo período.

Outra possibilidade é criar um saldo final projetado no começo do período do seu fluxo de caixa. Nessa coluna você estaria indicando quanto acredita que terá em caixa ao final daquele tempo. É interessante comparar esse saldo final “previsto” com o saldo final “realizado” para entender se a eficiência da empresa está de acordo com as suas expectativas.

8 dicas para fazer um fluxo de caixa eficiente

Para que esse fluxo de caixa seja eficiente e forneça uma análise precisa do dinheiro em caixa da empresa, é preciso adotar algumas boas práticas financeiras. A seguir, listamos 8 dicas que podem te ajudar nisso! 

1. Tenha categorias bem definidas

A organização é uma das palavras-chave para um fluxo de caixa eficiente. Antes de iniciar seus registros, tome um tempo para refletir sobre quais categorias de gastos e receitas você vai incluir na estrutura da sua tabela. Ter diferentes classificações vai te trazer uma análise mais particular do impacto que determinado tipo de entrada ou saída tem no seu orçamento. 

Uma vez definidas as categorias, tente se comprometer com elas por pelo menos alguns períodos de registro do fluxo de caixa. Se depois de um tempo perceber que é preciso adicionar outras classificações ou reduzir algumas para não burocratizar o processo, faça os ajustes!

2. Seja preciso nos números

Fluxo de caixa é sobre números! Dessa forma, qualquer inconsistência ou arredondamento pode interferir no resultado final. Consequentemente, isso pode levar a análises equivocadas sobre a saúde financeira da empresa, disponibilidade de capital de giro, estratégias de promoções e datas de pagamento de fornecedores. Assegure-se de que os dados inseridos na planilha são precisos e refletem, de fato, o valor que gerou aquela movimentação.

3. Liste despesas sazonais

Também é importante conhecer o comportamento das saídas ao longo do ano. Apesar de muitos gastos não serem fixos, um empreendedor com um pouco mais de experiência sabe que algumas despesas acontecem de tempos em tempos. Reserve espaços para saídas como 13° salário e férias de funcionários, impostos anuais etc. 

4. Use cores para diferenciar informações

A planilha do fluxo de caixa pode conter um volume de informações muito grande. Para facilitar a visualização dos dados, use cores para diferenciar, por exemplo, as categorias de entradas das categorias de saídas, os valores previstos dos valores realizados etc. Isso vai ajudar a que você se acostume com a estrutura e encontre informações mais rapidamente.

5. Defina uma periodicidade de atualização

Se organização é uma das palavras-chave, periodicidade é uma das boas práticas que não podem faltar para um fluxo de caixa eficiente. Tente estabelecer um momento fixo para realizar os lançamentos na planilha. Assim, você evita ter muitos dados para inserir, perder anotações ou deixar passar o prazo para fechamento do fluxo de caixa daquele período.

6. Faça projeções reais

Muitas vezes o que queremos para o futuro financeiro da empresa não condiz com as possibilidades do cenário real. Quando for fazer projeções, especialmente na coluna do previsto, lembre-se de lançar ali o que efetivamente está programado para acontecer. Este espaço não é o local para você inserir quanto deseja ter de gastos ou vendas no período.

Projeções reais aumentam a assertividade das tomadas de decisões e te dá mais chances de se antecipar a períodos de baixa no saldo em caixa.

7. Analise seu fluxo de caixa

Tem tudo registrado? Analise as informações reunidas. Como falamos no início deste artigo, o fluxo de caixa é uma ferramenta de controle e organização, mas também um bom instrumento para monitorar a saúde financeira e planejar ações estratégicas. 

Para chegar ao nível de um planejamento  e monitoramento efetivo, é preciso refletir sobre as informações reunidas nas tabelas de fluxo de caixa. De pouco vai servir o esforço de registar entradas e saídas se, depois, você não olhar para elas. O que fazer com um fluxo de caixa negativo?

Elaborou seu fluxo de caixa, analisou as informações e, ao final do período, percebeu que o saldo final estava negativo? Calma! Existem algumas medidas que você pode tomar nessas horas. Antes de tudo, é preciso verificar qual o motivo das saídas terem sido maiores que as entradas naquele momento. 

Reduzir vendas a prazo

Muitas vezes, parcelas a receber são o principal motivo para o valor das entradas ser menor que o valor das saídas. Ou seja, nem sempre o saldo negativo do fluxo de caixa vai indicar uma baixa nas vendas, mas sim uma estratégia ruim de condições de pagamento oferecidas aos clientes. 

Nesse cenário, é importante ajustar as estratégias de pagamento e tomar medidas para que as vendas a prazo não impactem tanto o fluxo de caixa. Até porque, você precisa considerar a possibilidade do seu cliente não pagar as parcelas que sua empresa tem para receber e passar a lidar, então, com a inadimplência. Uma dessas medidas é reduzir as vendas a prazo 

Adote uma estratégia de cobrança

Se na sua análise do saldo negativo do fluxo de caixa, você descobrir que a inadimplência de clientes é um dos motivos para esse resultado será preciso rever também as medidas adotadas para realizar a cobrança de dívidas. 

Na verdade, essa estratégia já deve ser pensada desde o começo da atuação da sua empresa, pois lidar com a inadimplência é uma desafio para qualquer empreendedor, esteja ele à frente de um negócio grande ou pequeno. 

Antes que a inadimplência ocorra, você pode tentar evitá-la enviando mensagens com lembretes sobre o vencimento de parcelas, similar aos comunicados que empresas de cartão de crédito mandam quando o vencimento da fatura se aproxima. 

Depois de ocorrida a inadimplência, inicie com mensagens em tom amigável, alertando para a incidência de juros e já indicando como regularizar o pagamento. Se isso não surtir efeito, use canais de comunicação dedicados à cobrança para tentar receber o valor devido. Nesses contatos, já propor de antemão a possibilidade de negociar o valor é uma ação que costuma ajudar. 

Por fim, você também pode colocar essa função de cobrar o pagamento em atraso para empresas especializadas. 

Diminua o prazo de pagamento

É verdade que o parcelamento é muito buscado pelos consumidores. A possibilidade de diluir o pagamento de um valor maior ao longo de um período grande, muitas vezes, é um fator que pesa e incentiva o cliente a realizar a compra. Entretanto, do outro lado, a empresa fica com o problema de depender de vendas a prazo para receber valores que, nem sempre, são tão significativos por parcela. 

Uma medida adotada por alguns empreendimentos é reduzir prazos de pagamento para parcelas pequenas ou mesmo adotar uma política de pagamento que limite a quantidade de parcelas oferecidas. Outra possibilidade é inserir juros no valor a partir de determinado número de parcelas. 

Reduza gastos 

Aqui está uma ação óbvia, mas que requer estratégia para verificar sua viabilidade. Mesmo que você dependa de vendas a prazo, o saldo final negativo do fluxo de caixa acende um alerta sobre como andam os gastos da sua empresa. Nesse momento, é importante verificar para onde está indo o dinheiro do seu caixa. 

Se você não trabalha com um planilha na qual a linha das saídas estão subdivididas em categorias de gastos, será necessário rever e esmiuçar essas informações. Por outro lado, se o registro já está suficientemente especificado, ficará mais fácil identificar os maiores “ralos” por onde o seu dinheiro está escoando. 

Considere a possibilidade de atacar primeiro essas áreas ou pense em estratégias que possam deixá-las mais eficientes e menos custosas. Independente da área escolhida, é importante que você encontre uma forma de reduzir gastos da sua empresa. 

Reveja sua estratégia de estoque

Obviamente, os custos de produção são um dos grandes gargalos de dinheiro de uma empresa. Por isso, a compra de insumos ou o reabastecimento de estoque é uma das estratégias que mais precisam de atenção do empreendedor. Achar o equilíbrio entre vendas e custo de produção ou vendas e reposição de estoque é desafiador. 

Entretanto, esse desafio precisa ser encarado, pois estoques encalhados ou descompasso na produção podem afetar o fluxo de caixa. 

Negocie com fornecedores

Como falamos no início deste artigo, um dos usos do fluxo de caixa é para determinar as melhores datas de pagamento das obrigações da sua empresa. O saldo final negativo pode ser um indicativo de que as saídas de pagamentos com datas negociáveis não estão acontecendo no melhor momento do período. 

Se você tem a possibilidade de determinar o dia do pagamento de algumas contas, reveja essa data. Ainda assim, se o saldo negativo já for uma realidade da sua empresa, converse com os seus fornecedores e, antes do vencimento, tente renegociar prazos para que as saídas não afetem tanto nesse momento.

Previna-se da sazonalidade

Outro fator que impacta de tempos em tempos o fluxo de caixa da empresa é a sazonalidade das vendas e, até mesmo, dos gastos. Ao estudar os históricos de entradas e saídas no ano, você consegue identificar essa sazonalidade e prevenir o impacto dela no saldo final. 

Fazer promoções específicas para esse momento, adotar estratégias de marketing pontuais, reduzir o estoque ou a operação são algumas medidas possíveis para as vendas. Em relação às saídas, já citamos neste artigo que é possível monitorar gastos temporais como o 13º salário e as férias de funcionários. Preveja esses gastos e previna-se do impacto que eles podem causar no seu fluxo de caixa.   

Realize promoções

Se reduzir custos é uma necessidade óbvia para momentos de saldo de caixa negativo, aumentar as vendas é uma ação previsível na mesma medida nessas situações. A grande questão é como conseguir fazer isso. Talvez seja preciso abrir mão de lucros maiores ou lucro qualquer e realizar promoções com ofertas muito próximas ao preço de custo. 

Lembre-se que aqui a necessidade é de tirar o saldo final do fluxo de caixa do negativo, aumentando o capital de giro da sua empresa. Nessas situações, movimentar o estoque já é um grande ganho. Então, verifique qual desconto é viável para que você não saia no prejuízo. 

Em última medida, considere a vantagem de diminuir preços versus a desvantagem de ficar inadimplente por conta de um estoque encalhado. Se o seu problema for as vendas à prazo, pense em descontos para clientes que realizam compras à vista. Precisa seguir com vendas parceladas? Veja se é possível pedir entradas ou aumentar o valor já estipulado. 

Venda equipamentos subutilizados

A venda de equipamentos da empresa é uma medida possível de gerar entradas sem depender das vendas ou prestações de serviço atreladas à atividade principal do negócio. Analise no seu inventário se existem itens ociosos ou que são subutilizados e transforme esse equipamento parado em uma movimentação positiva para o seu fluxo de caixa.

Além de deixar de gastar com manutenção e liberar espaço físico, a venda de equipamentos pode gerar um dinheiro extra para o caixa da empresa em momentos nos quais apenas a atividade principal do negócio não é suficiente para cobrir o seu capital de giro.

Busque capital de giro em fontes externas

Ainda que você adote algumas dessas medidas para tentar melhorar o saldo final, buscar capital de giro será a solução mais efetiva a curto prazo para um fluxo de caixa negativo. As fontes externas podem ser a resposta imediata para que sua empresa não fique inadimplente. A seguir, mostramos algumas formas de conseguir capital de giro. 

Como conseguir capital de giro?

É difícil uma empresa passar por toda sua existência sem nunca precisar buscar fontes externas para conseguir capital de giro. O lado bom de fazer um fluxo de caixa é saber momentos em que a movimentação financeira do seu negócio não será suficiente para manter a operação e as contas em dia. 

Ao identificar essa situação, fique tranquilo, pois, assim como é esperado que uma empresa precise buscar capital de giro, também é esperado que o mercado ofereça formas de conseguir esse valor externamente. Confira algumas das opções no texto a seguir!

Investimento pessoal

Antes de falar de fontes de capital de giro no mercado, vamos falar da fonte pessoal. Usar capital próprio, muitas vezes, é a primeira forma de conseguir ou completar o valor necessário para seguir com a operação da empresa. Essa é, na verdade, uma das principais saídas adotadas por empreendedores para abrir o seu negócio e realizar o sonho de empreender. 

Não é recomendável, mas é uma realidade até comum que os investimentos pessoais acabem se misturando às necessidades da empresa. Muitos empreendedores acabam sendo seus próprios investidores e recorrendo às suas economias para conseguir capital de giro. 

Apesar de ser uma maneira de conseguir o valor em momentos de fluxo de caixa negativo, essa alternativa pode não ser a mais saudável para o futuro das finanças pessoais e da independência da empresa.

Investimento societário

Buscar pessoas que invistam no seu negócio sem que esse investidor tenha que ser você também é uma forma de conseguir capital de giro e movimentar positivamente o fluxo de caixa da sua empresa. É claro que isso exige uma busca mais demorada, pois encontrar investidores não é tão simples. 

O investimento por meio de parcerias societárias pode ser uma boa alternativa, porém, será preciso contar com o tempo para encontrar quem acredite e possa investir no projeto. Se, a longo prazo, o caixa da sua empresa permite essa espera, não deixe de considerar a busca por investimento externo. 

Conheça também o que é investidor anjo e veja como conseguir um. 

Empréstimo para empresa

É inegável que os empréstimos são uma das principais formas de conseguir capital de giro atualmente. Inclusive, diversas instituições financeiras oferecem linhas exclusivas para essa finalidade. Entretanto, buscar crédito para suprir um fluxo de caixa negativo não é uma decisão que deve ser tomada sem antes analisar seu impacto no endividamento do negócio e a própria capacidade de pagar o valor emprestado

Além disso, pedir empréstimo para empresa requer uma pesquisa minuciosa dos melhores produtos, condições de pagamento e taxas de juros. Esse é um cuidado fundamental para que a solução para o seu capital de giro não acabe virando uma grande despesa ou, pior, um problema ainda maior do que o saldo negativo do fluxo de caixa. 

5 tipos de empréstimo para empresa

Analisou a capacidade de pagamento e a situação financeira da sua empresa? Decidiu que solicitar um empréstimo é a melhor forma de conseguir capital de giro no momento e solucionar o saldo negativo do seu fluxo de caixa? Então, chegou a hora de verificar qual o melhor tipo de empréstimo para o seu negócio. 

Abaixo vamos listar as principais modalidades, mas focando naquelas que te ajudam a conseguir capital de giro.  

1. Antecipação de recebíveis

A antecipação de recebíveis pode ser uma solução interessante para empresas que possuem muitas vendas à prazo. Por meio dessa modalidade, a instituição financeira adianta aquele valor que você vai receber futuramente dos seus clientes, mas você paga juros para recebê-lo. 

Obviamente, na conta final, o valor que você recebe é menor do que aquele que você receberia dos seus clientes, porque existem taxas de juros aplicadas. Por outro lado, a antecipação de recebíveis pode ser uma forma mais rápida e com melhores condições de juros se comparada a outros empréstimos. 

Isso porque o fato de você já ter vendido e depender apenas do pagamento de parcelas futuras funciona, de certa maneira, como uma garantia para o banco. Nessas situações, a análise de crédito e,consequentemente, a liberação do dinheiro tendem a ser mais rápidas.

2. Cheque especial 

O limite das suas contas bancárias empresariais também é uma forma rápida de conseguir capital de giro. Sua facilidade e disponibilidade são atrativas principalmente por pularem a etapa de análise de crédito e solicitação, já que esse é um tipo de crédito pré-aprovado. 

Entretanto, isso vem acompanhado da grande desvantagem do fato do cheque especial ser, junto do rotativo do cartão, uma das modalidades de empréstimo com a taxa de juros mais alta do mercado. 

As taxas elevadas são destacadas inclusive pelo Banco Central do Brasil. Se o cheque especial é sua única alternativa, certifique-se de que o limite da conta vai ser coberto assim que possível. 

3. Linha de crédito para capital de giro

As linhas de crédito específicas para capital de giro costumam ser a principal saída para empreendedores. E elas não são difíceis de se encontrar. Bancos como Caixa Econômica Federal, Itaú, Banco do Brasil, Bradesco e Santander oferecem essa modalidade. 

No meio de tanta oferta, a saída é pesquisar com calma qual das instituições oferecem o melhor empréstimo na sua situação. Uma dica antes de sair solicitando crédito é utilizar os simuladores online desses bancos. Também se atente à necessidade de apresentar documentos como modelo de negócio no processo de solicitação.

4. Empréstimo com garantia de veículo

Fora das linhas tradicionais para conseguir empréstimo para capital de giro, o empreendedor encontra créditos com garantia de bens. Eles não são especialmente voltados para fluxo de caixa, mas são interessantes por usarem bens da empresa ou do empreendedor para encontrar taxas de juros mais atrativas. 

O empréstimo com garantia de veículo é um deles. Nessa modalidade, o crédito é proporcional ao valor de avaliação do bem, costumando chegar a 50% a 90% dessa quantia. A depender das opções do credor, o veículo pode ser uma moto, um carro ou mesmo um caminhão. Ele passará por uma avaliação, que determinará o valor e suas condições.

O bem fica em alienação fiduciária e você pode seguir utilizando-o normalmente. A alienação funciona como uma segurança de que a instituição financeira vai receber o dinheiro emprestado. Pelo fato do risco de inadimplência ser menor, as modalidades de empréstimo com garantia de bem costumam oferecer as menores taxas de juros do mercado. 

5. Empréstimo com garantia de imóvel

Uma modalidade semelhante e que oferece condições muito atrativas de juros e pagamento é o empréstimo com garantia de imóvel. Sua vantagem em relação ao empréstimo com garantia de veículo é a possibilidade de conseguir um valor de crédito mais alto, pois ele também está atrelado à avaliação do bem e imóveis costumam ser mais caros. 

Dessa forma, o empréstimo com garantia de imóvel é interessante para aquele empreendedor que precisa de um capital de giro maior ou quer utilizar o crédito para aplicar em outras áreas da empresa para além do fluxo de caixa. Aqui na CashMe, por exemplo, o empréstimo para empresa começa a partir de R$ 50 mil e pode chegar a até 60% do valor do imóvel. 

Assim como no empréstimo com garantia de veículo, o bem fica em alienação fiduciária. Ou seja, você não precisa vender o seu imóvel para conseguir o dinheiro, podendo seguir utilizando-o pessoalmente ou alugando-o. Ficou interessado? Faça uma simulação online de empréstimo com garantia de imóvel!

Como fazer empréstimo para empresa?

Depois de escolher sua modalidade de empréstimo para conseguir capital de giro, vai ser a hora de fazer a solicitação do crédito. Hoje em dia, esse processo é muito mais simples e pode ser feito pela internet, sem sair de casa, em muitas instituições financeiras de confiança. A CashMe é uma das empresas que oferece esse conforto na hora de pedir crédito. 

Vamos usar o nosso passo a passo da solicitação do empréstimo com garantia para você entender como funciona a solicitação de crédito. Confira!

1. Simulação online: antes de tudo, use o simulador online. Basta preencher as informações solicitadas para receber um contato da instituição e uma simulação das condições de crédito, juros e parcelamento disponíveis. 

2. Avaliação de crédito: seu perfil será, então, analisado pela instituição. Nesse momento, a maioria dos bancos confere score de crédito, situação do CPF ou CNPJ, capacidade de pagamento etc. No caso de empréstimos com garantia, o bem também passa por uma avaliação. 

3. Assinatura de documentos: caso seu perfil (e do seu bem) seja aprovado na avaliação de crédito, a instituição faz uma proposta. Depois de analisá-la com cuidado, caso decida aceitá-la, você deverá assinar os documentos do contrato. 

4. Liberação do dinheiro: com todos os documentos assinados, a instituição libera o crédito na conta bancária indicada. 

Quais são os benefícios do fluxo de caixa?

Além de influenciar na decisão de pedir empréstimo para capital de giro e outras necessidades da sua empresa, o fluxo de caixa traz inúmeros benefícios significativos para o negócio. Citando de forma muito resumida, com ele você consegue mais apoio no gerenciamento dos gastos, mais planejamento nas ações de venda e mais direcionamento para expansão ou desaceleração do investimento. 

De maneira geral, esses benefícios do fluxo de caixa refletem na hora de:

  • decidir quais gastos podem ser cortados; 
  • verificar gargalos de despesas;
  • identificar melhor data de pagamento de fornecedores;
  • planejar promoções;
  • equilibrar vendas à vista com vendas à prazo; 
  • verificar a eficiência da produção;
  • manter um histórico de entradas e saídas;
  • identificar sazonalidades de vendas e gastos;
  • controlar o estoque de forma mais eficiente;
  • identificar a necessidade de mais capital de giro;
  • analisar melhor momento para pedir empréstimo;
  • dar um tratamento mais preciso aos dados gerados na movimentação financeira. 

Por que ter um fluxo de caixa?

Ainda assim você não está convencido do por que é importante fazer um fluxo de caixa? Então, vamos resumir as vantagens dessa ferramenta contábil que listamos ao longo deste artigo. Afinal, é fundamental que você como empreendedor entenda o papel de certas rotinas que, apesar de exigirem um certo tempo no dia a dia, são fundamentais para a continuidade do negócio. 

Para criar um histórico de vendas e gastos

O fluxo de caixa mantém um histórico das entradas e saídas de dinheiro da sua empresa. Ter esse controle é fundamental para, posteriormente, realizar análises e compreender o comportamento financeiro de gastos e vendas ao longo do ano. Essas análises são momentos importantes para verificar quais são os períodos de sazonalidade do seu negócio.

Para saber onde estão os gastos da empresa

Indo um pouco além da função de registrar, o fluxo de caixa também é uma boa ferramenta para monitorar para onde “escorre” o dinheiro da sua empresa. Quando separado em categorias, os gastos ficam evidenciados. Com uma olhada rápida, você consegue saber qual despesa pesa mais no orçamento ou vem aumentando ao longo do tempo. 

Para ter uma análise rápida das finanças da empresa

Essa agilidade para verificar os gastos, se aplica, na verdade, para todas as informações inseridas na planilha de fluxo de caixa. Se separada por cores e bem organizada, ela pode funcionar como uma visão panorâmica da situação financeira da empresa, indicando se as vendas têm acompanhado os gastos, se suas projeções de entradas estão se concretizando, a eficiência da produção etc. 

Para ser alertado sobre o capital de giro 

Essa visão panorâmica da situação financeira também evidencia momentos em que o saldo disponível em caixa não será suficiente para cobrir o capital de giro da empresa. Essa é, talvez, uma das grandes vantagens de fazer fluxo de caixa, pois esse valor é a quantia necessária para que a empresa mantenha sua operação diária. 

Para fazer uma projeção de vendas

Um motivo para fazer o fluxo de caixa é ter uma ferramenta para projeção das vendas no período. Como ele trabalha com o cenário futuro, você pode criar um espaço para estimar quanto sua empresa vai vender até o fechamento daquele fluxo. Também é possível registrar ali vendas a prazo e que tem previsão de serem pagas durante o período. 

Mas lembre-se: essa previsão de vendas precisa ser realista e trabalhar com projeções embasadas no comportamento do mercado, histórico anterior dessa mesma época etc. Para isso, você pode até mesmo consultar os fluxos de caixa passados e verificar como foram as entradas naquele momento. 

Para controlar o estoque e data de pagamento de fornecedores

Por dar uma visão dos gastos operacionais e do ritmo de vendas, o fluxo de caixa também é uma ferramenta para controlar o estoque. Com ele você consegue identificar momentos em que as vendas estão mais baixas, exigindo menos insumos ou “queimas” de estoque. Ou aqueles com saídas mais altas, requerendo um reabastecimento do estoque. 

O fluxo de caixa também ajuda a determinar as melhores datas ou negociar novos prazos de pagamentos com fornecedores, evitando que o saldo disponível fique baixo devido à reposição de estoque. 

Para separar contas pessoais das contas da empresa

Por fim, o fluxo de caixa também é um divisor de águas na separação das contas da pessoa física das contas da pessoa jurídica. Na parte de saídas, você pode estabelecer seu pró-labore, evitando retiradas do caixa da empresa para despesas pessoais. Nesse mesmo sentido, a listagem de gastos deve incluir apenas as contas da empresa.

Criar a cultura do fluxo de caixa é uma das principais formas de profissionalizar o seu negócio! Ele é, portanto, um instrumento fundamental para aqueles empreendedores que acabaram de tirar do papel o sonho de empreender.

Conclusão

O fluxo de caixa é uma ferramenta contábil que registra e permite analisar as entradas e saídas de dinheiro da empresa. Quando falamos de entradas, estamos considerando valores resultantes de vendas, prestações de serviço ou outra quantia que chegue até o caixa. Por outro lado, quando falamos em saídas, queremos dizer qualquer pagamento efetuado que gere uma retirada no caixa. 

Ou seja, o fluxo de caixa é a relação de todos os gastos feitos e a serem feitos naquele período de tempo com todas as vendas (à vista, a prazo ou uma previsão do que se espera vender). Sua apuração considera o regime de caixa e não o regime de competência, sendo esse seu maior diferencial quando comparado à Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).

O fluxo de caixa serve para dar ao empreendedor uma previsão do dinheiro que ele terá em caixa em determinado período. Consequentemente, ele é uma ferramenta importante para planejar redução de gastos, estratégias de venda (promoções, condições de pagamento, sazonalidade etc), investimentos, otimização da produção, solicitação de empréstimo e mais.

De forma resumida, o principal benefício do fluxo de caixa é ressaltar para o empreendedor momentos em que a movimentação financeira não será suficiente para gerar capital de giro ao negócio. Ou seja, ele é vital para o funcionamento do negócio, pois indica quando o dinheiro em caixa não dará conta de pagar os custos operacionais. 

Dessa forma, o fluxo de caixa indica previamente a necessidade de empréstimo para capital de giro. Neste artigo, vimos que algumas opções para isso são modalidades como a antecipação de recebíveis, as linhas de crédito específicas para capital de giro, o empréstimo com garantia de veículo e o empréstimo com garantia de imóvel. 

Se o saldo do seu fluxo de caixa indica a necessidade de um empréstimo para capital de giro, conte com a CashMe para ser o combustível do seu negócio. Aqui, seu imóvel próprio pode ser usado como garantia em um empréstimo para empresa. Conheça nossas condições e veja como sair do fluxo de caixa negativo!

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