Você construiu uma piscina, ampliou a sala ou reformou a cozinha, mas descobriu que precisa atualizar a documentação do imóvel? A averbação é o processo que formaliza essas mudanças no registro oficial da propriedade.
Muitos proprietários só descobrem a importância da averbação na hora de vender o imóvel ou solicitar um financiamento bancário. Nesse momento, percebem que a matrícula não corresponde à realidade atual da propriedade, o que pode gerar atrasos, custos extras e até mesmo a desistência do negócio.
Este guia completo vai esclarecer todos os aspectos da averbação de imóveis. Você vai entender quando é obrigatória, como fazer o processo, quanto custa e quais problemas evitar. Com essas informações, você consegue manter a documentação do seu imóvel sempre em dia e evitar dores de cabeça no futuro.
O que é averbação de imóvel?
Averbação de imóvel representa o registro oficial de mudanças que acontecem em uma propriedade depois que ela já foi registrada no cartório. Pense na matrícula do seu imóvel como a certidão de nascimento da propriedade. Assim como você atualiza seus documentos quando muda de endereço ou estado civil, a averbação faz essa atualização para o imóvel.
Quando você compra um apartamento, por exemplo, todas as informações básicas ficam registradas na matrícula: área, localização, proprietário anterior. Mas a vida não para por aí. Você pode reformar, construir uma garagem, instalar uma piscina ou até mesmo descobrir que as medidas originais estavam erradas.
A averbação documenta essas mudanças de forma legal e oficial. Sem ela, as alterações na propriedade não existem para o sistema registral brasileiro. Você pode ter construído a mais bela varanda do bairro, mas se não averbar, oficialmente ela não existe.
A averbação protege você e quem um dia pode comprar seu imóvel. Imagine vender uma casa com piscina, mas a matrícula só menciona o terreno original. O comprador pode questionar se aquela piscina foi construída legalmente ou se há algum problema.
Bancos também verificam a matrícula antes de aprovar financiamentos. Se as informações não batem com a realidade, você pode ter problemas para conseguir crédito usando o imóvel como garantia. Do ponto de vista legal, a averbação dá segurança jurídica e confirma que todas as mudanças foram feitas dentro da lei.
Algumas situações sempre exigem averbação: construções e reformas que mudam a área construída, correções de dados como medidas erradas na escritura original, mudanças no uso do imóvel de residencial para comercial, ou incorporação de terrenos vizinhos ao seu lote atual.
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Por que a averbação de imóvel é importante?
A averbação funciona como uma garantia de que seu imóvel está com toda a documentação em dia. Quando você mantém a matrícula atualizada, evita problemas que podem custar muito dinheiro e tempo no futuro.
A primeira vantagem está na valorização do imóvel. Um imóvel com documentação completa e atualizada vale mais no mercado. Os compradores pagam mais por propriedades que não trazem dor de cabeça. Se você construiu uma área de lazer ou ampliou a casa, essa valorização só conta oficialmente se estiver averbada.
Para negócios bancários, a averbação garante acesso a melhores condições de crédito. Bancos analisam a matrícula antes de aprovar financiamentos imobiliários ou refinanciamentos. Se as informações estão desatualizadas, você pode ter o crédito negado ou receber propostas com juros mais altos.
A segurança jurídica representa outro benefício crucial. Com a averbação em dia, você comprova que todas as alterações no imóvel seguiram as normas legais. Isso protege contra questionamentos futuros de vizinhos, prefeitura ou até mesmo de herdeiros em casos de inventário.
A averbação também facilita processos de herança e partilha de bens. Quando um imóvel precisa ser dividido entre herdeiros, a documentação atualizada agiliza todo o processo. Sem ela, os herdeiros podem enfrentar meses de burocracia adicional.
Do ponto de vista fiscal, manter a averbação em dia ajuda no cálculo correto de impostos. O IPTU, por exemplo, considera a área construída real. Se você ampliou a casa mas não averbou, pode estar pagando menos imposto do que deveria, o que gera problemas com a Receita Municipal.
Para empresários que usam imóveis comerciais, a averbação atualizada facilita licenças e alvarás. Órgãos municipais verificam se o uso registrado na matrícula corresponde à atividade exercida no local.
Tipos de averbação de imóvel
Averbação de construção
Este tipo registra novas construções feitas no terreno depois da compra original. Inclui casas construídas em terrenos vazios, ampliações de imóveis existentes, construção de garagens, churrasqueiras, piscinas ou qualquer estrutura permanente.
Para fazer essa averbação, você precisa do habite-se ou certificado de conclusão da obra emitido pela prefeitura. O documento comprova que a construção seguiu o projeto aprovado e está dentro das normas municipais.
Averbação de reforma
Reformas que alteram a área construída, mudam a distribuição dos cômodos ou modificam a estrutura original precisam ser averbadas. Não estamos falando de pintura ou troca de pisos, mas de obras que mexem com paredes, criam novos ambientes ou aumentam a metragem.
A reforma também precisa de aprovação da prefeitura antes de começar. Depois de pronta, o habite-se de reforma autoriza a averbação no cartório.
Averbação de retificação
Corrige informações erradas que constam na matrícula original. Os erros mais comuns envolvem medidas do terreno, área construída, nome de ruas ou numeração dos imóveis.
Para retificar, você precisa de um novo levantamento topográfico que comprove as medidas corretas. Se o erro for no endereço, basta apresentar documentos da prefeitura que confirmem a numeração atual.
Averbação de demolição
Registra a demolição total ou parcial de construções existentes no imóvel. Você remove da matrícula as estruturas que não existem mais, atualizando a área construída real.
A prefeitura precisa autorizar a demolição e emitir um certificado de conclusão dos trabalhos. Esse documento permite a averbação da nova situação do imóvel.
Averbação de unificação
Une dois ou mais terrenos vizinhos em uma única matrícula. Muito comum quando você compra o lote ao lado da sua casa e quer transformar tudo em uma propriedade única.
Todos os terrenos precisam estar livres de dívidas e pertencer ao mesmo proprietário. A prefeitura também precisa aprovar a unificação, verificando se não há impedimentos urbanísticos.
Averbação de desmembramento
Faz o contrário da unificação: divide um terreno grande em lotes menores. Cada pedaço vira uma matrícula independente, com seu próprio registro.
O desmembramento precisa seguir as regras de zoneamento da cidade. Nem todos os terrenos podem ser divididos, e existe um tamanho mínimo para cada lote.
Averbação de mudança de uso
Altera a destinação do imóvel na matrícula. Transforma um imóvel residencial em comercial, ou vice-versa. Também registra mudanças para uso misto quando você usa parte da casa para trabalhar.
A prefeitura precisa aprovar a mudança de uso, verificando se a atividade pretendida pode funcionar naquela região da cidade.
Quando deve ser feita a averbação?
A averbação deve acontecer sempre que você fizer mudanças significativas no imóvel. O prazo legal varia conforme o tipo de alteração, mas a regra geral exige que você faça a averbação em até 180 dias após concluir a obra ou descobrir o erro na documentação.
Após construções e reformas Assim que receber o habite-se da prefeitura, você tem esse prazo de 180 dias para averbar. Deixar passar desse tempo pode gerar multas e complicações futuras.
Quando descobrir erros na matrícula Se você encontrar informações incorretas na documentação do imóvel, faça a retificação o quanto antes. Quanto mais tempo passar, mais difícil fica comprovar qual informação está certa.
Antes de vender o imóvel Muitos proprietários só descobrem que precisam averbar na hora de vender. Para evitar atrasar a negociação, verifique se a matrícula está atualizada antes de colocar o imóvel no mercado.
Em processos de inventário Quando o proprietário falece, os herdeiros precisam regularizar toda a documentação para fazer a partilha. Averbações pendentes atrasam e encarecem o inventário.
Para adequação fiscal Se você ampliou o imóvel mas continua pagando IPTU sobre a área antiga, a Receita Municipal pode cobrar a diferença com juros e multa. Fazer a averbação evita esses problemas.
Mudanças no entorno Quando a prefeitura altera o nome da rua, muda a numeração dos imóveis ou cria novos bairros, você precisa atualizar essas informações na matrícula.
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Como realizar a averbação de um imóvel?
O processo de averbação segue etapas bem definidas que você pode fazer sozinho ou com ajuda de um profissional. O caminho mais seguro envolve contratar um arquiteto ou engenheiro para acompanhar desde o projeto até a conclusão da averbação.
1. Prepare a documentação básica Reúna a matrícula atualizada do imóvel, seu RG, CPF e comprovante de residência. Se o imóvel tem mais de um proprietário, todos precisam participar do processo.
2. Faça o projeto e aprovação na prefeitura Para construções e reformas, você precisa de um projeto técnico assinado por arquiteto ou engenheiro. A prefeitura analisa se o projeto segue as normas de zoneamento e código de obras da cidade.
3. Execute a obra conforme o projeto aprovado Mudanças durante a execução podem gerar problemas na hora de obter o habite-se. Qualquer alteração no projeto original precisa ser aprovada pela prefeitura antes da execução.
4. Solicite a vistoria e o habite-se Depois da obra pronta, a prefeitura faz uma vistoria para verificar se tudo foi feito conforme o projeto. Se estiver tudo certo, emite o habite-se ou certificado de conclusão.
5. Contrate o levantamento topográfico Um topógrafo faz as medições precisas do terreno e construções. Esse levantamento atualizado será usado para corrigir a matrícula do imóvel.
6. Prepare os documentos para o cartório Além da documentação pessoal e da matrícula, você precisa do habite-se, do levantamento topográfico e da ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) do profissional responsável.
7. Protocole o pedido no cartório de registro de imóveis O cartório analisa toda a documentação e faz a averbação se estiver tudo correto. O processo no cartório demora entre 15 e 30 dias úteis.
8. Pague as taxas do cartório Os custos variam conforme o valor do imóvel e o tipo de averbação. Cartórios cobram emolumentos que seguem tabelas estaduais.
9. Retire a nova matrícula Depois da averbação, você recebe a matrícula atualizada com todas as informações corrigidas. Guarde esse documento com cuidado, pois ele comprova a situação atual do imóvel.
Quanto custa para averbar um imóvel?
Os custos de averbação variam conforme o estado, o valor do imóvel e o tipo de procedimento. Em São Paulo, por exemplo, os emolumentos do cartório custam entre R$ 800 e R$ 2.500 para a maioria das averbações.
Emolumentos do cartório Representa o maior custo do processo. Cada estado tem sua tabela de preços, calculada sobre o valor venal do imóvel ou um valor fixo conforme o tipo de averbação.
Honorários profissionais Arquitetos e engenheiros cobram pela elaboração do projeto, acompanhamento da obra e documentação técnica. Os valores variam entre R$ 2.000 e R$ 8.000, dependendo da complexidade.
Levantamento topográfico O topógrafo cobra entre R$ 800 e R$ 2.000 para fazer as medições do terreno. Terrenos maiores ou com topografia difícil custam mais caro.
Taxas da prefeitura A aprovação do projeto na prefeitura gera custos que variam conforme o município. Pode custar de R$ 200 a R$ 1.500, dependendo da área construída.
Documentação adicional Certidões, cópias autenticadas e outros documentos somam entre R$ 100 e R$ 300 ao custo total.
Fatores que influenciam o preço Imóveis de maior valor geram emolumentos mais altos. Averbações complexas, como unificação de terrenos ou correção de múltiplos erros, custam mais que averbações simples.
O custo total de uma averbação residencial comum fica entre R$ 4.000 e R$ 12.000. Pode parecer caro, mas representa um investimento na valorização e segurança jurídica do imóvel.
Consequências de não fazer a averbação
Deixar de averbar mudanças no imóvel traz consequências que podem custar muito mais que o processo de regularização. Os problemas aparecem principalmente na hora de vender, financiar ou deixar de herança.
Dificuldades na venda Compradores desconfiam de imóveis com documentação desatualizada. Muitos desistem da compra quando descobrem que precisam arcar com os custos de regularização. Você pode ser obrigado a baixar o preço ou assumir os gastos da averbação.
Negativa de financiamento Bancos rejeitam propostas de crédito quando a matrícula não corresponde à realidade. Imóveis não averbados enfrentam dificuldades especiais nos processos de financiamento. Se você construiu uma área de lazer que valoriza o imóvel, mas ela não está averbada, o banco não considera essa valorização na análise.
Problemas fiscais A Receita Municipal pode cobrar IPTU retroativo se descobrir que você ampliou o imóvel sem atualizar a documentação. Além do valor principal, incide juros e multa que podem dobrar ou triplicar a dívida.
Complicações em inventários Herdeiros enfrentam custos e atrasos extras para regularizar a documentação antes de fazer a partilha. O inventário pode demorar meses a mais, gerando honorários advocatícios e custas judiciais adicionais.
Multas e penalidades Algumas prefeituras multam proprietários que não fazem a averbação no prazo legal. Os valores variam, mas podem chegar a milhares de reais.
Perda de direitos Em casos extremos, construções não averbadas podem ser consideradas irregulares, mesmo que tenham sido aprovadas inicialmente. Isso pode obrigar demolições ou reformas caras.
Desvalorização do imóvel Imóveis com problemas de documentação valem menos no mercado. A diferença pode chegar a 20% ou 30% do valor de mercado. Para entender melhor como calcular o valor correto de um imóvel para venda, a documentação atualizada é fundamental.
Dicas para evitar problemas na averbação
Algumas precauções simples evitam dor de cabeça e gastos extras durante o processo de averbação. A preparação adequada faz toda a diferença.
Contrate profissionais qualificados Arquitetos e engenheiros experientes conhecem as exigências dos órgãos públicos e evitam erros que atrasam o processo. Verifique se o profissional tem registro ativo no conselho de classe.
Mantenha o projeto original atualizado Qualquer mudança durante a obra precisa ser aprovada pela prefeitura antes da execução. Improvisos podem inviabilizar a obtenção do habite-se.
Acompanhe os prazos Prefeituras têm prazos para análise de projetos e emissão de habite-se. Acompanhe o andamento e cobre retornos quando necessário.
Organize toda a documentação Mantenha originais e cópias de todos os documentos em local seguro. Perder documentos durante o processo gera atrasos e custos extras.
Faça vistoria prévia Antes de solicitar o habite-se, verifique se a obra está exatamente conforme o projeto aprovado. Corrija qualquer divergência antes da vistoria oficial.
Pesquise os custos antecipadamente Consulte a tabela de emolumentos do seu estado e peça orçamentos detalhados dos profissionais. Isso evita surpresas no orçamento.
Verifique a situação fiscal do imóvel Certifique-se de que não há dívidas de IPTU ou outras pendências antes de iniciar a averbação. Alguns cartórios exigem certidões negativas.
Mantenha comunicação constante Converse regularmente com o profissional responsável e com o cartório. Acompanhe cada etapa do processo para identificar problemas rapidamente.
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Principais dúvidas sobre averbação de imóveis
Posso fazer a averbação sozinho, sem profissional?
Para retificações simples, como correção de endereço, você pode fazer sozinho. Mas averbações de construção exigem projeto técnico e acompanhamento profissional.
Quanto tempo demora o processo completo?
Depende da complexidade e da agilidade dos órgãos públicos. Em média, leva de 3 a 6 meses desde a aprovação do projeto até a conclusão da averbação.
Posso averbar uma obra antiga que nunca foi regularizada?
Sim, mas pode ser mais complicado. Você precisa comprovar que a construção seguiu as normas vigentes na época. Em alguns casos, pode ser necessário adequar a obra às normas atuais.
A averbação aumenta automaticamente o IPTU?
Sim, se você ampliou a área construída. O imposto é calculado sobre a área total, então qualquer aumento será refletido no IPTU.
Posso vender o imóvel com averbação pendente?
Tecnicamente sim, mas é arriscado. O comprador pode exigir desconto no preço ou até desistir da compra. O ideal é regularizar antes de vender. Para outras formas de usar seu imóvel como garantia, conheça o Home Equity, que permite acesso a crédito mesmo sem vender o imóvel.
Obras sem habite-se podem ser averbadas?
Não. O habite-se comprova que a obra seguiu o projeto aprovado. Sem ele, o cartório não faz a averbação.
Averbação de demolição é obrigatória?
Sim, se você demoliu parte significativa da construção. A matrícula precisa refletir a situação atual do imóvel.
Posso fazer várias averbações ao mesmo tempo?
Sim, se todas se referem ao mesmo imóvel. Isso pode até sair mais barato que fazer separadamente.