O que significa imóvel penhorado? Saiba tudo!

Penhora de Imóvel: O Que Você Precisa Saber

13 ago 2025
10min de leitura

A penhora de imóvel representa um dos momentos mais desafiadores na vida financeira de uma pessoa. Quando você enfrenta dívidas judiciais e o processo de execução avança, seu patrimônio pode estar em risco. Este cenário gera ansiedade e incerteza, mas compreender os direitos do devedor e as possibilidades de defesa contra penhora pode fazer toda a diferença.

Vamos explorar juntos os principais aspectos que envolvem a penhora de bens imobiliários, desde os procedimentos legais até as estratégias de proteção patrimonial que podem ser consideradas para preservar seu patrimônio familiar.

O que é Penhora de Imóvel?

A penhora de imóvel é uma medida judicial que permite ao credor tentar garantir o pagamento de uma dívida por meio da apreensão legal de um bem imobiliário. Quando existe uma obrigação de pagamento reconhecida judicialmente e ela não é quitada, o juiz pode determinar a penhora do imóvel como forma de assegurar a satisfação do crédito.

Prevista no Código de Processo Civil, a penhora não significa que o proprietário perde imediatamente o imóvel. Ele fica indisponível para venda ou transferência sem autorização judicial até a resolução do processo.

O imóvel penhorado geralmente permanece sob a posse do devedor, mas não pode ser vendido ou usado como garantia em outras operações sem autorização do juiz.

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Como Funciona a Penhora de Imóvel?

O processo de penhora segue uma sequência específica de procedimentos judiciais que você deve conhecer para compreender seus direitos e possibilidades de defesa.

Citação e Oportunidade de Pagamento

O processo inicia quando o credor obtém um título executivo e protocola uma ação de execução. Você recebe uma citação judicial com prazo de três dias para efetuar o pagamento integral da dívida. Neste momento, ainda pode evitar a penhora quitando o débito ou apresentando bens suficientes para garantir a execução.

Localização e Avaliação dos Bens

Caso você não pague no prazo estabelecido, o juiz determina a penhora de bens suficientes para cobrir o valor da dívida, juros e custas processuais. O oficial de justiça realiza uma busca para localizar seus bens, seguindo a ordem de preferência do Código de Processo Civil. A prioridade é dinheiro, seguido por títulos e valores mobiliários, veículos, imóveis e, por último, bens móveis.

Auto de Penhora

Identificado o imóvel, o oficial de justiça lavra o auto de penhora, documento que formaliza a medida. Este auto contém a descrição detalhada do bem, sua localização e o valor da dívida que motiva a penhora. A partir deste momento, o imóvel fica oficialmente penhorado.

Registro e Publicidade

A penhora é registrada no cartório de imóveis competente, conferindo publicidade à medida. Qualquer pessoa que consulte a matrícula do imóvel tomará conhecimento da restrição judicial, o que impede negociações fraudulentas.

Avaliação Judicial

Um perito nomeado pelo juiz avalia o imóvel penhorado para determinar seu valor de mercado. Esta avaliação serve de base para os próximos passos do processo, incluindo eventual leilão judicial.

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Em Quais Casos o Imóvel Pode Ser Penhorado?

Diversas situações podem resultar na penhora do seu imóvel, mas a aplicação prática depende da análise do juiz e das provas apresentadas.

Dívidas Tributárias

O não pagamento de impostos que recaem sobre o próprio imóvel, como o IPTU, pode resultar na penhora do bem de família. Dívidas tributárias de outra natureza, como o Imposto de Renda, também podem, em alguns casos, permitir a penhora, conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça, desde que se enquadrem nas hipóteses do artigo 3º da Lei 8.009/90.

Dívidas Trabalhistas

Em alguns casos, condenações na Justiça do Trabalho podem resultar na penhora de bens quando o empregador não paga os valores devidos. Esses créditos têm natureza alimentar, o que pode conferir prioridade na cobrança, mas a decisão final cabe ao juiz.

Financiamentos Imobiliários

O inadimplemento de financiamento habitacional pode levar à execução da garantia hipotecária ou fiduciária. No caso da alienação fiduciária, o imóvel pertence ao credor fiduciário até a quitação total. A penhora, quando admitida, recai sobre os direitos aquisitivos do devedor — e essa possibilidade depende de autorização judicial e análise do caso concreto.

Dívidas de Cartão de Crédito e Empréstimos

Dívidas bancárias não pagas podem evoluir para processos judiciais e, eventualmente, resultar na penhora de imóveis, especialmente quando se tratam de valores expressivos.

Fiança e Avalização

Se você for fiador ou avalista e a pessoa afiançada ou avalizada não pagar a dívida, o juiz pode determinar a penhora dos seus bens para quitar o débito.

Dívidas de Condomínio

O não pagamento de taxas condominiais pode gerar ação judicial e, se o juiz entender cabível, penhora de imóveis, inclusive do bem de família, em algumas situações previstas em lei.

Meu Imóvel Foi Para a Penhora, E Agora?

Descobrir que seu imóvel foi penhorado é preocupante, mas ainda existem alternativas que podem ser avaliadas:

  • Consultar um advogado para verificar a legalidade do processo.
  • Negociar com o credor, propondo parcelamento ou desconto.
  • Verificar se o imóvel se enquadra nas regras de impenhorabilidade.
  • Oferecer outros bens para substituir a penhora, se for possível e vantajoso.
  • Revisar a documentação do processo para identificar eventuais irregularidades.

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O que Acontece Depois da Penhora do Imóvel?

Após a penhora, o imóvel não pode ser vendido ou transferido sem autorização judicial. Ele permanece sob a posse do devedor, mas deve ser conservado.

O credor pode requerer a adjudicação (ficar com o imóvel pelo valor da avaliação) ou levá-lo a leilão. No primeiro leilão, o valor mínimo é o da avaliação; no segundo, a partir de 50% desse valor.

Se o produto da venda for maior que a dívida, o excedente é devolvido ao devedor. Se for menor, a execução pode continuar sobre outros bens.

Quanto Tempo Leva a Penhora de um Imóvel?

O tempo necessário para a conclusão do processo de penhora varia significativamente conforme diversos fatores que influenciam o andamento processual.

Em processos sem complicações, o tempo médio desde a penhora até o leilão varia entre 12 e 18 meses. Este prazo inclui a avaliação judicial, publicação de editais e realização dos leilões.

Processos mais complexos podem estender-se por dois a três anos. A apresentação de embargos à execução, questionamentos sobre a avaliação ou disputas sobre a impenhorabilidade do bem prolongam significativamente o procedimento.

A eficiência do cartório judicial também influencia os prazos. Comarcas com maior movimento processual tendem a apresentar tramitação mais lenta, enquanto cartórios mais organizados aceleram os procedimentos.

A localização e características do imóvel afetam o tempo de venda. Propriedades em regiões valorizadas e com documentação regular encontram compradores mais rapidamente, enquanto imóveis com problemas documentais ou em áreas menos procuradas podem levar anos para serem vendidos.

Como Proteger Seu Patrimônio Contra a Penhora?

A proteção patrimonial deve ser planejada com antecedência e com apoio especializado. Algumas medidas que podem ser consideradas:

  • Formalizar o bem de família nos termos da Lei 8.009/90.
  • Estruturar uma holding patrimonial (medida que exige análise contábil e jurídica).
  • Manter uma reserva de emergência para evitar inadimplência.
  • Diversificar investimentos para dificultar a concentração de riscos.

Dúvidas Frequentes Sobre Penhora de Imóvel

Posso morar no imóvel penhorado?

Na maioria dos casos, sim. O devedor mantém a posse e pode continuar residindo no imóvel penhorado até eventual venda judicial, salvo decisão em contrário do juiz. A penhora, por si só, não retira a posse imediata, mas impede a venda ou transferência sem autorização judicial.

O bem de família pode ser penhorado?

O bem de família possui proteção legal contra penhora na maior parte das situações, conforme a Lei 8.009/90. No entanto, existem exceções previstas no art. 3º, como dívidas decorrentes de impostos do próprio imóvel, pensão alimentícia, financiamento do próprio bem e, em algumas situações, dívidas trabalhistas ou tributárias. A aplicação dessas exceções depende de análise judicial caso a caso.

Como funciona a penhora em imóvel financiado?

Imóveis financiados, geralmente sob alienação fiduciária, pertencem ao credor fiduciário até a quitação total. A penhora, quando possível, recai sobre os direitos aquisitivos do devedor, e não sobre o imóvel como um todo. Essa possibilidade precisa ser avaliada e autorizada pelo juiz, considerando as circunstâncias do processo.

Posso vender o imóvel após a penhora?

Como regra geral, não. A venda de imóvel penhorado sem autorização judicial pode ser anulada e, dependendo do caso, caracterizar fraude à execução. Qualquer negociação deve ser autorizada expressamente pelo juiz responsável.

A penhora atinge imóvel em inventário?

Enquanto o inventário não for finalizado, a penhora normalmente recai sobre o quinhão hereditário do devedor, e não sobre um imóvel específico. A penhora direta de um imóvel individualizado só é possível, via de regra, após a partilha. A aplicação prática depende da decisão do juiz e da situação do espólio.

Quanto custa um advogado para defender contra penhora?

Os honorários variam de acordo com a complexidade do caso, a região e o profissional contratado. Não existe um valor fixo, mas é comum que sejam cobrados honorários proporcionais ao valor da causa ou honorários fixos previamente acordados.

O que acontece se o leilão não tiver interessados?

Se não houver lances no leilão, o credor pode pedir a adjudicação do imóvel pelo valor mínimo legal (normalmente o da segunda praça, que pode ser 50% da avaliação), ou solicitar novas tentativas de venda. A decisão final depende da estratégia do credor e da autorização judicial.

Posso parcelar a dívida após a penhora?

Em alguns casos, sim. A negociação ainda pode ocorrer mesmo após a penhora, desde que haja acordo com o credor e homologação judicial, quando necessário. Não há garantia de que o credor aceitará a proposta.

A penhora afeta meu CPF?

A penhora, isoladamente, não gera registro negativo no CPF. No entanto, a dívida que originou o processo pode constar nos cadastros de inadimplentes, afetando o acesso a crédito.

Como saber se meu imóvel foi penhorado?

Você pode consultar o processo no site do tribunal competente, solicitar uma certidão de matrícula atualizada no cartório de registro de imóveis ou contratar serviços especializados em monitoramento patrimonial.

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Fontes

BRASIL. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 mar. 2015.

BRASIL. Lei nº 8.009, de 29 de março de 1990. Dispõe sobre a impenhorabilidade do bem de família. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 30 mar. 1990.

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Manual de procedimentos para a execução fiscal. Brasília: CNJ, 2023.

DIDIER JR., Fredie; CUNHA, Leonardo Carneiro da; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael Alexandria de. Curso de direito processual civil: execução. 8. ed. Salvador: JusPodivm, 2020.

MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz; MITIDIERO, Daniel. Novo curso de processo civil: tutela dos direitos mediante procedimento comum. 3. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2017.

Este conteúdo tem caráter exclusivamente informativo e não substitui a orientação jurídica personalizada de um advogado habilitado. As situações aqui descritas são exemplos gerais e podem não se aplicar a todos os casos. A aplicação prática das regras e entendimentos depende de análise judicial específica.

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