Você sabia que é possível reorganizar suas dívidas e ainda receber um dinheiro extra na conta? O refinanciamento com troco permite exatamente isso: renegociar um empréstimo existente enquanto obtém recursos adicionais para usar como preferir. Essa modalidade tem se tornado cada vez mais popular entre aposentados, pensionistas e trabalhadores que buscam uma forma inteligente de equilibrar o orçamento sem comprometer ainda mais a renda mensal.
O que é refinanciamento com troco?
O refinanciamento com troco é uma modalidade de crédito que permite renegociar um empréstimo já existente e, ao mesmo tempo, receber um valor adicional em dinheiro. Esse valor extra, conhecido como “troco”, corresponde à parte da dívida original que você já quitou.
Para entender melhor, imagine que você contratou um empréstimo de R$ 15.000 há dois anos e já pagou R$ 6.000 em parcelas. Ao optar pelo refinanciamento com troco, o banco cria um novo contrato no valor total original de R$ 15.000 e deposita os R$ 6.000 já pagos diretamente na sua conta bancária.
Refinanciamento com troco e demais modalidades de crédito
Diferente de outras modalidades de crédito, o refinanciamento mantém você na mesma instituição financeira enquanto cria um novo contrato com condições iniciais semelhantes ao original. A principal diferença é que você recebe de volta o montante já pago, que pode ser usado livremente para qualquer finalidade.
Essa modalidade se diferencia da portabilidade de crédito, onde você transfere sua dívida para outra instituição em busca de melhores taxas, mas sem receber valor adicional. Também difere de um empréstimo novo, que representaria um contrato totalmente separado e aumentaria seu endividamento total.
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Como funciona o refinanciamento com troco?
O processo de refinanciamento com troco segue etapas bem definidas, desde a solicitação até o recebimento do valor na conta.
- Você entra em contato com a instituição financeira onde possui o empréstimo ativo e manifesta interesse em refinanciar. O banco então analisa seu contrato atual, verifica quanto você já pagou e calcula o valor disponível para liberação como troco. Essa análise considera também sua margem consignável disponível e seu histórico de pagamento.
- Em seguida, a instituição elabora uma proposta com as novas condições contratuais. Esse novo contrato geralmente mantém o valor total e o prazo originais, mas reinicia a contagem das parcelas. Após sua aprovação e assinatura do documento, o banco quita o saldo devedor do contrato anterior e deposita o troco em sua conta corrente.
- O valor do troco é calculado com base nas parcelas já quitadas, mas pode variar conforme a política de cada instituição. Alguns bancos exigem que você tenha pago no mínimo 15% do contrato original, enquanto outros estabelecem a marca de 30% como requisito para liberar o refinanciamento com troco.
- O tempo médio de aprovação varia entre 7 e 10 dias úteis, período significativamente mais rápido que a portabilidade de crédito ou a contratação de um empréstimo totalmente novo. Essa agilidade acontece porque a instituição já possui seu cadastro completo e histórico de relacionamento, dispensando parte da burocracia inicial.
Quem pode fazer um refinanciamento com troco?
Os principais perfis elegíveis incluem aposentados e pensionistas do INSS, servidores públicos federais, estaduais e municipais, e trabalhadores CLT de empresas conveniadas com instituições financeiras.
Para aposentados e pensionistas do INSS, o refinanciamento representa uma alternativa interessante devido às taxas de juros mais baixas em comparação com outras linhas de crédito. Esse público geralmente possui maior facilidade de aprovação, já que o desconto das parcelas ocorre diretamente no benefício previdenciário.
Servidores públicos também encontram condições vantajosas, com prazos mais longos para pagamento e taxas competitivas. A estabilidade da fonte de renda torna esse grupo atrativo para as instituições financeiras, resultando em propostas mais acessíveis.
Trabalhadores CLT podem acessar o refinanciamento quando suas empresas mantêm convênio com bancos ou instituições financeiras específicas. Nem todas as empresas oferecem essa possibilidade, portanto é importante verificar diretamente com o setor de recursos humanos ou com o banco do empréstimo original.
Restrições de acesso ao refinanciamento com troco
A idade limite varia por instituição, mas geralmente aposentados acima de 80 anos encontram mais dificuldade para aprovação devido ao prazo máximo permitido para quitação. Histórico de crédito negativo, com parcelas em atraso ou nome negativado, também pode resultar em reprovação da solicitação.
Outro fator determinante é a margem consignável disponível. Por lei, os descontos de empréstimos consignados não podem ultrapassar 35% da renda líquida mensal para aposentados e pensionistas, sendo que 5% adicionais podem ser destinados ao cartão de crédito consignado. Se você já comprometeu toda essa margem, não conseguirá refinanciar até liberar espaço no orçamento.
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Vantagens do refinanciamento com troco
O refinanciamento com troco oferece diversos benefícios que podem fazer diferença significativa no equilíbrio das finanças pessoais.
Acesso a dinheiro extra
Muitas pessoas usam esse recurso para fazer reformas necessárias na residência, evitando financiamentos mais caros ou parcelamentos no cartão de crédito com juros elevados. Por exemplo, se você recebe R$ 8.000 de troco, pode investir na troca do telhado ou na pintura completa da casa sem comprometer ainda mais o orçamento mensal.
Situações emergenciais também justificam o uso desse crédito adicional. Despesas médicas inesperadas, reparos urgentes em veículos ou necessidades familiares imprevistas podem ser resolvidas com o valor do troco, evitando o recurso a linhas de crédito mais onerosas como cheque especial ou cartão de crédito rotativo.
Outra aplicação inteligente é a quitação de dívidas com juros mais altos. Se você deve R$ 5.000 no cartão de crédito com taxa de 15% ao mês e recebe R$ 6.000 de troco de um consignado com taxa de 2% ao mês, a economia financeira é substancial. Essa estratégia de consolidação de dívidas pode representar economia de milhares de reais em juros ao longo do tempo.
Redução de parcelas
Embora o refinanciamento com troco reinicie o contrato com parcelas similares às originais, ele pode ajudar indiretamente na redução do comprometimento mensal da sua renda quando você usa o troco para quitar outras dívidas com parcelas mais altas.
Considere este cenário real: você paga R$ 400 mensais no empréstimo consignado, R$ 350 no cartão de crédito e R$ 200 em um crediário, totalizando R$ 950 por mês. Ao refinanciar o consignado e receber R$ 7.000 de troco, você pode quitar o cartão e o crediário completamente. Seu compromisso mensal cai de R$ 950 para apenas os R$ 400 do consignado refinanciado, liberando R$ 550 no orçamento.
É importante ressaltar que alguns bancos também oferecem a possibilidade de alongar o prazo durante o refinanciamento, o que pode resultar em parcelas menores que as originais. Essa opção deve ser avaliada com cuidado, pois prazos mais longos significam pagamento de mais juros ao longo do tempo, aumentando o custo total do crédito.
Menos burocracia
Comparado à contratação de um novo empréstimo ou à portabilidade de crédito, o refinanciamento com troco apresenta um processo significativamente mais simples e rápido. A instituição financeira já possui todo seu cadastro, documentação e histórico de pagamentos, dispensando grande parte da burocracia inicial.
Muitos bancos disponibilizam o refinanciamento através de canais digitais, permitindo que você faça toda a solicitação pelo aplicativo ou internet banking sem precisar ir até uma agência física. Esse processo digital reduz o tempo de espera e facilita o acompanhamento da solicitação em tempo real.
Em alguns casos, clientes que mantêm relacionamento positivo com a instituição e histórico de pagamentos em dia podem ter a documentação dispensada ou simplificada. O banco já conhece seu perfil financeiro e pode aprovar o refinanciamento com base apenas nas informações que já possui em sistema.
A análise de crédito também costuma ser mais rápida que em operações novas. Enquanto um empréstimo pessoal tradicional pode levar até 30 dias para aprovação e liberação, o refinanciamento com troco geralmente conclui todo o processo entre 7 e 10 dias úteis, chegando a ser ainda mais rápido em instituições totalmente digitais.
Desvantagens e cuidados antes de refinanciar
Apesar das vantagens atrativas, o refinanciamento com troco exige atenção a alguns pontos críticos que podem impactar negativamente suas finanças se não forem bem avaliados.
- Aumento do prazo total de endividamento: ao refinanciar, você essencialmente “reinicia o cronômetro” do empréstimo, voltando ao prazo original. Se você já havia pago 24 das 60 parcelas e faltavam apenas 36 meses para quitar completamente a dívida, o refinanciamento te coloca novamente em uma jornada de 60 meses de pagamentos.
- Esse alongamento do prazo resulta em pagamento de juros por um período muito maior. Mesmo que a taxa mensal pareça baixa em comparação com outras modalidades de crédito, o tempo adicional pode fazer com que você pague consideravelmente mais em juros totais. Por exemplo, em um contrato de R$ 15.000 com taxa de 2% ao mês, a diferença entre pagar por 36 ou 60 meses pode representar milhares de reais em custos adicionais.
- Comprometimento da margem consignável: ao refinanciar, você mantém ocupada a margem que poderia ser liberada gradualmente com a quitação do contrato original. Isso significa menos flexibilidade para contratar novos créditos no futuro caso surja uma necessidade real.
- O uso inadequado do troco: esse representa o maior risco dessa modalidade. Receber alguns milhares de reais na conta pode criar a ilusão de dinheiro “extra” ou “gratuito”, levando a gastos impulsivos e desnecessários. É fundamental lembrar que esse valor faz parte de uma dívida que será paga com juros, portanto deve ser tratado com responsabilidade.
- Faça simulações: antes de decidir pelo refinanciamento, é essencial simular diferentes cenários. Compare o custo total do empréstimo atual se você continuar pagando normalmente versus o custo total após o refinanciamento. Alguns bancos disponibilizam simuladores online que facilitam essa comparação, permitindo visualizar claramente os números de cada opção.
- Avalie se o troco será realmente bem utilizado: se você pretende usar o dinheiro para quitar dívidas com juros mais altos, a operação pode fazer sentido financeiro. Porém, se o objetivo é financiar consumo ou gastos não essenciais, talvez seja melhor continuar com o contrato original e aguardar sua quitação natural.
Quando vale a pena fazer um refinanciamento com troco?
Existem situações específicas nas quais essa modalidade se mostra particularmente vantajosa.
- Juros altos: se você deve valores consideráveis no cartão de crédito, com taxas que podem ultrapassar 10% ao mês, usar o troco para quitar essas pendências representa economia real e imediata. A diferença entre pagar 2% e 10% de juros mensais pode significar milhares de reais poupados ao longo de um ano.
- Necessidades emergenciais: despesas médicas não cobertas por plano de saúde, reparos urgentes que afetam a habitabilidade da residência ou situações familiares críticas são exemplos de momentos em que o acesso rápido a recursos pode ser fundamental. Nessas circunstâncias, o refinanciamento oferece uma alternativa mais barata que o cheque especial ou empréstimos pessoais tradicionais.
- Oportunidades de investimento com retorno garantido superior ao custo do crédito: se você identificou uma possibilidade de negócio ou investimento que renderá mais que os juros do empréstimo, usar o troco para essa finalidade pode ser estratégico. Por exemplo, comprar equipamentos para prestar serviços autônomos ou investir em capacitação profissional que aumentará sua renda futura.
- Consolidação de múltiplas dívidas pequenas em um único pagamento mensal: se você está perdendo o controle das diversas parcelas em diferentes datas de vencimento, usar o troco para unificar tudo simplifica a gestão financeira e reduz o risco de esquecimentos e atrasos.
Quando o refinanciamento com troco não vale a pena?
Por outro lado, o refinanciamento não vale a pena quando você está próximo de quitar o empréstimo original. Se faltam apenas 6 ou 8 parcelas para a quitação total, reiniciar um contrato longo pode não compensar, mesmo com o recebimento do troco. O ideal é aguardar a quitação e, se necessário, contratar um crédito novo com planejamento adequado.
Também não faz sentido refinanciar se você não tem um objetivo claro e necessário para o troco. Refinanciar apenas porque o banco ofereceu ou porque o dinheiro extra parece tentador pode resultar em gastos desnecessários e prolongamento de um endividamento que já estaria em fase final.
Finalmente, evite refinanciar quando sua situação financeira está instável ou você tem dúvidas sobre a capacidade de honrar as novas parcelas. O refinanciamento deve trazer alívio e organização, nunca representar um novo fardo ou risco de inadimplência.
Quais os requisitos para solicitar?
Para solicitar o refinanciamento com troco, você precisa atender a requisitos específicos estabelecidos pelas instituições financeiras.
- A documentação básica exigida inclui documento de identidade com foto como RG ou CNH, CPF regularizado sem pendências graves, comprovante de residência atualizado dos últimos três meses e comprovante de renda que demonstre a origem da remuneração mensal. Para aposentados e pensionistas, o extrato do INSS serve como comprovante de renda, enquanto trabalhadores CLT devem apresentar contracheque recente.
- O contrato original do empréstimo que será refinanciado também precisa estar em mãos, pois a instituição financeira precisa verificar as condições atuais, saldo devedor e histórico de pagamentos. Alguns bancos solicitam esses dados diretamente em seus sistemas, mas ter o documento facilita consultas e esclarecimentos durante o processo.
- Um requisito fundamental é ter quitado uma porcentagem mínima do contrato original. Cada instituição estabelece sua própria política, variando geralmente entre 15% e 30% do valor total já pago. Isso significa que se você contratou um empréstimo de R$ 20.000, pode precisar ter quitado entre R$ 3.000 e R$ 6.000 antes de se tornar elegível para o refinanciamento com troco.
- A margem consignável disponível é outro critério essencial. A legislação brasileira limita os descontos em folha para empréstimos consignados a 35% da renda líquida mensal, mais 5% para cartão de crédito consignado. Se você já atingiu esse limite máximo, não conseguirá refinanciar até que algum contrato seja quitado e libere margem.
- A análise de crédito avalia seu histórico de pagamentos, tanto do empréstimo atual quanto de outras obrigações financeiras. Inadimplências recentes, nome negativado ou múltiplas consultas de crédito em curto período podem dificultar a aprovação ou resultar em condições menos favoráveis.
- A idade do solicitante também influencia a aprovação, especialmente para aposentados e pensionistas. Instituições financeiras estabelecem idade máxima que, somada ao prazo do empréstimo, não pode ultrapassar certos limites. Por exemplo, se a política do banco estabelece idade máxima de 85 anos no final do contrato e você tem 75 anos, o prazo máximo oferecido será de 10 anos.
Como solicitar o refinanciamento com troco?
O processo de solicitação do refinanciamento com troco segue um passo a passo relativamente simples, especialmente se você já mantém relacionamento com a instituição financeira.
- Simulação detalhada: a maioria dos bancos oferece simuladores online em seus sites ou aplicativos, onde você pode inserir o valor do empréstimo atual, quanto já foi pago e verificar o provável valor de troco disponível. Essa simulação também mostra as novas condições de pagamento, taxa de juros aplicada, valor das parcelas e prazo total do contrato refinanciado.
- Formalizar a solicitação através dos canais oficiais da instituição: muitos bancos permitem todo o processo digitalmente através do aplicativo ou internet banking, enquanto outros exigem que você compareça a uma agência física ou central de atendimento. Correspondentes bancários credenciados também podem intermediar a solicitação, especialmente em cidades menores.
- Envio da documentação solicitada: caso opte pelo canal digital, geralmente é possível fotografar ou escanear os documentos e enviá-los diretamente pelo aplicativo. Certifique-se de que as imagens estão nítidas e legíveis para evitar rejeição por problemas técnicos. Se optar pelo atendimento presencial, leve originais e cópias de todos os documentos exigidos.
- Análise de crédito: esse processo pode levar de 2 a 5 dias úteis dependendo da complexidade e do volume de solicitações. Durante essa fase, o banco verifica seus dados cadastrais, consulta seu histórico em bureaus de crédito, confirma a margem consignável disponível e avalia sua capacidade de pagamento.
- Proposta formal: após aprovação da análise, você receberá todas as condições do refinanciamento: valor total do novo contrato, taxa de juros, prazo de pagamento, valor das parcelas mensais e quanto será liberado como troco. É fundamental ler atentamente cada cláusula antes de aceitar. Não hesite em solicitar esclarecimentos sobre qualquer ponto que gere dúvida.
- Assinatura do contrato: pode ser feita digitalmente através de certificado digital ou presencialmente na agência, dependendo das opções oferecidas pela instituição. Após a assinatura, o banco processa a quitação do contrato anterior e, em seguida, deposita o valor do troco em sua conta corrente. Esse depósito geralmente ocorre em até 2 dias úteis após a assinatura do novo contrato.
Quanto tempo demora para cair o dinheiro do troco?
Na maioria dos bancos, o processo completo desde a solicitação até o recebimento do dinheiro leva entre 7 e 10 dias úteis. Esse período engloba a análise de crédito, aprovação da proposta, assinatura do contrato, quitação do empréstimo anterior e liberação do troco. Instituições totalmente digitais podem oferecer prazos ainda mais curtos, chegando a 5 dias úteis em alguns casos.
Para agilizar o processo e garantir que tudo ocorra no menor tempo possível, siga algumas recomendações práticas. Mantenha seus dados cadastrais atualizados junto à instituição financeira, incluindo endereço, telefone e e-mail. Responda prontamente a qualquer solicitação do banco, seja para esclarecimentos ou envio de documentos adicionais.
Meu refinanciamento com troco foi negado, e agora?
Entre em contato com a instituição financeira e solicite explicações claras sobre os motivos da negativa. As causas mais comuns de reprovação são:
- Porcentagem mínima de pagamento não atingida: se a política do banco exige 25% do empréstimo quitado e você pagou apenas 18%, a solução é aguardar algumas parcelas adicionais antes de tentar novamente. Calcule quantos meses faltam para atingir o percentual necessário e planeje uma nova solicitação para esse momento.
- Margem consignável insuficiente: se você já comprometeu os 35% permitidos por lei ou não há margem disponível para comportar o novo contrato, é necessário liberar espaço. Isso pode ser feito quitando outro empréstimo consignado existente, aguardando a quitação natural de contratos próximos do fim ou solicitando a redução de limites em cartões consignados que estejam ocupando margem sem necessidade.
- Documentação desatualizada ou enviada incorretamente: verifique se todos os documentos estão dentro do prazo de validade, legíveis e correspondem exatamente aos dados cadastrados no banco. Comprovantes de residência com mais de três meses ou documentos ilegíveis costumam causar reprovações automáticas.
- Problemas no histórico de crédito: se você possui restrições ativas em seu CPF, o ideal é regularizar essas pendências antes de tentar novo refinanciamento. Negocie dívidas antigas, quite valores em aberto e aguarde a atualização dos bureaus de crédito. Esse processo pode levar alguns meses, mas melhora significativamente suas chances de aprovação futura.
- Idade limite excedida: principalmente para aposentados próximos das faixas etárias limite, você pode tentar negociar prazos menores que se encaixem nas políticas da instituição. Embora isso resulte em parcelas mais altas, pode viabilizar o refinanciamento se você tem capacidade de pagamento para valores maiores.
Se todas as tentativas com a instituição atual falharem, considere a portabilidade de crédito com troco para outro banco. Algumas instituições possuem políticas mais flexíveis ou atendem perfis de clientes diferentes. A portabilidade permite transferir sua dívida para um novo banco e, simultaneamente, receber o troco, funcionando de forma similar ao refinanciamento mas com outra instituição.
Comparação: refinanciamento com troco vs. portabilidade de empréstimo
Embora ambas as modalidades envolvam a renegociação de dívidas existentes, apresentam características distintas que impactam diretamente custos, prazos e benefícios.
Refinanciamento com troco
O refinanciamento mantém você na mesma instituição financeira onde já possui o empréstimo ativo. As principais características são:
Vantagens:
- Menos burocracia: dispensa nova análise cadastral complexa;
- Processo mais rápido: aprovação entre 7 e 10 dias úteis;
- Acesso imediato ao crédito extra: recebe o valor já pago de volta;
- Previsibilidade: taxas similares ao contrato original;
- Relacionamento estabelecido: banco já conhece seu histórico.
Desvantagens:
- Sem possibilidade de negociar taxas menores
- Limitado às condições do banco atual;
- Pode não ser a opção mais econômica se outras instituições oferecem condições melhores.
Portabilidade de empréstimo
A portabilidade transfere sua dívida para outra instituição financeira que ofereça condições mais vantajosas. Quando opta pela portabilidade com troco, você também recebe o valor correspondente às parcelas já pagas.
Vantagens:
- Potencial de economia significativa em juros;
- Possibilidade de negociar melhores condições;
- Acesso a taxas mais competitivas do mercado;
- Prazos mais flexíveis.
Desvantagens:
- Processo mais demorado: 15 a 30 dias úteis;
- Mais burocracia: análise cadastral completa desde o início;
- Possível resistência do banco original;
- Requer envio de toda documentação novamente.
Refinanciamento com troco no Home Equity
O refinanciamento com garantia de imóvel oferece as melhores taxas do mercado, mas exige cuidados especiais devido aos riscos envolvidos.
Características principais:
- Taxas de juros abaixo da média do mercado;
- Prazos de até 240 meses (20 anos);
- Empréstimo de até 60% do valor do imóvel;
- Ideal para consolidar múltiplas dívidas caras.
Vantagens:
- Juros significativamente mais baixos;
- Parcelas mensais menores;
- Prazos mais longos;
- Valores mais altos disponíveis. Na CashMe, o Home Equity, empréstimo com garantia de imóvel possui valores a partir de R$ 50 mil, até R$ 25 milhões.
Desvantagens e cuidados:
- Risco (ainda que muito raro), de perder o imóvel em caso de inadimplência;
- Processo mais demorado: 30 a 45 dias, que pode ser reduzido com o pronto envio das documentações;
- Exige documentação completa do imóvel.
Quadro comparativo
| Característica | Refinanciamento com Troco | Portabilidade de Empréstimo | Home Equity |
| Instituição financeira | Mesma do contrato atual | Nova instituição | CashMe e demais instituições |
| Prazo de aprovação | 7 a 10 dias úteis | 15 a 30 dias úteis | 30 a 45 dias |
| Recebe troco | Sim | Sim | Sim |
| Prazo máximo | 96 meses | 96 meses | 240 meses |
| Garantia exigida | Margem consignável | Margem consignável | Imóvel |
| Risco de perda de bem | Não | Não | Sim (muito raro) |
| Custos adicionais | Baixos | Baixos a médios | Embutidos na operação |
| Melhor para | Quem precisa de rapidez | Quem busca economia em juros | Quem tem imóvel e busca juros baixos |
Faça simulações detalhadas em todas as modalidades antes de decidir. Compare não apenas as taxas de juros, mas também o custo efetivo total, incluindo tarifas, seguros obrigatórios e IOF.
Perguntas frequentes sobre refinanciamento com troco
Esta seção reúne as dúvidas mais comuns sobre refinanciamento com troco para facilitar sua compreensão sobre o tema e auxiliar na tomada de decisão.
Posso refinanciar mais de uma vez?
Sim, é possível refinanciar o mesmo empréstimo múltiplas vezes, desde que você atenda novamente aos requisitos mínimos estabelecidos pela instituição financeira. Cada novo refinanciamento reinicia o contrato e você recebe novamente o valor correspondente às parcelas quitadas desde o último refinanciamento. No entanto, essa prática deve ser evitada, pois cada vez que você refinancia, aumenta o tempo total de endividamento e paga mais juros acumulados. O ideal é refinanciar apenas quando realmente necessário e com objetivo financeiro claro.
Qual o limite do valor de troco?
O valor do troco corresponde exatamente ao montante já pago no contrato original, sem acréscimos ou bônus. Se você quitou R$ 8.000 de um empréstimo, receberá esses R$ 8.000 como troco, descontados eventuais taxas administrativas da operação. Não existe possibilidade de receber valor superior ao já pago, diferente de um empréstimo novo onde você pode solicitar valores adicionais conforme sua margem disponível.
O refinanciamento afeta meu score de crédito?
O refinanciamento em si não prejudica seu score, mas a forma como você o utiliza pode impactar positiva ou negativamente sua pontuação. Se você usa o troco para quitar dívidas em atraso e passa a manter os pagamentos em dia, seu score tende a melhorar ao longo do tempo. Por outro lado, se você refinancia mas continua acumulando novas dívidas ou atrasa parcelas, seu score pode cair. O refinanciamento aparece nos bureaus de crédito como quitação do contrato anterior e abertura de novo contrato, o que é visto de forma neutra pelos sistemas de pontuação.
Preciso ter margem consignável livre?
Não necessariamente livre, mas você precisa ter margem suficiente para comportar as parcelas do novo contrato refinanciado. Como o refinanciamento geralmente mantém o valor das parcelas similar ao contrato original, a margem que já estava comprometida continua ocupada da mesma forma. O banco apenas verifica se não houve redução na sua renda que possa inviabilizar o pagamento das novas parcelas. Se você quiser refinanciar e contratar um empréstimo adicional simultaneamente, aí sim precisará de margem livre para as novas parcelas.
Posso cancelar o refinanciamento depois de solicitado?
Antes da assinatura do contrato, você pode desistir do refinanciamento a qualquer momento sem custos ou penalidades. Basta informar à instituição financeira que não deseja mais prosseguir. Após assinar o novo contrato, no entanto, a operação é considerada concluída e não pode ser cancelada. Você teria que quitar antecipadamente o novo contrato, o que pode envolver custos e perda do troco já utilizado. Por isso, é fundamental ter certeza absoluta antes de assinar qualquer documento.
O refinanciamento com troco tem custo?
A maioria das instituições não cobra tarifa específica para o refinanciamento, mas podem existir custos indiretos como o novo IOF sobre o valor refinanciado e eventual seguro prestamista obrigatório. Esses custos são geralmente inferiores aos de um empréstimo totalmente novo, mas devem ser considerados no cálculo da operação. Sempre solicite a discriminação completa de todos os custos antes de aceitar a proposta.
Quanto tempo depois de contratar um empréstimo posso refinanciar?
Depende da porcentagem mínima exigida pela instituição. Se o banco exige 20% do contrato quitado e suas parcelas representam 2% do valor total cada, você precisará aguardar pelo menos 10 parcelas pagas. Algumas instituições estabelecem também prazo mínimo de carência, como 6 ou 12 meses desde a contratação original, independentemente da porcentagem paga. Consulte diretamente com seu banco para conhecer as regras específicas.
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