No Brasil, o empreendedorismo feminino atingiu um marco histórico no quarto trimestre de 2024, com 10,35 milhões de mulheres donas de negócio (Sebrae). Esse número impressionante mostra que as brasileiras não estão apenas participando da economia, mas estão protagonizando mudanças significativas.
Se você é mulher e sonha em ter seu próprio empreendimento, ou se você simplesmente quer entender melhor essa realidade, este artigo é para você.
O que é o dia do empreendedorismo feminino?
O Dia do Empreendedorismo Feminino é uma data internacional dedicada a reconhecer, valorizar e promover o trabalho das mulheres que lideram negócios ao redor do mundo. Celebrado em 19 de novembro, foi estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2014 com múltiplos objetivos: dar visibilidade às conquistas femininas no campo empresarial, promover igualdade de gênero no ambiente de negócios e conscientizar sobre a necessidade de criar condições favoráveis para que mais mulheres possam empreender.
Por que o dia do empreendedorismo feminino é relevante?
Globalmente, as mulheres representam cerca de 40% dos empreendedores, liderando negócios em praticamente todos os setores imagináveis. Mas os números também revelam desafios. As mulheres representam 34% dos empreendedores brasileiros, o que significa que ainda há um longo caminho para alcançar a paridade. Além disso, muitas dessas empreendedoras começaram seus negócios por necessidade, buscando alternativas de renda diante de dificuldades no mercado formal de trabalho.
O Dia do Empreendedorismo Feminino está alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, especialmente aqueles relacionados à igualdade de gênero e ao trabalho decente.
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História e origem da data
Durante grande parte do século XX, as mulheres enfrentaram barreiras significativas para participar da vida econômica. Restrições legais, culturais e sociais limitavam suas oportunidades de trabalho, estudo e, consequentemente, de empreender. Foi somente a partir das décadas de 1960 e 1970, com o fortalecimento dos movimentos feministas ao redor do mundo, que essas barreiras começaram a ser gradualmente derrubadas.
As conferências internacionais sobre direitos das mulheres realizadas pela ONU foram fundamentais nesse processo. A Conferência de Pequim, em 1995, estabeleceu diretrizes claras sobre empoderamento econômico feminino, reconhecendo que a autonomia financeira das mulheres era essencial para alcançar a igualdade de gênero. Esse encontro marcou um ponto de virada, inspirando governos e organizações a desenvolverem políticas específicas de apoio ao empreendedorismo feminino.
ONU e dia do empreendedorismo feminino
Nos anos 2000, a questão ganhou ainda mais força. Organizações como ONU Mulheres, Banco Mundial e Fórum Econômico Mundial começaram a produzir pesquisas detalhadas sobre o empreendedorismo feminino, revelando não apenas os desafios enfrentados pelas mulheres, mas também o enorme potencial econômico que estava sendo desperdiçado pela falta de oportunidades equitativas.
Foi nesse contexto que, em 2014, a ONU oficializou o 19 de novembro como Dia do Empreendedorismo Feminino. Todos os anos, um evento na sede da ONU, em Nova Iorque, premia mulheres que se destacam em áreas como Tecnologia, Educação e Filantropia. A data rapidamente se espalhou pelo mundo. Pelo menos 144 países comemoram o Dia do Empreendedorismo Feminino, realizando eventos, conferências, programas de capacitação e iniciativas de apoio.
Quem apoia o empreendedorismo feminino no Brasil?
No Brasil, a data ganhou relevância especial. O país, que já possuía uma forte tradição de mulheres trabalhadoras e empreendedoras informais, passou a desenvolver políticas públicas mais estruturadas. O Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (MEMP) reforça a importância da estratégia Elas Empreendem, uma iniciativa voltada à inclusão social e econômica por meio do empreendedorismo feminino.
Instituições como o Sebrae também intensificaram seus programas voltados para mulheres, oferecendo capacitação, mentoria e acesso facilitado a recursos. Eventos como o Delas Summit reúnem milhares de empreendedoras, criando redes de apoio e compartilhamento de conhecimento.
Desafios enfrentados pelas mulheres no empreendedorismo
Um dos desafios mais significativos é o acesso limitado a crédito e financiamento. Pesquisas mostram que mulheres têm mais dificuldade para obter empréstimos bancários, mesmo quando apresentam projetos viáveis e histórico de crédito sólido.
As mulheres pagam taxas de juros mais altas do que os homens (34,6% ao ano contra 31,1% ao ano), mesmo apresentando uma média de inadimplência menor (3,7% contra 4,2%).
A desigualdade salarial e de renda também impacta profundamente o empreendedorismo feminino. As mulheres ganham em média 24,4% menos que os homens, e no Brasil, as mulheres recebem apenas 78% dos salários dos homens.
As mulheres ainda são as principais responsáveis pelos cuidados domésticos e familiares. As brasileiras dedicam, em média, 25 horas semanais a trabalhos domésticos e de cuidado, enquanto os homens dedicam aproximadamente 11 horas. Essa sobrecarga resulta em menos tempo disponível para dedicar ao negócio. Dados do Sebrae mostram que 40% das mulheres trabalham menos de 40 horas semanais em seus negócios, enquanto 36% dos homens conseguem dedicar mais de 40 horas.
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Impacto do empreendedorismo feminino na economia
Segundo o Banco Mundial, se as mulheres tivessem as mesmas oportunidades que os homens no mercado de trabalho, o PIB global poderia crescer até 28 trilhões de dólares até 2025. No contexto brasileiro, o impacto é igualmente significativo. Um estudo do McKinsey Global Institute indica que a promoção da igualdade de condições de trabalho promoveria um incremento de cerca de 30% do produto interno bruto (PIB) brasileiro.
A geração de empregos é uma das contribuições mais tangíveis do empreendedorismo feminino. A quantidade de empresárias que geram empregos subiu 30% de 2021 para 2022, demonstrando não apenas crescimento numérico, mas também amadurecimento dos negócios liderados por mulheres.
Além disso, cerca de 73% dos empreendimentos liderados por mulheres no Brasil são majoritariamente femininos, contra apenas 21% dos empreendimentos liderados por homens. Isso significa que mulheres empreendedoras não apenas criam empregos — elas criam oportunidades especificamente para outras mulheres.
Dicas para mulheres empreendedoras
Aqui estão dicas práticas e acionáveis para mulheres que querem iniciar ou fortalecer suas jornadas empreendedoras.
- Invista em capacitação contínua: o conhecimento é seu maior ativo como empreendedora. Busque cursos sobre gestão financeira, marketing digital, vendas, liderança e qualquer área relevante para seu negócio. Instituições como o Sebrae oferecem capacitações gratuitas e de qualidade especificamente voltadas para mulheres empreendedoras. Plataformas online também disponibilizam conteúdos valiosos.
- Construa uma rede de apoio sólida: o networking feminino é absolutamente essencial. Conecte-se com outras empreendedoras através de grupos, eventos, comunidades online e associações empresariais. Essas redes oferecem não apenas oportunidades de negócios, mas também suporte emocional, troca de experiências e parcerias estratégicas. Mulheres que empreendem juntas são mais fortes.
- Busque mentoria: ter uma mentora experiente pode acelerar significativamente seu crescimento. Procure programas de mentoria voltados para mulheres empreendedoras. Uma boa mentora não apenas compartilha conhecimento técnico, mas também oferece orientação estratégica, ajuda a evitar erros comuns e serve como inspiração.
- Aprenda a precificar corretamente seu trabalho: esse é um dos erros mais comuns entre mulheres empreendedoras. Não subestime o valor que você entrega. Calcule todos os seus custos (materiais, tempo, expertise, impostos) e adicione uma margem de lucro justa. Seu trabalho tem valor, e você merece ser adequadamente remunerada por ele.
- Desenvolva um plano de negócios sólido: não comece sem planejamento. Defina claramente sua proposta de valor, conheça profundamente seu público-alvo, analise seus concorrentes, estabeleça metas realistas e trace estratégias para alcançá-las. Um bom planejamento não apenas orienta suas ações, mas também aumenta suas chances de obter financiamento.
- Explore todas as fontes de financiamento disponíveis: existem programas específicos como o Procred 360, que oferece crédito de até 50% do faturamento anual anterior para empresas lideradas por mulheres, e o Desenrola Pequenos Negócios, focado em apoiar empreendedoras negras e outros grupos historicamente marginalizados. Além de bancos tradicionais, considere crowdfunding, investidores-anjo, aceleradoras e programas governamentais.
- Cuide da sua saúde mental e física: o empreendedorismo pode ser extremamente estressante. Estabeleça limites claros entre vida profissional e pessoal. Reserve tempo para atividades que promovam seu bem-estar (exercícios, hobbies, momentos com pessoas queridas). Não hesite em buscar apoio psicológico se sentir necessidade. Uma empreendedora saudável e equilibrada toma melhores decisões e constrói negócios mais sustentáveis.
- Aprenda a delegar e pedir ajuda: muitas mulheres sentem que precisam dar conta de tudo sozinhas, mas isso é uma armadilha. Identifique suas limitações, contrate pessoas competentes quando possível, terceirize tarefas que não são seu forte e concentre sua energia naquilo que você faz melhor. Pedir ajuda não é fraqueza, é inteligência estratégica.
- Formalize seu negócio: embora a burocracia brasileira seja complexa, a formalização traz benefícios importantes: acesso a crédito, possibilidade de emitir notas fiscais, proteção legal e credibilidade no mercado.
- Use a tecnologia a seu favor: ferramentas digitais podem automatizar processos, ampliar seu alcance e reduzir custos. Aprenda a usar redes sociais para marketing, plataformas de gestão para organização financeira e e-commerce para vendas. A tecnologia não é inimiga, mas sim uma aliada.
- Acredite em si mesma: a síndrome do impostor afeta muitas mulheres, fazendo-as duvidar de suas capacidades. Reconheça suas conquistas, celebre seus sucessos, aprenda com seus erros e mantenha a confiança de que você é capaz de construir algo extraordinário.
Oportunidades e tendências para o futuro do empreendedorismo feminino
Abaixo, as principais áreas de crescimento e tendências que moldarão o empreendedorismo feminino nos próximos anos.
Tecnologia e startups
- Capacite-se em programação, ciência de dados ou inteligência artificial para criar soluções tecnológicas inovadoras;
- Desenvolva aplicativos, plataformas digitais ou ferramentas que resolvam problemas reais do dia a dia;
- Explore nichos como fintechs voltadas para mulheres, health techs ou edutechs;
- Crie produtos tecnológicos que atendam necessidades específicas do público feminino ainda não exploradas.
Dados do GEM mostram que cerca de 33% dos negócios de alto crescimento global são liderados por mulheres, provando que o potencial está lá.
Empreendedorismo social e negócios de impacto
- Monte um negócio que resolva problemas sociais enquanto gera lucro;
- Atue em áreas como educação para comunidades carentes, saúde acessível ou inclusão de minorias;
- Busque investidores de impacto que valorizam empresas com propósito social;
- Combine sua paixão por causas com um modelo de negócio sustentável.
Saúde e bem-estar feminino
- Crie produtos ou serviços voltados para saúde mental, nutrição ou autocuidado feminino;
- Desenvolva soluções para questões de saúde específicas das mulheres em diferentes fases da vida;
- Explore telemedicina, aplicativos de saúde ou consultorias especializadas;
- Invista em um mercado carente de atenção e inovação.
Segundo a McKinsey, apenas 2% da pesquisa e inovação de saúde está investida em condições especificamente femininas, o que representa uma enorme oportunidade de mercado.
Economia criativa e conteúdo digital
- Monetize suas habilidades criativas através de produtos digitais, cursos online ou infoprodutos;
- Construa uma marca pessoal autêntica nas redes sociais;
- Crie conteúdo que conecte emocionalmente com seu público-alvo;
- Explore moda autoral, design personalizado ou produção de conteúdo audiovisual.
Sustentabilidade e economia circular
- Desenvolva produtos ecológicos ou serviços com práticas sustentáveis;
- Trabalhe com moda circular, upcycling ou redução de resíduos;
- Atenda à demanda crescente de consumidores conscientes;
- Posicione seu negócio como ambientalmente responsável.
Trabalho remoto e negócios digitais
- Monte um negócio 100% digital que pode operar de qualquer lugar;
- Ofereça consultorias, mentorias ou serviços online;
- Crie um e-commerce e venda para todo o Brasil (ou mundo);
- Aproveite a flexibilidade para conciliar empreendedorismo com vida familiar.
Alimentação saudável e artesanal
- Produza alimentos orgânicos, veganos ou para dietas específicas;
- Crie produtos artesanais com ingredientes naturais e de qualidade;
- Explore delivery de refeições saudáveis ou marmitas fitness;
- Atenda ao público que busca alimentação consciente e nutritiva.
Beleza natural e consciente
- Desenvolva cosméticos naturais, veganos e cruelty-free;
- Crie linhas de produtos específicas para diferentes tipos de pele e cabelo;
- Trabalhe com ingredientes brasileiros e sustentáveis;
- Posicione sua marca no crescente mercado de beleza limpa.
Educação e capacitação
- Ofereça cursos, workshops ou treinamentos na sua área de expertise;
- Crie programas de mentoria para outras empreendedoras;
- Desenvolva materiais educativos digitais ou presenciais;
- Explore educação infantil diferenciada ou reforço escolar especializado.
Serviços especializados e consultoria
- Profissionalize seus conhecimentos oferecendo consultoria;
- Atue em áreas como marketing digital, finanças pessoais, organização ou recursos humanos;
- Crie pacotes de serviços personalizados para diferentes perfis de clientes;
- Estabeleça-se como referência na sua área de atuação.
Políticas públicas e programas de apoio em expansão
A ‘Estratégia Elas Empreendem’ busca beneficiar 10 milhões de mulheres, com linhas de crédito facilitadas, programas de capacitação gratuitos e incentivos fiscais. Fique atenta a editais, chamadas públicas e programas governamentais voltados para o empreendedorismo feminino.
Investimento de impacto e diversidade
- Busque fundos de venture capital focados em empreendedoras;
- Participe de aceleradoras especializadas em startups femininas;
- Conecte-se com redes de investidoras-anjo;
- Prepare seu pitch destacando não apenas números, mas também propósito e impacto social.
Perguntas frequentes sobre o dia do empreendedorismo feminino
Reunimos as dúvidas mais comuns sobre o dia do empreendedorismo feminino para ajudar você a entender melhor essa data tão importante, sua relevância histórica e como ela impacta a vida de milhões de mulheres empreendedoras no Brasil e no mundo.
Quando é comemorado o dia do empreendedorismo feminino?
O Dia do Empreendedorismo Feminino é celebrado mundialmente em 19 de novembro. A data foi oficializada pela ONU em 2014.
Por que existe um dia específico para o empreendedorismo feminino?
A data foi criada para dar visibilidade aos desafios únicos enfrentados por mulheres empreendedoras, celebrar suas conquistas, promover igualdade de gênero no mundo dos negócios e conscientizar sobre a necessidade de políticas públicas e iniciativas de apoio específicas.
Como posso celebrar o dia do empreendedorismo feminino?
Você pode celebrar apoiando negócios liderados por mulheres, participando de eventos e conferências sobre o tema, compartilhando histórias inspiradoras nas redes sociais, oferecendo mentoria para empreendedoras iniciantes ou simplesmente reconhecendo e valorizando o trabalho de mulheres empreendedoras ao seu redor.
Quais são os principais desafios enfrentados por mulheres empreendedoras no Brasil?
Os principais desafios incluem acesso limitado a crédito (com taxas de juros mais altas que homens), desigualdade salarial, dupla ou tripla jornada de trabalho, dificuldade em precificar adequadamente produtos e serviços, preconceito e discriminação de gênero, falta de representatividade em posições de liderança, alta carga burocrática e informalidade.
Existem programas de apoio específicos para mulheres empreendedoras?
Sim, existem diversos programas oferecidos por instituições como Sebrae, governos federal e estaduais, bancos públicos e privados, organizações não governamentais e empresas privadas. Exemplos incluem o Procred 360, Desenrola Pequenos Negócios, Sebrae Delas e a Estratégia Elas Empreendem.
Qual o impacto econômico do empreendedorismo feminino?
O impacto é significativo. Estudos indicam que a igualdade de condições de trabalho poderia aumentar o PIB brasileiro em cerca de 30%. Globalmente, se as mulheres tivessem as mesmas oportunidades que os homens, o PIB mundial poderia crescer até 28 trilhões de dólares. Além disso, mulheres empreendedoras geram empregos, promovem inovação e implementam práticas sustentáveis.
Quantas mulheres empreendem no Brasil atualmente?
No quarto trimestre de 2024, o Brasil registrou 10,35 milhões de mulheres donas de negócio, representando aproximadamente 34% do total de empreendedoras do país.
Em quais setores as mulheres mais empreendem?
As mulheres têm forte presença no setor de serviços (53% de participação), seguido por comércio (27%) e indústria (13%). Também se destacam em áreas como educação, saúde, beleza, alimentação e economia criativa.
Mulheres empreendedoras têm acesso facilitado a crédito?
Infelizmente, não. Mulheres ainda enfrentam mais dificuldades para obter crédito e pagam taxas de juros mais altas que homens, mesmo apresentando menor taxa de inadimplência. No entanto, existem programas governamentais específicos que buscam facilitar esse acesso.
Quais tendências de empreendedorismo feminino devemos observar nos próximos anos?
As principais tendências incluem crescimento em tecnologia e startups, empreendedorismo social e negócios de impacto, saúde e bem-estar, economia criativa, sustentabilidade, trabalho remoto e negócios digitais, além de expansão de políticas públicas de apoio e investimento de impacto focado em diversidade.
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