o que é e como investir em renda variável

Renda variável: o guia completo para investir com segurança 

14 jul 2025
13min de leitura

A renda variável é um universo de oportunidades para quem busca construir patrimônio e alcançar a liberdade financeira. Com seu potencial de rentabilidade superior, ela se destaca como um componente essencial em uma carteira de investimentos diversificada.  

Antes de começar a investir em renda variável, certifique-se que está ciente dos riscos e oportunidades deste mercado. Mantenha seu planejamento com bastante educação financeira, disciplina e aportes constantes. 

O que é Renda Variável?

A renda variável é uma modalidade de investimentos onde a rentabilidade não é previsível no momento da aplicação. Diferente da renda fixa, que pode oferecer retornos pré-determinados, o valor e o rendimento da renda variável flutuam conforme as condições do mercado financeiro, podendo gerar lucros significativos ou perdas. Essa característica a torna mais volátil, mas também com maior potencial de retorno a longo prazo.

Diferenças entre renda variável e renda fixa

A principal distinção entre renda variável e renda fixa reside na previsibilidade dos retornos. Na renda fixa, você tem a opção de aplicar em títulos onde, em muitos casos, você sabe qual será o seu rendimento (ou a regra para calculá-lo) no momento da aplicação. Exemplos incluem CDBs, LCIs, LCAs e Tesouro Direto. O risco é geralmente menor, e a liquidez pode ser maior dependendo do produto.

Já na renda variável, como o próprio nome indica, os retornos são incertos e dependem de diversos fatores, como o desempenho de empresas, a economia, e até mesmo eventos políticos. Ações na bolsa, fundos imobiliários (FIIs) e criptomoedas são exemplos clássicos. O risco é maior, mas o potencial de valorização também é.

Como funcionam os indexadores da Renda Variável?

Na renda variável, os indexadores servem mais como referenciais de desempenho ou como termômetro do mercado.

CDI

O CDI (Certificado de Depósito Interbancário) é a taxa de juros que os bancos cobram para emprestar dinheiro entre si. Embora seja um indexador chave para muitos investimentos de renda fixa, na renda variável, ele serve mais como uma referência para comparação de rentabilidade. Por exemplo, um investidor pode avaliar se seu fundo de ações superou ou ficou abaixo do CDI em um determinado período. Ele não dita o retorno direto de um ativo de renda variável. 

Ibovespa

O Ibovespa é o principal índice de desempenho das ações negociadas na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão). Ele é uma carteira teórica de ações das empresas mais negociadas e representativas do mercado brasileiro. A variação do Ibovespa reflete o sentimento geral do mercado e o desempenho dessas empresas. Investir em renda variável significa, em muitos casos, estar exposto às oscilações que o Ibovespa representa, seja através de ações individuais, ETFs que replicam o índice, ou fundos de investimento que buscam superá-lo. O Ibovespa representa cerca de 20%-30% do mercado total de ações negociadas no Brasil, sendo bastante concentrado em bancos e commodities, em especial, petróleo (Petrobrás) e minério de ferro (Vale). 

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Vantagens e desvantagens de investir em Renda Variável

Investir em renda variável é uma estratégia que pode trazer muitos benefícios. É importante ter ciência dos mesmos, assim como ponderar seus riscos. 

Vantagens: 

  • Alto potencial de rentabilidade: a principal atração da renda variável é a possibilidade de ganhos expressivos, muito superiores aos da renda fixa, especialmente no longo prazo. 
  • Proteção contra a inflação: ao investir em ativos que se valorizam com o tempo, como ações de empresas sólidas, você pode proteger seu patrimônio da desvalorização causada pela inflação, diante da possibilidade que boa parte das empresas possuem de repassar o aumento de preços. 
  • Diversificação: a renda variável oferece uma ampla gama de aplicações financeiras, permitindo que você diversifique sua carteira e reduza a dependência de um único tipo de ativo ou classe de ativos. 
  • Participação no crescimento das empresas: ao comprar ações, você se torna sócio de grandes empresas, participando diretamente do seu sucesso e crescimento, com remunerações interessantes como valorização das ações (ganho de capital) ou distribuição de lucros. 

Desvantagens: 

  • Maior risco: a volatilidade é inerente à renda variável. As perdas podem ser significativas se o mercado não se comportar como o esperado, e caso a empresa não entregue os resultados esperados. 
  • Exige conhecimento e acompanhamento: para tomar decisões informadas, é fundamental ter educação financeira e acompanhar de perto o mercado financeiro. 
  • Oscilação dos preços: os valores dos ativos de renda variável podem flutuar drasticamente em curtos períodos, exigindo resiliência e paciência do investidor. 
  • Liquidez variável: alguns investimentos em renda variável podem ter menor liquidez, o que significa que pode ser mais difícil vendê-los rapidamente sem perdas significativas. Apesar do baixo risco em ações mais negociadas, é importante verificar se lotes fracionários de ações, por exemplo, possuem liquidez suficiente. 
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Principais tipos de investimento em Renda Variável

A renda variável é um universo vasto, com diversas opções para diferentes perfis de investidores. Conheça as principais: 

Ações

Ações representam a menor fração do capital social de uma empresa. Ao comprar uma ação, você se torna sócio daquela empresa e pode se beneficiar do seu crescimento através da valorização das ações e do recebimento de dividendos. 

Como investir em ações?

Para investir em ações, você precisa abrir uma conta em uma corretora de investimentos. Através da plataforma da corretora, você terá acesso ao home broker, onde poderá comprar e vender ações na bolsa. É fundamental fazer uma análise fundamentalista (analisar a saúde financeira da empresa) ou análise técnica (analisar gráficos de preços) antes de investir e avaliar seu perfil de investidor para garantir uma carteira de investimentos adequada ao seu perfil e objetivos. 

Fundos Imobiliários (FIIs)

Fundos Imobiliários (FIIs) são veículos de investimento coletivo que aplicam em empreendimentos imobiliários, como shoppings, hospitais, galpões logísticos e lajes corporativas. O investidor de FIIs recebe rendimentos mensais, provenientes dos aluguéis desses imóveis, e pode se beneficiar da valorização das cotas do fundo. 

Como investir em FIIs?

Assim como as ações, o investimento em FIIs é feito por meio de uma corretora de investimentos. As cotas dos FIIs são negociadas na B3, da mesma forma que as ações. É importante analisar o histórico do fundo, os imóveis que compõem sua carteira e a qualidade da gestão. 

ETFs

Os ETFs (Exchange Traded Funds), também conhecidos como “fundos de índice”, são fundos de investimento que buscam replicar a performance de um determinado índice de mercado, como o Ibovespa ou o S&P 500. Ao investir em um ETF, você adquire uma cesta diversificada de ativos de uma só vez. 

Como investir em ETFs?

A negociação de ETFs ocorre na bolsa de valores, como as ações e os FIIs, por meio de uma corretora. Eles são uma forma prática de diversificação de investimentos, permitindo que você invista em um mercado ou setor específico com uma única aplicação. 

Criptomoedas

Criptomoedas são moedas digitais descentralizadas, baseadas em tecnologia blockchain. A mais conhecida é o Bitcoin, mas existem milhares de outras, como Ethereum e Litecoin. Elas são caracterizadas pela alta volatilidade e pelo potencial de valorização expressivo. Criptomoedas são considerados investimentos em renda variável, e principalmente da categoria investimentos alternativos, por não possuírem características dos investimentos convencionais. 

Como investir em Criptomoedas?

Para investir em criptomoedas, você pode usar exchanges especializadas (plataformas de negociação de criptoativos) ou, em alguns casos, corretoras que oferecem acesso a fundos de criptomoedas. É um mercado de alto risco e exige um estudo aprofundado antes de qualquer aporte. 

Câmbio

Câmbio refere-se à negociação de moedas estrangeiras. Investir em câmbio significa especular sobre a valorização ou desvalorização de uma moeda em relação a outra. Isso pode ser feito através de contratos futuros de dólar, euro, etc., ou através de fundos cambiais. 

Como investir em câmbio?

Investir em câmbio é geralmente feito através de corretoras que oferecem acesso a contratos futuros ou fundos cambiais. 

Derivativos

Derivativos são contratos financeiros cujo valor deriva de um ativo subjacente, como ações, moedas, commodities ou índices. Exemplos incluem opções, contratos futuros e swaps. Eles são utilizados para proteção (hedge) ou para especulação, com potencial de alavancagem. 

Como investir em Derivativos?

Investir em derivativos exige um conhecimento aprofundado do mercado de capitais e das suas dinâmicas. As operações são realizadas via corretoras e são consideradas de alto risco, pois permitem alavancagem, o que pode amplificar tanto os ganhos quanto as perdas. Estas operações não são recomendadas para investidores iniciantes. 

É seguro investir em Renda Variável?

A segurança na renda variável é um conceito relativo. Ela não oferece a mesma garantia de capital do que alguns títulos de renda fixa. No entanto, é possível investir com maior segurança ao adotar algumas práticas: 

  • Educação financeira: entender como o mercado funciona e quais são os riscos de investimentos é o primeiro passo para investir com segurança. 
  • Diversificação: nunca coloque todos os seus ovos na mesma cesta. Diversificar investimentos em diferentes tipos de ativos e setores reduz o risco global da sua carteira. 
  • Invista a longo prazo: a renda variável tende a ter menos volatilidade e maior potencial de retorno em horizontes de tempo mais longos. Busque investir considerando uma janela mínima de 10 anos. 
  • Invista de acordo com seu perfil: conheça seu perfil de investidor (conservador, moderado, arrojado) e invista em ativos que estejam alinhados com sua tolerância a riscos. 
  • Acompanhamento profissional: contar com o apoio de um especialista ou consultor financeiro é muito importante para tomar decisões adequadas ao seu perfil e objetivos financeiros. 

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Como lidar com a oscilação dos investimentos em renda variável?

A oscilação é uma característica intrínseca da renda variável. Lidar com ela exige inteligência emocional e uma estratégia bem definida: 

  • Mantenha a calma: quedas no mercado são normais. Evite tomar decisões precipitadas baseadas em emoções. 
  • Não olhe o preço diariamente: para o investidor de longo prazo, as flutuações diárias são ruído. Focar nos fundamentos das empresas ou dos ativos é mais importante. Muitas vezes as oscilações são irracionais. 
  • Rebalanceie sua carteira: periodicamente, avalie sua carteira de investimentos e ajuste a alocação de ativos para que ela continue alinhada aos seus objetivos e tolerância a risco. 
  • Aproveite as quedas: para o investidor de longo prazo, as quedas de mercado podem ser oportunidades para comprar bons ativos a preços mais baixos. 
  • Defina seus limites: tenha claro qual o máximo que você está disposto a perder. Caso desejar, estabeleça um stop-loss (ordens para vender um ativo se ele atingir um determinado preço) se lhe trouxer mais segurança. 

Dica de especialista: quando começar a investir em renda variável?

Não existe uma idade ou um momento mágico para começar a investir em renda variável. Idealmente, comece o quanto antes, mas com preparo. 

Antes de se aventurar na renda variável, siga o passo a passo abaixo: 

  1. Tenha uma reserva de emergência: um fundo de segurança para imprevistos é fundamental para não precisar resgatar seus investimentos em renda variável em um momento desfavorável. 
  2. Quite suas dívidas caras: dívidas com juros altos, como cheque especial e cartão de crédito, corroem seu patrimônio. Livre-se delas antes de investir. 
  3. Adquira conhecimento: invista em educação financeira. Livros, cursos e conteúdos de qualidade são seus melhores amigos. 
  4. Defina seus objetivos: o que você espera alcançar com seus investimentos? Moradia, aposentadoria, viagens? Objetivos claros guiam suas decisões. 

Qualquer um pode investir em renda variável?

Sim, qualquer um pode investir em renda variável, desde que tenha as condições financeiras mínimas (reserva de emergência) e o conhecimento necessário. Não há restrições de idade ou renda mínima para começar, embora algumas plataformas possam exigir um valor inicial para certas aplicações financeiras. O importante é respeitar seu perfil de investidor e buscar sempre a educação financeira básica. 

Como declarar investimentos em Renda Variável no Imposto de Renda?

A Receita Federal possui regras específicas para a tributação de ganhos em ações, fundos imobiliários, ETFs, criptomoedas e derivativos. Busque sempre a fonte oficial para garantir que nenhuma alteração passe despercebida. 

De forma geral, você precisará: 

  • Apuração mensal: calcular o lucro ou prejuízo mensal das suas operações. 
  • Pagamento de DARF: se houver lucro em operações sujeitas à tributação (como vendas de ações acima de R$ 20.000,00 no mês para o mercado à vista, ou qualquer lucro em operações de day trade), o imposto de 15% (operações comuns) ou 20% (day trade) deve ser pago até o último dia útil do mês seguinte à operação, através de um DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais). 
  • Declaração anual: informar todos os seus bens e direitos (o valor dos seus investimentos) e os resultados das operações (lucros e prejuízos, mesmo que isentos ou compensados) na Declaração Anual de Ajuste do Imposto de Renda, na ficha de “Bens e Direitos” e em “Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva” e “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”, conforme o caso. 
  • Compensação de prejuízos: prejuízos podem ser compensados com lucros futuros em operações da mesma natureza. 

É altamente recomendável buscar a orientação de um contador ou utilizar softwares especializados para auxiliar na apuração e na declaração, evitando erros que podem levar a multas. 

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Dúvidas frequentes sobre renda variável

Abaixo, listamos as principais dúvidas sobre o tema renda variável. 

O que é mais seguro: renda fixa ou renda variável?  

A renda fixa é geralmente considerada mais segura por ter retornos previsíveis e, em muitos casos, contar com a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos). A renda variável apresenta maior risco devido à volatilidade do mercado, o que pode assustar investidores iniciantes ou menos propenso à risco. 

Qual o mínimo para começar a investir em renda variável?  

Não há um valor mínimo fixo. É possível começar com pouco dinheiro, especialmente em ETFs ou fracionários de ações. O importante é ter uma reserva de emergência antes de iniciar. 

É preciso ser especialista para investir em renda variável?  

Não é preciso ser um especialista, mas é fundamental ter educação financeira e entender os fundamentos dos ativos que você está investindo. Começar com pouco e aprender gradualmente é uma boa estratégia. 

Como reduzir os riscos em renda variável?  

A principal forma de reduzir os riscos é através da diversificação de investimentos, alocando seu capital em diferentes tipos de ativos e setores, e investindo a longo prazo. 

Qual o melhor investimento em renda variável para iniciantes?  

Para iniciantes, ETFs ou fundos de investimento que replicam índices amplos, como o Ibovespa, podem ser boas opções, pois oferecem diversificação imediata. Começar com ações de empresas sólidas e bem estabelecidas também é uma alternativa. 

O que é day trade? 

Day trade é uma estratégia de trading em que o investidor compra e vende um ativo no mesmo dia, buscando lucrar com pequenas oscilações de preço. É uma modalidade de altíssimo risco e não recomendada para iniciantes. 

Como posso aprender mais sobre renda variável?  

Busque cursos, livros, artigos de fontes confiáveis e canais de educação financeira especializados. A prática e o acompanhamento do mercado financeiro também são essenciais. 

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