Pessoa fazendo cálculos em uma calculadora que está sobre um fichário e abaixo de um símbolo de porcentagem

Qual o melhor índice para reajuste de aluguel? IGP-M ou IPCA?

23 jan 2024
5min de leitura

Ao alugar um imóvel, seja você inquilino ou proprietário, dúvidas podem aparecer. Por exemplo, como funcionam os contratos de negociação, como fica o pagamento do último mês de aluguel e como ter um fiador. No entanto, a mais comum entre elas está relacionada ao índice de reajuste de aluguel, tanto para quem paga quanto para quem recebe.

De maneira geral, os contratos de aluguel possuem uma duração que pode variar entre 36 meses ou mais, onde o valor da locação é atualizado todos os anos. Essa atualização segue um índice de inflação, medido para que o dono do imóvel não perca seus rendimentos com a variação da inflação.

Por outro lado, o inquilino que irá utilizar o móvel se compromete em contrato a pagar essa correção anual que pode, ou não, ter variações no preço do aluguel. Até a pandemia, o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) era a métrica mais usada para atualizar contratos de locação. Mas será que em 2024 ele ainda é uma opção? Descubra no decorrer do texto!

O que é o índice de reajuste de aluguel?

O índice de reajuste de aluguel é uma medida usada para atualizar o valor do aluguel. Ele busca um equilíbrio econômico entre o dono do imóvel e o inquilino, seguindo uma atualização monetária, que acompanha a inflação do nosso país.

Essa atualização pode acontecer tanto no aniversário como na renovação do contrato de aluguel. Em outras palavras, o valor só será mudado no dia em que o contrato foi assinado. O índice de aluguel pode ser medido por meio de ferramentas como o IGP-M ou o IPCA.

O que é e para que serve o IGP-M e o IPCA?

O IGP-M e o IPCA servem para medir a variação da inflação. Eles mostram os preços pagos pelo consumidor final e o custo de vida das pessoas diante das variações de produtos e outros serviços.

Em dezembro de 2023, por exemplo, o IGP-M fechou o ano com 0,74%, enquanto o IPCA apresentou 0,56% no mesmo período. Uma dúvida muito comum sobre o assunto pode aparecer: mas se os dois índices medem as variações de preços, por que existe uma variação entre eles?

Para nos aprofundar sobre isso, precisamos entender como cada um deles é formado, quais são os dados em que se baseiam e outras informações. Confira a seguir:

IGP-M: Índice Geral de Preços – Mercado

O IGP-M é composto por outros 3 índices: o IPC, IPA e o INCC. Nele, são calculados preços de produtos no atacado e no varejo. Veja:

  • IPA: Índice de Preço de Produtor Amplo, que participa de 60% do cálculo total do IGP-M;
  • IPC: Índice de Preços ao Consumidor, que leva em consideração 30% na análise de seus dados;
  • INCC: Índice Nacional de Custos da Construção; seu peso no cálculo é de 10%.

Usando essas medidas, o IGP-M leva em consideração várias medidas, desde os preços de alimentos antes de serem vendidos até o valor final precificado no mercado, por exemplo. Isso possibilita uma análise mais detalhada e precisa da inflação.

IPCA: Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo

O IPCA é um dos índices de inflação mais tradicionais e importantes do nosso país. Assim como o IGP-M, sua função principal é a de medir as diferentes mudanças de preços de produtos, bens e serviços de toda população que reside em áreas urbanas.

Para fazer seus cálculos, o índice leva em consideração famílias que possuem de 1 a 40 salários mínimos. A composição do IPCA é medida da seguinte forma:

GrupoPorcentagem (%)
Alimentos e bebidas19,3
Habitação15,6
Artigos de casa3,8
Vestuário4,6
Transportes20,6
Saúde e cuidados pessoais13,5
Gastos pessoais10,7
Educação6,1
Comunicação5,7

O cálculo também considera as principais regiões metropolitanas do país, como São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador, Curitiba, Brasília, Recife e outros.

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Como será o IGP-M e IPCA em 2024?

O IGP-M, diferente de alguns anos atrás, vem sofrendo quedas significativas que chegaram a -4,57% no final do ano passado. Para os contratos de aluguel que serão reajustados no início de 2024, o valor precisa ser medido a partir das métricas que ocorreram em um determinado período, sendo, geralmente, os últimos 12 meses.

Por outro lado, o IPCA vem se comportando de maneira oposta. Ele fechou o ano de 2023 com uma porcentagem positiva de 4,65% em dezembro, uma diferença expressiva quando comparada ao índice IGP-M.

O cenário atual nos mostra que a comparação entre o IGP-M e IPCA nos últimos meses é uma análise clara e objetiva. Enquanto o IGP-M continua em queda, o IPCA segue em uma crescente que passa o outro índice, o que não acontecia há vários anos.

Qual o melhor índice para reajuste de aluguel?

O IGP-M tem se mostrado muito volátil nos últimos anos, fazendo com que diversas imobiliárias passem a adotar o IPCA como padrão de índice de reajuste para aluguéis.

Mesmo não sendo um indicador perfeito, o IPCA é uma boa opção para quem busca equilíbrio entre ambas as partes.

Estável para todos os lados, a adoção do IPCA permite que os contratos de aluguel sejam feitos da maneira que mais se aproxime da renda do inquilino e dos gastos do proprietário, permitindo que esse instrumento seja usado para preservar, quando possível, as condições mais similares adotadas e estabelecidas no início do contrato.


Esperamos que o conteúdo de hoje tenha sido útil para você compreender as principais métricas do índice de reajuste de aluguel. Em nosso blog, você tem à sua disposição outros posts sobre o tema que podem ser do seu interesse. Continue navegando e confira!

Até a próxima!

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