entenda o que é renda fixa e como funciona

Renda fixa: tudo que você precisa saber para começar a investir

16 set 2021
27min de leitura

Renda fixa é sinônimo de previsibilidade. Ela é caracterizada por investimentos nos quais a pessoa tem noção da rentabilidade que será obtida. O que garante mais segurança, diferente da renda variável. A renda fixa pode ser prefixada ou pós-fixada. Alguns exemplos são tesouro direto, CDB, LCI e LCA. 

Deixar suas economias paradas ou na poupança não é a melhor forma de você cuidar do seu dinheiro. Na verdade, essa é uma grande chance de deixar com que ele se desvalorize devido a fatores como a inflação.

Um primeiro passo (e fácil!) para contornar isso é começar a dedicar tempo à sua educação financeira. E a renda fixa é um bom ponto de partida para essa jornada!

Continue a leitura e entenda como a renda fixa funciona, quais são seus riscos e rendimentos, e o passo a passo para fazer boas escolhas na hora investir o seu dinheiro. Aproveite e boa leitura!

Mas, o que é renda fixa?

Em primeiro lugar, o mundo pós-pandemia revelou um grande impacto na relação entre pessoas, trabalho e dinheiro. Segundo a ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), os investimentos tiveram um crescimento de 6,8% em 2021 até setembro.  

Certamente nunca antes essa possibilidade esteve tão ao alcance da população. Porém, antes de começar a fazer qualquer aplicação, você precisa entender algumas coisas. Por exemplo, o seu perfil de investidor e como escolher investimentos que não prejudiquem sua reserva de emergência ou seu patrimônio familiar. E é exatamente aí que entra a renda fixa!

Nos últimos anos, além de ter ficado mais fácil o acesso ao mundo das ações e capitais, as pessoas também começaram a se preocupar com a variedade dos seus próprios rendimentos. Mas nem todo mundo se sente confortável em (ou pode) assumir riscos – por isso a previsibilidade da renda fixa é tão atraente.

Como falamos antes, sua rentabilidade pode ser prevista desde o momento da aplicação e, por causa disso, é considerada o investimento ideal para quem está começando.

Como funciona a renda fixa?

Agora que você já entendeu quais são as características desse investimento e qual é o melhor momento para fazê-lo, vamos à prática? 

A previsibilidade desse ativo se dá pelo conhecimento prévio de como será a rentabilidade. Isso não quer dizer que você saberá o valor exato no momento da aplicação, mas você sempre conhecerá as regras do jogo.

Percebe que não se trata de um valor preciso? Isso acontece porque existe uma série de investimentos que são possíveis! Para você entender melhor, seus títulos podem ser classificados como pré-fixados, pós-fixados e híbridos. Tudo depende dos termos da aplicação.

Por exemplo, na modalidade pré-fixada, não importa o que aconteça no mercado, a rentabilidade se manterá fixa. Se o título previa um rendimento de 8% ao ano, ele terá esse rendimento até a data do vencimento. Sem truques na manga, sem surpresas! 

É um investimento feito por quem acredita que as taxas de juros vão se manter atrativas – similares ou ainda menores às do momento da aplicação. Porém, é preciso estar atento a uma coisa: o resgate antecipado pode causar prejuízo! E isso influencia qual título você deve escolher para aplicar sua reserva de emergência.

Mais precisamente, o recomendado é que as aplicações pré-fixadas sejam feitas quando se tem um objetivo de longo prazo bem definido, como uma viagem ou a compra de um imóvel.  

Já os títulos pós-fixados são previsíveis pelos termos do rendimento. O que acontece é que eles estão atrelados a algum indexador da economia e, por isso, variam de acordo com essas mudanças. Normalmente, os parâmetros são a taxa Selic e o CDI. E aí, na prática, o emissor paga diariamente um percentual desses indexadores.

Nos últimos anos, alguns bancos digitais se destacaram por fazerem essa valorização com o dinheiro deixado em conta. Uma estratégia para atrair novos clientes e que funciona muito bem para todos os lados. Sua única preocupação deve ser com relação às garantias do banco ou da carteira digital. Procure sempre verificar a solidez da empresa e as garantias, como a do FGC. 

O último tipo de título é o híbrido, que tem a rentabilidade dividida em uma parte fixa e outra variável. Assim, o investidor recebe a porcentagem pré-fixada e também a variação conforme o indexador combinado. 

A título de exemplo, pense em um ativo híbrido de  5,0% + IPCA. A rentabilidade será de 5,0%, mais a variação sofrida pelo IPCA – se for levado até o vencimento.

Aqui, também é preciso tomar cuidado com o resgate antecipado, o que pode causar prejuízo financeiro. 

Para quem é este tipo de investimento? 

Seja você um investidor iniciante ou conservador, conhecer todas as condições previamente traz um grande conforto. 

Apesar de previsíveis, os rendimentos podem ser bastante atraentes. Sem mencionar que podem ser a base do seu patrimônio.

Então uma ótima estratégia é deixar sua reserva de emergência total ou parcialmente aplicada em renda fixa. Assim você não prejudica a saúde das finanças e nem perde dinheiro para a poupança.

O que você precisa saber, desde já, é que a renda fixa é uma excelente opção para estar presente na carteira de investimentos de todo mundo!

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Quais são as vantagens da Renda Fixa? 

Primeiramente, a maior vantagem é com relação à rentabilidade, que é estável e recorrente. Se a aplicação for levada até o vencimento, você consegue facilmente encontrar investimentos que rendem 100% do CDI. 

Outra vantagem é a segurança, já que seu dinheiro estará tão seguro quanto na poupança – se não mais! Então se essa é uma preocupação, já pode ficar tranquilo.

Você encontra facilmente investimentos com garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) de até R$1 milhão. Isto é, se o emissor falir, você não vai perder nada até esse valor.

Ainda não está convencido? É hora de pensar nas facilidades. Os investimentos são feitos todos online, não precisam ser acompanhados diariamente e o aporte inicial pode ser de apenas R$30,00!

Mas não é só isso. Como dito lá em cima, é um investimento indicado para a sua reserva de emergência. E o motivo disso é bem simples: há títulos com liquidez diária e isenção de impostos.

Só para você visualizar melhor todos os pontos positivos: 

  • Rentabilidade
  • Segurança
  • Facilidade
  • Liquidez diária
  • Isenção de impostos

Qual a diferença entre renda fixa e renda variável?

A renda fixa, assim como a renda variável, é um tipo de ativo financeiro. Contudo, as semelhanças se encerram por aí! 

Enquanto a renda fixa é atrativa por sua previsibilidade, a renda variável está na contramão disso. Ou seja, seus ativos dependem de toda uma análise mais complexa e frequente do cenário econômico e político do país. 

Assim, no caso da renda variável, os ganhos podem ser tanto maiores quanto menores do que o esperado. O que é um grande indicador de que esse investimento não é recomendado para a sua reserva de emergência! Lembre-se sempre que essa parte do patrimônio não deve ser arriscada.

A renda variável é uma negociação que combina mais com investidores de risco e demanda certo sangue frio. Você terá que observar os aumentos e quedas no longo prazo. E, assim como sua rentabilidade, esses ativos dependem totalmente do mercado para sofrerem valorizações ou não, e não do investidor.

Por outro lado, quanto maiores os riscos, maiores tendem a ser os ganhos. Por isso, a renda variável é vista como mais rentável. Pense sempre que quanto maiores forem os riscos, maiores serão as chances de você perder dinheiro.

Quais os investimentos em renda fixa? 

Os dois investimentos de renda fixa mais conhecidos são o Tesouro Direto e o CDB, mas existem outros. O título mais recomendado para quem está iniciando nesse mundo é, com certeza, o Tesouro Selic – um dos tipos de Tesouro Direto.

O emissor desse título é o próprio governo, por isso é tão garantido. A premissa é que você empresta dinheiro ao poder público e recebe juros por conta disso. Dessa forma, a principal vantagem é que seu rendimento equivale à taxa básica de juros. Ou seja, se a Selic está em 13,65%, esse será o rendimento anual do Tesouro Selic. 

Então, se o que você busca é uma aplicação que renda mais do que a poupança e que você possa resgatar a qualquer tempo, o Tesouro Direto é uma ótima opção para você!

Sem perda de lucro com o resgate antecipado, você fica livre para fazer o resgate quando precisar. Não importando se é um título de curto prazo, como o Tesouro Selic, ou longo prazo, como o IPCA e o Pré-fixado.

Outra opção interessante é o CDB. Essa é a sigla para Certificados de Depósito Bancário e são empréstimos feitos aos bancos. Com esses valores, eles financiam suas atividades de crédito e mantêm o capital circulando.

Sendo assim, todo o valor acumulado é repassado como empréstimo para outras pessoas. E, como contrapartida, os investidores recebem os juros por um determinado período. Tal como é o caso do Tesouro Selic, a rentabilidade varia. 

Os três modelos mais comuns são o pré-fixado, o pós-fixado e o atrelado à inflação. Pois é, é a mesma classificação usada pela própria renda fixa. Contudo, a maior questão com relação ao CDB é o valor mínimo da aplicação. As instituições negociam títulos a partir de R$500,00, mas, quanto mais próximo ao valor mínimo, menor o retorno.   

Outro ponto para ficar atento é com relação à liquidez. E é aí que você precisa ficar esperto para o caso de o investimento ser da sua reserva de emergência. Em alguns casos, a liquidez só passa a ser diária após um período pré-determinado. 

Por isso, antes de investir, confira os prazos de investimento, a rentabilidade e avalie se faz sentido para a sua estratégia! Você também pode investir em LCA e LCI. Elas são, respectivamente, letras de crédito do agronegócio (LCA) e de crédito imobiliário (LCI). Ambas são emitidas por bancos e são destinadas a fomentar os setores referentes. 

São títulos com rentabilidades interessantes, principalmente para quem deseja diversificar a carteira. E são isentos de impostos! No entanto, sua grande desvantagem está na liquidez. Retirar o investimento antes do prazo pode causar a perda dos rendimentos. 

E, por fim, o último dos principais títulos de renda fixa são os debêntures. Estes são emitidos pelas próprias empresas quando desejam captar recursos. Ou seja, quando possuem, por exemplo, o intuito de expandir ou de engajar em um novo projeto. É indicado para investimentos de longo prazo pela baixa liquidez, mas pode trazer grandes vantagens financeiras.

Existem outros caminhos?  

Para quem já se sente confortável com riscos um pouco maiores, o CRI e o CRA podem ser atrativos. 

Esses títulos são semelhantes ao LCI e ao LCA por estarem atrelados ao mercado imobiliário e ao agronegócio. Contudo, diferentemente do LCI e do LCA, eles são emitidos pelas próprias securitizadoras. Ou seja, estão ligados às próprias empresas captadoras. 

Nesses casos, o mais comum é que haja uma garantia real aos investidores. O que pode acontecer através de imóveis ou terrenos, já que não há garantias do FGC

Como falamos, o risco é um pouco maior, mas os benefícios incluem a rentabilidade e a isenção de tributos. Antes de fazer um investimento desse tipo, pesquise cuidadosamente as instituições. Elas devem não só ser reconhecidas, como também ter notas altas de rating.

Talvez você já tenha ouvido falar sobre os Fundos de Investimentos. Eles são, basicamente, carteiras que vinculam grande parte do patrimônio em ativos atrelados a taxas de juros e índice de preços, ou a ambos. 

Nesse investimento, acontece uma espécie de “condomínio”. Isto é, os títulos são compartilhados por vários investidores que alocaram recursos na aplicação. Os ganhos e as perdas, portanto, são partilhados entre eles. 

Por último, deixamos a aplicação mais popular no Brasil e o motivo para você evitá-la! Todo mundo já ouviu conselhos sobre não deixar o dinheiro debaixo do colchão, certo? Existem algumas explicações para isso. Primeiro, não há garantias. Caso qualquer coisa aconteça com esse dinheiro, ele está perdido. Em segundo, dinheiro parado não é um bom negócio.

Então, o que fazer?

Durante muitos anos, a poupança foi a escolha certa. As pessoas acumulavam pouco a pouco suas economias e as deixavam guardadas no banco. Por segurança ou garantia, não importa. 

Só que os tempos são outros! Quando você deposita o seu dinheiro em uma poupança, você está emprestando dinheiro para o banco sem receber nenhuma contrapartida. 

Isso porque, apesar de haver um rendimento, o percentual é muito baixo. Baixo o suficiente para você perder dinheiro por causa da inflação. 

E com relação à garantia, até as instituições bancárias mais sólidas são empresas. Portanto, elas correm os mesmos riscos que todas as outras. 

Pense, por exemplo, na grande crise econômica iniciada em 2008, nos Estados Unidos. Grandes bancos foram à falência quando a bolha econômica se tornou insustentável e estourou. Aquela foi considerada a maior crise econômica desde A Grande Depressão, em 1929. 

Portanto, quando tentarem te convencer de que esse é o melhor investimento, lembre-se que existe uma alternativa mais segura e rentável: o Tesouro Direto.

Agora que você conhece os principais tipos de renda fixa, é hora de entender melhor esse terreno antes de desbrava-lo!

Renda fixa é um investimento de risco? 

Você deve estar se perguntando: “será que a renda fixa é mesmo um investimento garantido?”. E a nossa resposta precisa ser bastante honesta. 

Mesmo ela sendo conhecida por sua previsibilidade, ainda se trata de um investimento. Portanto, nenhuma opção é totalmente isenta de riscos. Mas se você parar para pensar, um risco mínimo existe mesmo quando seu dinheiro está apenas parado na poupança!

E é disso que estamos falando aqui: os riscos desse investimento são bem pequenos.

Os principais são:

  • Risco de crédito: o emissor não conseguir pagar na data combinada. Seja por uma mudança nas regras de pagamento do governo ou por força de uma falência. Nesses casos, o valor investido e os juros podem ser comprometidos. 
  •  Risco de inflação: a inflação é maior do que o rendimento. Essa é uma possibilidade que afeta o poder de compra da população. Por consequência, também é capaz de reduzir o valor investido. 
  • Risco da taxa de juros: com taxas de juros mais elevadas do que o esperado, o rendimento pode ficar abaixo do previsto. As taxas de juros podem ser indexadoras de alguns títulos, então é uma possibilidade quando os investimentos são pré-fixados. 

Isso significa que você vai perder o seu dinheiro? Não necessariamente! E isso é uma das características que mais pesam na hora de investir em renda fixa. 

Quer saber como? É só continuar a leitura!

É possível diminuir os riscos de investimentos? 

Já adiantamos que os riscos são inerentes a qualquer escolha no mercado financeiro – inclusive na poupança. Porém, não é necessário assumir riscos grandiosos. O ideal, muito pelo contrário, é que você proteja o seu patrimônio da melhor maneira.

Mesmo quando está disposto a arriscar um pouco mais! E a sabedoria é, sem dúvidas, a grande aliada dos melhores resultados. 

Para você investir com tranquilidade e segurança, listamos algumas precauções que farão toda a diferença – em qualquer tipo de investimento:

1. Conheça o seu perfil

Essa etapa é fundamental para que você entenda que tipo de investidor você é. Quando você se força para fora da zona de conforto, a insegurança pode prejudicar os seus resultados. Como falamos antes, um resgate antecipado, por exemplo, pode causar prejuízos. 

2. Identifique os seus objetivos

Além da possibilidade de ganhos, que podem ser muito atraentes, você precisa saber o que quer. Se o seu objetivo é de curto prazo, a liquidez e a proteção são essenciais. Se o objetivo é de longo prazo, você pode aceitar um risco um pouco maior. Então não se deixe encantar pela melhor rentabilidade, principalmente quando ela não está de acordo com seus objetivos!

3. Tenha dinheiro em alta liquidez

Uma carteira diversificada pode, sim, implicar em alguns investimentos mais arriscados. Contudo, eles não podem ser o único tipo de títulos adquiridos. A sua reserva de emergência deve estar sempre acessível! Afinal, em caso de emergência financeira, você precisa ter mecanismos seguros para reaver o dinheiro.

4. Conheça as suas garantias

Essa é uma estratégia que já foi mencionada anteriormente. Estar atento a elas é definitivamente a melhor forma de reduzir as chances de perdas. Verifique sempre as instituições financeiras por trás do investimento e faça escolhas estratégicas. 

Principalmente para a sua reserva de emergência, combinado? 

A rentabilidade da Renda Fixa é realmente boa? 

A rentabilidade da renda fixa está diretamente atrelada ao valor da Selic. É ela que determina o valor do CDI e afeta diretamente o IPCA. 

Para você entender melhor, a taxa Selic é usada para controlar a inflação. Em contrapartida, o IPCA é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, indicando a variação de custo de vida das famílias. Ou seja, indica a inflação. 

O CDI, por sua vez, é a taxa de juros aplicada nas transações entre os próprios bancos. Essas são transações muito comuns, feitas para que os bancos encerrem todos os dias com as contas positivas – vamos falar mais sobre isso depois. 

Por exemplo, para um banco emprestar dinheiro aos seus clientes, o dinheiro precisa sair dos seus cofres. Contudo, por lei, o saldo no fim do dia jamais pode ser devolvido. Então os bancos realizam empréstimos de curto prazo entre si para que todos fiquem “no verde”; 

Quando a Selic está em ascensão, os melhores investimentos são calculados em cima dela. Por outro lado, quando ela está em queda, os pré-fixados podem ser mais interessantes, já que a taxa anual será fixa.

Para ter uma rentabilidade realmente boa, o mais indicado é que você acompanhe os percentuais dessas taxas e faça as aplicações conforme o mais interessante no momento.

De quanto dinheiro você precisa para começar a investir?

Mencionamos antes que algumas instituições financeiras têm oferecido condições especiais para atrair novos clientes. Essas instituições são conhecidas por serem carteiras digitais e oferecem rentabilidade a partir dos índices do CDI. 

Com essas carteiras, é possível colher rendimentos a partir de absolutamente qualquer valor. Contudo, é preciso estar atento às garantias oferecidas por cada instituição, lembra? Escolha empresas confiáveis e bem referenciadas.

Mas essa não é a única opção e muito se engana quem acredita ser preciso muito dinheiro para começar a investir. Os investimentos devem ser feitos com base no quanto você ganha, não no quanto sobra! 

Você sempre pode começar fazendo pequenos aportes mensais. Pequenos mesmo, menos do que uma pizza! É possível começar investindo com R$30,00 em uma fração de título do Tesouro Direto, por exemplo. E antes que você pense que é muito pouco para ter uma boa rentabilidade, lembre que aplicar R$30,00 todos os meses dará um retorno trinta vezes maior do que aplicar zero reais. 

Qual a melhor época do ano para investir?

Em via de regra, a análise sobre qual investimento de renda fixa é mais interessante é feita anualmente.

Esse intervalo de tempo é o suficiente para que se entenda como o contexto econômico do país e do mundo será. Evidentemente é apenas uma projeção, mas já funciona bem como guia para boas escolhas. O que precisa de atenção é a volatilidade!

Grandes eventos tendem a trazer certa volatilidade para as taxas de juros que, como você viu, influenciam a renda fixa. 

Volatilidade é a variação de um ativo, isto é, as oscilações do lucro dado em um determinado intervalo de tempo. Quanto maior a volatilidade, maior a variação de preço em um período curto de tempo. 

Por exemplo, o cenário político tem uma influência considerável nas regras do jogo da economia. O que, evidentemente, impacta os mercados financeiros. E não precisam ser eleições presidenciais. Discussões legislativas mais acaloradas já afetam as regras desse jogo.

Portanto, mais importante do que tentar conectar as vantagens de um investimento em renda fixa com uma época do ano, o ideal é entender o contexto como um todo. 

E lembre-se: nem tudo o que parece, é! Mesmo quando a situação parece ser a mais polarizada possível, a realidade pode ser bastante diferente.

A título de exemplo, olha só os dados do Ibovespa a respeito da volatilidade, antes e depois das eleições, desde 1988:

Os dados desse ano ainda não foram divulgados, justamente porque é uma previsão futura, mas a estimativa é a de que não será tão diferente dos últimos pleitos eleitorais. 

Por isso, mantenha a calma e acompanhe as projeções anuais antes de definir quais aplicações fará!

É um investimento rápido? 

Se você está se perguntando em quanto tempo pode ter retorno investindo em renda fixa, a resposta é que depende. Falamos lá em cima que você precisa ter os seus objetivos definidos. O motivo é simples: a aplicação ideal depende se o seu objetivo é de curto ou longo prazo.

No caso de aplicações de curto prazo, são considerados os investimentos de 3 a 12 meses. A sua reserva de emergência, por exemplo, pode estar parcialmente aplicada em investimentos como esse. 

Dentre as opções que te apresentamos lá em cima, alguns são fortemente indicados se o seu objetivo é de curto prazo:

  1. LCI: isentos de Imposto de Renda, há títulos com prazos de 180 a 365 dias e que podem render 100% do CDI. 
  2. LCA: isentos de Imposto de Renda, há títulos que também vencem a curto prazo, mas tendem a ser maiores do que o da LCI.
  3. CDB: com uma rentabilidade que tende a ser de 130% do CDI, você só precisa ficar atento à liquidez. 
  4. Tesouro Selic: é a opção mais segura para curto prazo. Com um bom rendimento, mesmo com o desconto de IR.
  5. Fundos de Curto Prazo: sua rentabilidade costuma ser indexada pelo CDI ou Selic e podem ser encontrados também para curto prazo.

Se o seu objetivo para o investimento for algo mais para frente, recomendamos que você procure aplicações com prazo mais longo. Já são considerados de longo prazo os vencimentos superiores a 365 dias. 

O princípio é o mesmo: você está emprestando dinheiro para alguém e recebe os juros por isso. Porém, é possível encontrar prazos bem maiores do que esse e isso traz uma grande vantagem financeira. 

Esse tipo de investimento é premiado com os juros compostos! Isso significa que, sobre os juros que você recebe ao fazer o investimento, são adicionados novos juros. 

Para compensar as vantagens do longo prazo, você precisa planejar com mais cuidado. Se a taxa Selic está em queda, as remunerações também irão acompanhar essa diminuição, então quanto maior o prazo, maior devem ser os juros. 

Em alguns casos, com vencimento mais demorado, um título do Tesouro Direto pode render até 230% do CDI!

Por isso é importante estudar de forma mais completa cada investimento antes de comprometer o seu dinheiro.

Mas, afinal, o que é CDI?

Em linhas diretas, o CDI é o Certificado de Depósito Interbancário (CDI). Esse é o nome usado para se referir aos empréstimos que são feitos de uma instituição financeira para outra. 

Como falamos antes, os bancos fazem negociações entre si para encerrar o dia sempre com o saldo positivo. E isso é importante para todos justamente por causa do impacto nas taxas de juros!

É uma transação muito praticada e segura, já que existe a promessa de pagamento e garantias de que se receberá o valor de volta. 

Quem define o percentual do CDI, diariamente, é a própria Bolsa de Valores (B3). Dentre os parâmetros utilizados, o maior destaque é o das operações realizadas naquele dia. 

Mas você não precisa se preocupar com um acompanhamento tão específico! A média mensal e anual são mais relevantes para investidores iniciantes. Mais precisamente, elas são fruto da média de todas as taxas diárias verificadas pela B3.

Assim sendo, o CDI é importante para você porque é o índice de referência mais comum para os investimentos de renda fixa! E a melhor fonte para você se atualizar é o próprio site da B3

Como faço para começar a investir? 

O primeiro passo para começar a investir em renda fixa é definir se você fará isso com um banco ou a partir de uma corretora de investimentos.

Se você tem um perfil mais voltado para aprender e aplicar, pode ser interessante aprender a administrar os seus próprios investimentos. Essa é a nossa recomendação sempre que você se sentir confiante para isso, já que fazer uso desse serviço é como ir ao shopping.

No caso, o shopping são as corretoras de investimento, as quais fazem o intermédio entre você, pessoa física ou jurídica, e os emissores de títulos, como empresas e governo.

Pela corretora, você tem acesso a uma ampla variedade de títulos para montar sua carteira como achar mais estratégico. Por outro lado, o único risco está nos produtos que são adquiridos. Então revisite sempre que necessário todas as dicas que compartilhamos com você nesse post para fazer boas escolhas!

Todavia, essa não é a única alternativa. Os bancos tradicionais também podem conduzir os seus investimentos, basta você se atentar para as vantagens propostas. É comum que os bancos recomendem que você faça investimentos na própria instituição – com condições melhores para eles do que para você.

Converse com o seu gerente e procure saber se essa possibilidade faz mais sentido para você! Afinal, investir um pouco é muito melhor do que não investir nada. 

Escolhido, basta criar ou ativar a sua conta na instituição da sua preferência e começar a aplicar o seu dinheiro!

4 dicas para investir em renda fixa em 2022

Esses são alguns tipos de renda fixa. Conhecê-los a fundo, assim como outras opções, é o primeiro passo para iniciar seus investimentos. Aliás, a grande dica para você que está começando é: estude! Assumir essa responsabilidade e entender a melhor forma de guardar o seu dinheiro segundo a sua realidade é essencial ainda que você conte com a ajuda de profissionais e artigos como esse da CashMe.

Com isso em mente, trazemos quatro dicas para você que quer investir em renda fixa em 2021. 

1. A renda fixa não acabou

Os seguidos cortes na Selic vivenciados nos últimos anos colocou essa dúvida na cabeça de algumas pessoas, mas a renda fixa segue sendo muito importante, basta que você analise qual o seu objetivo com esse dinheiro. Para a sua reserva de emergência, por exemplo, ela segue sendo o lugar mais indicado.  

2. Fique atento à liquidez e à rentabilidade

Essa dica é boa principalmente para o caso de alocação de reserva de emergência, que deve poder ser sacada a qualquer momento. Por mais que a liquidez financeira alta seja mais predominante entre os produtos de renda fixa, existem alguns que têm resgate previsto para anos futuros, como as debêntures.

Outro ponto é analisar se a rentabilidade é diária, acima da inflação e se os juros são semestrais ou não.

3. Taxa de administração

Para investir, você precisará se cadastrar em uma instituição financeira. É bem provável que o seu próprio banco te ofereça esse serviço. Entretanto, é muito importante ficar de olho se os produtos comprados terão incidência de taxa de administração, pois isso pode acabar deixando o investimento menos atrativo. Pesquise bastante, pois existem opções isentas de taxa.

4. Faça aportes

Para quem está iniciando, pensar na rentabilidade do dinheiro investido inicialmente pode ser desanimador, ainda mais em um ano em que muito se falou de “viver de renda”. Entretanto, é importante lembrar que o que vai fazer seu patrimônio crescer mais rapidamente é o aporte constante de novos investimentos. A rentabilidade por si só é importante, mas você deve seguir destinando e adicionando recursos próprios. 

Conclusão

Vimos que a renda passiva é um tipo de investimento muito recomendado para iniciantes, principalmente por sua previsibilidade. Seja na modalidade pré-fixada, pós-fixada ou híbrida, o investidor conhece as condições de rendimento já no momento da aplicação.

O que não a impede de ser um investimento versátil! Já que pode ser feita tanto a curto prazo quanto a longo prazo. 

E embora seja previsível, é preciso estar atento a quais títulos se adquire para reduzir seus riscos. Além, claro, de manter uma carteira diversificada e que proteja a integridade da sua reserva de emergência. 

Mas ainda que se considere os riscos mínimos, a rentabilidade é bastante garantida. Motivo pelo qual esse é o investimento mais indicado para quem está começando – ou para quem possui perfil conservador ou moderado. 

Porém, mesmo que você descubra que esse não é o seu perfil, a renda fixa ainda continua sendo a opção mais recomendada para a sua reserva de emergência. Então, quando for pensar em diversificar seus investimentos, não se esqueça de separar uma parte para a renda fixa. 

Depois de entender qual tipo de investidor você é, o próximo passo é definir seus objetivos, estudar a liquidez necessária para cada estratégia e consultar as garantias de cada aplicação. 

Assim é possível tornar o investimento ainda mais seguro para não arriscar o seu patrimônio ou sua segurança financeira. E o melhor é que você nem precisa começar investindo muito! Com R$30,00 você já consegue adquirir títulos do Tesouro Direto e com menos do que isso você já pode ver o seu dinheiro render nas carteiras digitais. 

Temos certeza que você nunca mais vai deixar o seu dinheiro parado e sem render juros! Se quiser se aprofundar no tema, temos muitos conteúdos aqui no blog sobre renda variável, CDI, empréstimos seguros, oportunidade de negócios e muito mais. 

Neste artigo, trouxemos uma breve explicação sobre a renda fixa. Chegar até aqui já mostra que você está interessado em melhorar sua saúde financeira. Quitar as dívidas ou expandir seu negócio pode ser um passo seguinte. E CashMe também pode te ajudar nisso. Conheça agora o nosso empréstimo com garantia de imóvel e saiba mais!

Agora é a sua vez de contar para a gente! Já conhecia algum desses pontos a respeito da renda fixa? Deixe a sua opinião sobre o melhor investimento do momento nos comentários! 

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