A escolha entre amortizar prazo ou prestação deve ser baseada em uma análise cuidadosa da sua situação financeira pessoal. Se você busca economia máxima e tem estabilidade financeira, opte pela redução de prazo. Se precisa de alívio no orçamento mensal, a redução de prestação é mais adequada. O mais importante é tomar uma decisão informada e alinhada com seus objetivos financeiros de longo prazo. Entenda mais sobre a estratégia de amortizar prazo ou prestação no artigo abaixo.
O que é amortização?
A amortização é o processo de redução gradual do saldo devedor de um financiamento ou empréstimo. Cada pagamento realizado contém duas partes principais: uma destinada aos juros cobrados pela instituição financeira e outra que efetivamente reduz o valor devido, chamada de amortização.
Esse mecanismo é essencial em operações de crédito imobiliário, veículos, empréstimos pessoais e consórcios. À medida que você amortiza a dívida, o saldo devedor diminui, consequentemente reduzindo também os juros incidentes nas parcelas futuras. Por isso, a amortização é uma estratégia poderosa no controle e quitação mais rápida de dívidas.
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Diferenças entre amortizar prazo e prestação
Quando você decide fazer uma amortização extraordinária em um financiamento, geralmente tem duas opções: reduzir o prazo de pagamento ou diminuir o valor das parcelas mensais.
Amortizar prazo
Amortizar o prazo significa utilizar um valor extra para reduzir a quantidade de meses ou anos restantes do financiamento, mantendo as parcelas no mesmo valor. Esta é geralmente a opção mais vantajosa do ponto de vista da economia total de juros.
Ao encurtar o prazo, você paga juros por menos tempo, o que resulta em menor custo total do financiamento. Por exemplo, se você tem um financiamento de 20 anos e consegue reduzir para 15 anos, economizará 5 anos de pagamento de juros, o que pode representar dezenas de milhares de reais dependendo do valor financiado.
Esta opção é mais indicada para quem:
- Tem boa estabilidade financeira e pode manter as parcelas atuais;
- Deseja se livrar da dívida o mais rápido possível;
- Busca maximizar a economia com juros no longo prazo;
- Não precisa de alívio imediato no orçamento mensal.
Amortizar a prestação
Amortizar a prestação consiste em usar o valor extra para diminuir o valor das parcelas mensais, mantendo o prazo original do contrato. Esta alternativa proporciona alívio imediato no orçamento mensal, liberando recursos para outras necessidades ou investimentos.
Embora gere economia menor em juros comparada à redução de prazo, essa opção oferece mais flexibilidade financeira no curto prazo. As parcelas menores facilitam o cumprimento dos compromissos mensais e reduzem o risco de inadimplência.
Esta modalidade é recomendada para quem:
- Está com o orçamento apertado e precisa de alívio nas contas mensais;
- Possui outras dívidas com juros mais altos para priorizar;
- Busca maior flexibilidade no fluxo de caixa pessoal;
- Deseja liberar recursos para investimentos ou emergências.
Tabela SAC x Tabela Price: qual escolher para amortizar melhor?
A escolha entre SAC (Sistema de Amortização Constante) e Tabela Price também influencia sua estratégia de amortização. Na Tabela SAC, as parcelas começam mais altas e diminuem ao longo do tempo, pois a amortização é constante e os juros incidem sobre um saldo devedor cada vez menor. Já na Tabela Price, as parcelas são fixas durante todo o período, facilitando o planejamento financeiro.
Para quem pretende amortizar o prazo, a Tabela SAC é geralmente mais vantajosa, pois o saldo devedor reduz mais rapidamente. No primeiro ano, uma dívida de R$ 100 mil na SAC pode cair para R$ 95 mil, enquanto na Price permanece em R$ 98 mil. Isso resulta em economia de até 30% nos juros totais ao longo de 30 anos de financiamento.
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Como escolher entre amortizar prazo ou prestação?
A decisão entre amortizar prazo ou prestação não possui uma resposta única e depende essencialmente da sua situação financeira individual. É fundamental avaliar criteriosamente diversos aspectos antes de escolher a melhor estratégia.
Avaliação da situação financeira
Antes de decidir, faça uma análise completa das suas finanças. Considere sua renda mensal, outras dívidas ativas, despesas fixas e variáveis, além do valor das suas reservas financeiras. Se você já possui uma reserva de emergência consolidada e sua renda é estável, amortizar o prazo pode ser mais vantajoso.
Por outro lado, se seu orçamento está comprometido ou você não tem uma reserva adequada, reduzir as parcelas pode ser a escolha mais sensata. O importante é manter o equilíbrio do fluxo de caixa pessoal sem comprometer suas obrigações financeiras essenciais.
Impacto nos juros e parcelas
A matemática financeira favorece a amortização de prazo quando o objetivo é economia máxima. Ao reduzir o tempo de pagamento, você diminui significativamente o montante total de juros pagos ao longo do financiamento.
Por exemplo, em um financiamento de R$ 200.000 a juros de 10% ao ano por 20 anos, reduzir o prazo para 15 anos pode gerar uma economia de juros superior a R$ 80.000. Já a redução de parcelas mantém o prazo original, resultando em economia menor, porém oferecendo maior liquidez mensal.
Vantagens e desvantagens de amortizar o financiamento
Antes de amortizar o seu financiamento, é importante avaliar os seguintes pontos:
Vantagens da amortização
- Economia significativa com juros: reduzir o saldo devedor diminui a base de cálculo dos juros futuros.
- Quitação mais rápida da dívida: conquistar liberdade financeira antecipadamente.
- Redução de custos adicionais: deixa de pagar taxas administrativas e seguros dos meses eliminados.
- Mais tranquilidade financeira: menor comprometimento da renda no longo prazo.
Desvantagens da amortização
- Redução da liquidez imediata: o dinheiro usado na amortização poderia ser aplicado em outras necessidades.
- Custo de oportunidade: você pode perder investimentos com rentabilidade superior aos juros do financiamento.
- Possíveis taxas: algumas instituições cobram custos por cada operação de amortização (verifique seu contrato).
- Risco de ficar sem reserva: amortizar sem manter uma reserva de emergência pode gerar novos endividamentos.
Simulação prática: amortizar prazo x amortizar prestação
Vamos considerar um exemplo prático para ilustrar as diferenças. Imagine um financiamento de R$ 150.000 com taxa de juros de 9% ao ano, prazo de 240 meses (20 anos) e parcela mensal de aproximadamente R$ 1.350.
Cenário 1 – Amortização de R$ 30.000 no prazo:
- Prazo reduz para aproximadamente 180 meses (15 anos)
- Parcela mantém-se em R$ 1.350
- Economia estimada em juros: R$ 75.000
Cenário 2 – Amortização de R$ 30.000 na prestação:
- Prazo mantém-se em 240 meses (20 anos)
- Parcela reduz para aproximadamente R$ 1.080
- Economia estimada em juros: R$ 35.000
Como podemos observar, a amortização de prazo gera economia de juros mais que duas vezes maior, mas exige manter o compromisso com parcelas mais altas por mais tempo.
Quando é o melhor momento para amortizar um financiamento?
Em geral, quanto mais cedo você amortizar, maior será a economia, pois os juros incidem sobre o saldo devedor por menos tempo.
Idealmente, procure amortizar nos primeiros anos do contrato, quando a proporção de juros nas parcelas é maior. No entanto, qualquer momento é válido se você possui recursos disponíveis que não comprometam sua reserva de emergência.
Oportunidades comuns para amortização incluem recebimento de 13º salário, bônus, restituição de imposto de renda, venda de bens, herança ou qualquer renda extra significativa. O importante é que esse valor não seja proveniente de outra dívida e que sua amortização não deixe você desprotegido financeiramente.
Dicas para amortização eficiente
Para aproveitar ao máximo o processo de amortização e garantir que essa estratégia traga os melhores resultados para suas finanças, siga estas práticas recomendadas.
Utilização de renda extra
Direcione rendas extras estrategicamente para amortização. O 13º salário é uma excelente oportunidade, pois não compromete o orçamento mensal regular. Bônus, participação nos lucros, comissões extraordinárias e restituição de imposto de renda também são recursos ideais para abater o saldo devedor.
Outras fontes incluem venda de bens que não são mais necessários, como um segundo veículo, imóvel de investimento ou outros ativos. O impacto positivo dessas amortizações se multiplica ao longo do tempo, gerando economia exponencial de juros.
Importância de um planejamento financeiro
Nunca amortize sem planejamento adequado. É essencial manter uma reserva de emergência equivalente a pelo menos 6 meses de despesas antes de destinar grandes valores para amortização. O planejamento evita que você precise recorrer a novos empréstimos em caso de imprevistos.
Organize suas finanças de forma que a amortização seja uma estratégia sustentável, não um sacrifício que comprometa sua segurança financeira. Avalie também se não há dívidas com juros mais altos que deveriam ser priorizadas antes de amortizar financiamentos com taxas menores.
Diferença entre amortização e antecipação de parcelas
Na amortização, o valor pago reduz diretamente o saldo devedor, diminuindo os juros futuros e podendo alterar o prazo ou o valor das prestações.
Já na antecipação de parcelas, você simplesmente paga as próximas mensalidades antes do vencimento, mas o saldo devedor permanece o mesmo, assim como a incidência de juros. A amortização é sempre mais vantajosa financeiramente, pois ataca a origem da dívida e reduz o custo total do financiamento.
Como usar o FGTS para amortizar financiamento imobiliário
O FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) é uma das principais fontes para amortização de financiamentos habitacionais dentro do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Você pode utilizá-lo de diferentes formas:
- Amortização com redução do valor das parcelas: o FGTS abate o saldo devedor e as prestações mensais ficam menores, mantendo o prazo original.
- Amortização com redução do prazo: o saldo devedor é reduzido e o número total de parcelas diminui, mantendo o valor mensal praticamente igual.
- Liquidação total do saldo devedor: possibilidade de quitar completamente o financiamento usando o FGTS disponível.
- Abatimento de até 80% das parcelas por 12 meses: reduz temporariamente o valor das próximas 12 prestações consecutivas.
Importante: O uso do FGTS para amortização só pode ser feito a cada dois anos, contados a partir do último uso. Para solicitar, utilize o App Habitação CAIXA ou ligue para 0800 104 0104. Verifique se você atende aos requisitos e se o imóvel está dentro das regras do SFH.
Perguntas frequentes sobre amortização
Reunimos abaixo as dúvidas mais comuns sobre amortização.
Posso amortizar quantas vezes quiser?
Sim, a maioria das instituições financeiras permite múltiplas amortizações sem limite de quantidade. Verifique as condições específicas do seu contrato, pois algumas podem ter valores mínimos para cada operação.
É melhor amortizar no início ou no fim do contrato?
Definitivamente no início. Nos primeiros anos, a maior parte da parcela é composta por juros. Amortizar cedo reduz o saldo sobre o qual os juros futuros serão calculados, maximizando a economia. No final do contrato, a economia é menor porque já foram pagos a maioria dos juros.
Posso combinar amortização de prazo e prestação?
Sim, é possível combinar as duas modalidades de amortização, criando uma estratégia híbrida que oferece flexibilidade. Você pode, por exemplo, destinar parte do valor para reduzir o prazo e outra parte para diminuir as prestações mensais.
Vale a pena amortizar financiamento com taxas de juros baixas?
Se você consegue investir o dinheiro em aplicações que rendem mais do que os juros do financiamento, pode ser mais vantajoso investir do que amortizar. Por exemplo, se seu financiamento tem taxa de 7% ao ano e você encontra investimentos seguros que rendem 10% ao ano, matematicamente é melhor investir. Porém, considere também fatores emocionais e de segurança: estar livre de dívidas traz tranquilidade e elimina riscos de comprometimento futuro da renda. A decisão ideal equilibra análise financeira racional com seu perfil psicológico em relação a dívidas.
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