coleta seletiva

Como funciona a coleta seletiva de lixo?

2 dez 2020
9min de leitura

Coleta seletiva é o processo que envolve a separação dos resíduos sólidos de acordo com o seu material (composição e constituição). Para o funcionamento da coleta seletiva, é fundamental saber como são separados os lixos.    

Em espaços coletivos como praças de alimentação e parques somos incentivados a colocar nosso lixo nas lixeiras que correspondem ao material do que queremos descartar: papel, vidro, plástico, metal, orgânico e não reciclável. Essas aparições que – felizmente – ficam cada vez mais frequente são formas de contribuir coletivamente para a coleta seletiva. 

Entretanto, o processo de nos responsabilizamos pelo lixo que produzimos, dando o destino correto para ele, pode começar dentro das nossas casas e condomínios.

O que é coleta seletiva?

Um dos instrumentos para isso é a coleta seletiva, processo em que é feita a separação dos resíduos sólidos em categorias considerando o tipo de material do “lixo”. A palavra lixo aqui vai entre aspas, pois, muitas vezes, o que é descartado na coleta seletiva acaba, na verdade, sendo reciclado ou reutilizado. 

Mas, para que o resíduo tenha o destino correto, é preciso que ele não seja simplesmente depositado em um mesmo lugar, como um lixo comum o rejeito que vai para o aterro sanitário. A Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS – Lei 12305 de 2010) considera como rejeito:

“resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada.” 

Essa definição, resumidamente, estabelece que o que não for rejeito precisa ser separado e destinado para um novo uso, seja ele reciclagem, reuso, etc. 

A PNRS também considera que a responsabilidade pela vida do produto, e isso inclui o descarte, deve ser compartilhada por todos. Ou seja, saber o que fazer com um produto depois que ele deixa de ter uso para você, também é uma responsabilidade sua. 

Como são separados os lixos?

Nesse contexto, a coleta seletiva entra como um instrumento para cumprir com essa responsabilidade. Mas, para que ela seja efetiva, é preciso saber fazer a separação correta dos resíduos. O lado bom é que implantar a coleta seletiva em casa é simples e se resolve com dois cestos de lixo: um para recicláveis secos e outro para rejeitos. 

Nos recicláveis secos entram embalagens e outros resíduos de papel, plástico, metal, vidro, papelão. É importante que eles estejam livres de resíduos orgânicos. 

Já nos rejeitos entram aqueles materiais descartáveis, que não podem ter outro fim que não o aterro após o seu uso. Entre eles podemos citar fraldas, papel higiênico, guardanapo, lenços umedecidos, absorventes, etc. Aqui nesse lixo é comum depositarmos restos de comida (resíduo orgânico) que, se compostado, não precisaria ser enviado ao aterro. 

Eletrônicos, pilhas, óleo de cozinha, eletrodomésticos, roupas e outros objetos também podem ter uma destinação mais correta. Porém, o descarte deles não ocorre nessa separação diária que divide em recicláveis secos e rejeitos + resíduo orgânico. Existem projetos como papa-pilhas, logística reversa para lâmpadas e eletrodomésticos, reuso de óleo, tecidos, etc. 

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Como funciona a coleta seletiva?

Essa classificação é um dos pontos principais da coleta seletiva, pois, se ela não for feita corretamente, materiais que poderiam ser reciclados acabam sendo misturados com rejeitos e indo parar indevidamente no destino final: o aterro sanitário. 

Separação

O processo, então, começa em casa (ou escolas, empresas, etc) onde a primeira separação deve ser feita por cada pessoa. Aqui é possível seguir o critério simples de rejeito e reciclável seco ou aprofundar mais a seleção, já dividindo os recicláveis de acordo com o material. 

Recolhimento

Da porta de casa para fora, inicia um outro ponto fundamental: o recolhimento desse material. O que não for reciclável, é destinado aos aterros sanitários (lixões em algumas cidades) pela coleta municipal. Já o reciclável pode ter diferentes formas de recolhimento, dependendo da oferta ou não de coleta seletiva de porta a porta por parte da prefeitura. 

Em 2018, 1227 (cerca de 22%) cidades brasileiras possuíam um sistema destinado à coleta seletiva. Os dados são de uma pesquisa da Cempre (Compromisso Empresarial pela Reciclagem), divulgada pela Folha de São Paulo

Triagem de resíduos recicláveis

Melhorar essa estatística é fundamental para diminuir o volume de lixo que os aterros e lixões recebem, pois o serviço de coleta seletiva é um dos elos entre o resíduo reciclável separado em nossas casas e as associações e cooperativas de catadores de material reciclável. 

São esses locais que recebem e triam a maior parte dos resíduos que separamos como “recicláveis” em casa. Ali eles selecionam e encaminham o que, de fato, pode ser reciclado. 

Por uma série de questões como má separação ou baixa taxa de reciclagem para determinado material, parte do que eles recebem ou coletam é enviado para aterros e lixões. 

Como podemos fazer a coleta seletiva?

Perceba que quando saem de casa os resíduos podem ir diretamente para o aterro ou para a reciclagem. Determinar para onde vai o que e fazer esse encaminhamento é parte do funcionamento da coleta seletiva. O papel de cada um nesse processo é separar seus resíduos e dispô-los da maneira mais adequada. 

Coleta seletiva de porta a porta

Para isso, é preciso entender as orientações e o funcionamento da coleta seletiva no seu município. Se o serviço for de porta a porta, procure se informar sobre os dias em que o caminhão de lixo passa na sua rua. Assim, você evita que o saco dos recicláveis acabe se misturando com o de rejeitos. 

A prefeitura deve fornecer orientações sobre a separação do lixo da coleta seletiva, informando o que pode ir no reciclável e no comum, bem como o que deve ser descartado em pontos específicos (pilha, lixo eletrônico, entulhos, etc). 

Pontos de entrega voluntária (PEVs)

Também existe a possibilidade de que o município disponha de pontos de entrega voluntária (PEVs) distribuídos em locais específicos. Nesse sistema de coleta seletiva, você faz a separação em casa e leva o material até o lugar indicado.  

Empresas e associações de catadores

É possível implementar a coleta seletiva onde você vive mesmo se for em um município onde o serviço não é disponibilizado pela prefeitura. Isso pode ser feito contratando empresas especialistas nesse serviço. 

Também é possível entrar em contato com associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis e combinar o recolhimento dos resíduos recicláveis. Existem soluções como o aplicativo cataki que colocam em contato catadores com quem dar o destino correto aos seus resíduos. É uma boa opção para empresas, condomínios e casas. 

Coleta seletiva em condomínios

O condomínio tem um papel importante na conscientização da responsabilidade sobre os resíduos que produzimos. Ele pode incentivar o hábito de separar o lixo implementando uma logística para coleta seletiva nas áreas comuns. 

Para isso, o indicado é escolher em assembleia moradores para integrar uma comissão que irá decidir pontos importantes como local para acondicionar o lixo, se a separação será feita entre rejeitos e recicláveis, se os recicláveis serão separados por tipo de material, qual será a periodicidade da coleta no caso dela ser feita por uma empresa, etc.

Também é interessante que o condomínio verifique com o responsável pelo recolhimento (prefeitura, empresa, associação de catadores) quais materiais são, de fato, reciclados na cidade e elabore uma lista para ser distribuída entre os moradores ou fixada em áreas comuns. 

Como fazer coleta seletiva em condomínio?

Com todo o funcionamento definido, é importante investir um tempo para conversar com moradores e explicar a logística da coleta seletiva no condomínio. Além disso, os funcionários responsáveis pela limpeza de condomínio e que farão o manuseio dos contentores e materiais envolvidos devem ser treinados e ter a sua disposição os equipamentos de proteção individual necessários.

Se o serviço porta a porta é oferecido pela prefeitura, é importante providenciar os contentores com as especificações exigidas (normalmente um para o lixo comum e outro para o reciclável) e orientar moradores sobre os dias de cada coleta e os materiais que podem ser descartados ali. 

Para cidades em que esse serviço não é ofertado, o condomínio pode tomar a iniciativa de contratar uma empresa que irá coletar e dar o destino adequado ao resíduo reciclável. Também é possível entrar em contato com associações de catadores e combinar o recolhimento. 

O condomínio pode ainda implementar contentores com as conhecidas cores da coleta seletiva, otimizando a separação. Lembrando que elas são: 

  • Verde: vidro;
  • Amarelo: metal;
  • Vermelho: plástico;
  • Azul: papel;
  • Cinza: não-reciclável;
  • Marrom: resíduo orgânico.

Qual a importância da coleta seletiva para o meio ambiente?

Atualmente, a coleta seletiva é a maneira mais adequada e responsável de descartarmos o resíduo que produzimos. Se combinada com outras políticas de tratamento de resíduos, ela pode ser uma aliada importante no combate à contaminação das águas e solos. 

Com mais resíduos destinados corretamente, o volume de lixo nos aterros sanitários diminui e, consequentemente, diminui o volume de substâncias poluentes produzidas por ele. Isso faz com que a vida útil desses locais seja prolongada.

Além disso, a coleta seletiva é fonte de renda para muitas pessoas, em especial os trabalhadores de associações e cooperativas de catadores de material reciclável. 

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Conclusão

A coleta seletiva é um processo de separação e destinação de resíduos sólidos de acordo com o seu material e destino final. Fazendo uma associação simplista, ela seleciona para aonde deve ir cada tipo de “lixo”. Seu funcionamento move uma grande cadeia de pessoas envolvidas na separação, recolhimento, triagem, reciclagem ou descarte final. 

Em casa, podemos começar a coleta seletiva mantendo dois cestos de lixo: o do reciclável e o do convencional/comum. Mesmo que a prefeitura não forneça a coleta de porta a porta, você pode assumir a responsabilidade levando os recicláveis até pontos de entrega voluntária, contatando associações de catadores de recicláveis ou mesmo empresas.

Se o seu condomínio ainda não possui um plano de coleta seletiva, proponha a criação de uma comissão que ficará responsável por implementar a prática. O investimento é de baixo custo, sendo os gastos principais voltados à compra de contentores, sinalização, equipamentos de proteção e recolhimento dos resíduos. 

Seu condomínio pode contar com um empréstimo para implementar a coleta seletiva e garantir uma conduta mais adequada com o lixo produzido pelos moradores.

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